Disintegration - by Jude (moonymoment)

Thirty five

LILY

Regulus voltou na manhã seguinte. Lily estava com Bel na varanda.

Ela ouviu o barulho da chave de portal, mas não ergueu os olhos a tempo de vê-lo entrar. Quando ela olhou para cima, ele estava de pé, com a figura flácida ao seu lado.

Coberto de sangue.

Sim, tudo bem, Regulus Black tende a ser seguido muitas vezes pelo descritor 'coberto de sangue', mas isso foi... sério, coberto . Mal havia um centímetro de Regulus que não estivesse coberto, escorrendo pelo rosto, secando e cobrindo seu cabelo. Estava espalhado nas orelhas, no peito e no branco da camisa. Até mesmo o sangue era bastante grotesco; Lily não estava preparada para o quão deturpado seria seu acompanhamento.

O homem mutilado estava mole. Regulus havia enfiado os dedos na carne de sua garganta e o arrastava pelo caminho pela traquéia, deixando um rastro de sangue atrás de si.

Lily realmente engasgou.

Ele era menos um homem e mais uma pilha confusa de pele, músculos e membros. Qualquer que fosse a luta que Régulo procurava, tinha sido obviamente brutal, mas havia apenas um arranhão no próprio perpetrador; estava encharcado de sangue alheio, de vítimas, do refém que arrastava para casa. A cabeça do homem em questão estava entreaberta em seu cabelo loiro, e ele ainda estava borbulhando sangue de feridas em seu estômago que não cicatrizavam. Sua perna estava dobrada para o lado errado. De alguma forma, ele ainda estava vivo.

Quando Regulus chegou aos degraus da varanda, jogou o homem no chão. A essa altura, Lily já havia se levantado, ao lado de Bel, que estava com a mão sobre a boca. No topo da escada estavam Mavi, Dorcas e Ana. Sirius estava no batente da porta logo atrás deles.

"Que porra é essa?" Dorcas perguntou, totalmente horrorizada.

Regulus curvou os lábios em torno de um dedo encharcado de sangue e chupou, puxando-o com um estalo enquanto olhava para sua bagunça, depois de volta para as garotas como se ele fosse o homem mais indiferente do mundo.

"Evan Rosier", ele anunciou, agitando a mão. E então: "Alavancagem".

Eles ficaram lá por um segundo. Observando ele. Ele lambeu cada um dos dedos, puxando-os para dentro e para fora de suas mãos como se tivesse acabado de comer uma refeição gordurosa, e não enfiado a mão no pescoço de alguém e arrastado pelo chão pelo osso.

Atrás deles, Sirius abafou uma risada.

Foi só isso que fez Regulus parar de olhar para o sangue em suas mãos, avaliando preguiçosamente a forma como ele estava revestido e o corpo que estava inerte ao seu lado. À sugestão de seu irmão, ele levantou a cabeça e eles se entreolharam. Lily tinha certeza de que podia ver estrelas nos olhos de Regulus, só por um momento. E então ele piscou e olhou em volta.

Ele pareceu ficar bem consciente da multidão que se reunia ao seu redor e da pilha de ossos ao seu lado; ele se virou uma vez, e então preguiçosamente jogou os braços para o lado e se inclinou em uma reverência que fez Sirius rir ainda mais.

Sem hesitar, ele se endireitou e marchou direto para casa.

"Façam o que quiserem com ele", disse ele às meninas, que se separaram para deixá-lo passar, torcendo o nariz e tentando evitar serem manchadas de sangue. "Crouch chegará em breve."

Ele caminhou em direção à porta. Sirius, sem se mover, ergueu a mão. Lily pensou por um momento que ele estava dizendo a seu irmão para parar, mas rapidamente percebeu a verdade quando Regulus, sem nem mesmo olhar para ele, entrou pela porta e lhe deu um high five contínuo.