Nada como se disfarces não funcionassem

Capítulo 3 - Reencontros inesperados e inevitáveis.

Pensei seriamente em colocar a foto do capítulo do Albedo Batman, mas tive senso e não fiz essa atrocidade.

Bem, feliz natal e ano novo atrasado!! Espero que seja bom o 2023 para vocês, agora..

Boa leitura!! A imagem de capítulo é meramente ilustrativa <3

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  O dia amanhece e eu acordo em um quarto bagunçado, havia diversos papéis espalhados pelo chão, post its colado nas paredes, fotos imprimidas de Eu, Kaeya e Klee, muitas tintas jogadas pelo chão, tanto abertas quanto fechadas, quadros alheios apenas juntados de má forma em um canto.. E bem, diversa bagunça. Era claro que esse quarto era o meu próprio.

  Tomando coragem para me levantar, resolvo ir a procura do meu celular, porque pelo menos, ele não estava ao lado da minha cama, no criado-mudo. Sei que tropecei em algumas coisas pelo caminho até minha mesa, que indiferentemente do quarto, estava bagunçada igual.

  Cocei levemente os olhos para tirar as remelas alheias. Mexendo um pouco naquela bagunça, abaixo de bastantes papéis, encontro o tão procurado telemóvel. Vi que tinha algumas notificações, não hesitei em ir vê-las, aparentemente, era do aplicativo de mensagens.

  Eu li mentalmente as mensagens, nada de muito importante eu diria, era apenas uma convocação de Jean para o quartel-general. Não era longe assim de casa, apenas alguns minutos de carro.

  Interrompendo meus pensamentos, ouço batidas na porta e em seguida um chamado "Paiê!! Vem tomar o café, sei que acordou!", claramente era Klee, não pude resistir à risada por conta da frase final, e pelo próximo comentário do lado de fora "Klee, deixe o Albedo dormir!", assim, um bufo decepcionado.

  Resolvi ficar mais um tempo no quarto, acordando minha mente por completo. Fiquei reparando nos mínimos detalhes do local consideravelmente escuro pelas janelas fechadas, além da bagunça, tinha alguns papéis com coisas escritas, ia de contas de casa, até cartas do conselho tutelar. Não quero comentar muito sobre isso.

  Uns minutos se passaram e eu tomei coragem de sair da caverna.

  Abro a porta e logo um peso é posto sobre minha barriga, ela se agarrou e me abraçou, praticamente pendurada ali.

  — Bom dia para ti também, Klee. — Eu disse, retribuindo o abraço e não podendo esquecer um pequeno sorriso.

  Logo atrás, ao começo do corredor, Kaeya estava parado apoiado na parede direita, a minha visão. Seus braços se mantiam cruzados e com certeza vi um sorriso ladino ali, estava de certo modo, orgulhoso, eu acho.

  Meus olhos passearam de relance pela roupa do azulado, estava ainda de pijama, um suéter azul e por baixo uma camisa com gola branca, a calça era rosa da hello kitty  larga, por mais que esquisito, combinava com ele e seu corpo esguio com cintura marcada, não posso negar que fico reparando nesses detalhes, afinal, somos amigos há mais de 5 anos.

  — Não vai comer algo? — O silêncio foi rompido e minha percepção alheia sobre ele se dissipou, certamente, saber que ele viu que eu praticamente passeava pelo corpo dele era vergonhoso. Não pude negar que tive de virar o rosto envergonhado.

  — Sim, vou. — Apressadamente, me direcionei ao final do corredor, a qual dava para a cozinha. Foi difícil dar esses passos, eu sentia meus joelhos doendo nas dobras, não sei explicar.

  Com algumas mancadas, cheguei a onde eu queria, a mesa do café da manhã. Tive de soltar Klee para me sentar a mesa, ouvi um pequeno choramingado decepcionado dela, mas optei em ignorar.

  — Você esta bem? — Uma voz por trás de mim aparece.

  — Sim, estou.. Apenas com a dobra do joelho dolorido.