Disintegration - by Jude (moonymoment)

One

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LIVRO UM: O Hotel
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Remus não acordou naquela manhã esperando que Sirius Black estivesse amarrado em sua sala ao meio-dia, mas, honestamente, Remus nunca esperava Sirius Black quando Sirius Black decidiu se mostrar.

O vampiro tinha um talento especial para aparecer na vida de Remus quando ele menos o queria lá, uma sombra provocadora, sempre presente na corda encharcada de água benta que ele começou a carregar com ele em todos os lugares - apenas se precisar.

Era ridículo, mesmo olhando para ele agora, os pulsos chamuscados e escaldantes com cada movimento seu, o cabelo de alguma forma ainda perfeito, se não um pouco desgrenhado, gotas de suor caídas vagarosamente em sua testa. Era ridículo, particularmente, que ele ainda não estivesse morto ainda. Hoje será o dia, Remus disse a si mesmo, enquanto atravessava a sala até suas mesas e começava a separar suas apostas.

Ele se lembrou da primeira vez que conheceu Sirius, oito anos atrás;  'conhecer' talvez seja uma palavra muito gentil, em vez de um ato que parecia um pouco menos com um encontro e um pouco mais com ser empurrado para o espaço pessoal de um vampiro incrivelmente voraz ao entardecer. Ele era um caçador novato na época - apenas 20 anos, maravilhado com um mundo além de sua compreensão anterior e ainda tentando lidar com isso. O que foi aquela noite? Um poltergeist, talvez, ou um Wraith - era uma coisa fácil. Ele nunca havia entrado em contato com um vampiro, mas tinha ouvido coisas incrédulas sobre eles de Moody, junto com lobisomens (o último dos quais sendo a besta que tinha sido a queda de seu olho). Foi apenas sua sorte que a viagem aparentemente inofensiva e dolorosamente desarmada pela estrada fosse seu primeiro encontro com um. Apenas a porra da sua sorte.

Ele gritou, quando Sirius o prendeu contra a parede de um beco em uma velocidade inacreditável - quase parecia voar, se ele não tivesse sido capaz de sentir o vento do impulso dos pés de Sirius - e foi empurrado contra o tijolos, imediatamente sem fôlego, cego por um segundo antes que as manchas em sua visão desaparecessem e lá estava ele, a bela e terrível criatura, pupilas dilatadas e erráticas em sua sede, dentes arreganhados enquanto ele rosnava o que Remus aprendera desde então que era involuntário em um vampiro sedento e feroz. Remus tinha certeza de que não teria tempo de enfiar a pequena estaca que guardava no bolso interno da jaqueta, mas então, inacreditavelmente, Sirius começou a falar.

"Oh, você é bonito," Sirius falou lentamente, baixo e aristocrático. Ele virou a cabeça para o lado, jogando as mechas de cabelo para longe do rosto, e fechou os olhos, inalando profundamente e quase sensualmente. “Isso muda as coisas.”

Remus viu sua oportunidade e aproveitou, parado. “Muda o quê?”

"Bem, não pretendo te matar agora," Sirius murmurou. “Claro, eu não estava pretendendo de qualquer maneira;  corpos são tão difíceis de se descartar, de verdade, especialmente um tão longo como o seu; mas seu rosto... posso apreciar um rosto bonito.”

Ele removeu o antebraço que estava preso contra o peito de Remus, a outra mão ainda espalmada contra suas clavículas, e traçou uma tentadora unha de sua têmpora direita até a curva de seu queixo, o sacudindo para cima, um sorriso divertido estampado na cara dele. Remus podia sentir a estaca com a ponta dos dedos, mas não conseguia segurá-la.

"Que desperdício seria," Sirius respirou, quase inaudível; os olhos examinando cada característica de Remus de uma maneira tão sutil que o deixou bastante desconfortável. "Um desperdício, de fato... mas estou com tanta fome..."

Sirius havia rosnado, as presas totalmente à mostra e as pupilas dilatadas mais uma vez enquanto ele se inclinava para frente, deslocando seu peso sobre Remus levemente, mas o suficiente; o suficiente para Remus segurar com firmeza a parte de trás da estaca, dando a ele espaço para empurrá-la para frente. Em seu pânico infeccioso, ele não apontou.