Capítulo 1 - Respostas mal-dadas

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 Gente, provavelmente vou postar de 4 em 4 dias, caso atrase talvez seja 5, enfim, sem contar que provavelmente vou escrever os capitulos por volta de 1000 à 1500 palavras, vai depender do que vou por na historia, ah verdade, e esse capitulo ficou um pouco enrolado! perdão

Já vou avisando para os fãs de Beigguang, nessa fanfic (especialmente o proximo capitulo), provavelmente vou dar uma boa estragada no ship, mals ae!


Boa leitura

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  Acordo com um barulho vindo de fora, ou melhor, da janela -pelo menos foi o que meus instintos diziam-, quando abro meus olhos, vejo Kaeya ao meu lado ainda dormindo. O analisei por alguns segundos, até que reparo em cicatrizes, não recordava de quando nem como ele as obteve, afinal, não sou um tarado que fica querendo ver os outros sem camisa.

  Deixando isso de lado, finalmente, optei em levantar daquela cama, macia e quentinha.. Fui em direção a tal janela barulhenta, já estava de dia e aparentemente, de manhã, cedo.

  Olhei para baixo e me deparo com uma pessoa um tanto quanto.. Importante, vulgo, Beidou. Ela estava acompanhada por Ningguang, e pela situação, parecia que era algo sobre responder fãs, algo assim.

  Rapidamente, com aquela oportunidade bem na minha cara, chamo Kaeya em alguns cutucões e logo corro ao banheiro para me trocar. Coloquei meu típico traje, jaleco meio jaqueta branco, camiseta azul, shorts pretos um pouco acima do joelho (na verdade, até que bastante) e botas, dessa vez, não utilizei a peruca, estava apressado demais para isso.

  Voltando ao quarto, Kaeya não havia levantado ou se quer acordado, isso realmente me estressou um pouco. fui ao lado que ele estava mais perto na cama, pensei por um momento em simplesmente empurrar ele pra fora, porém tive senso na cara. Abaixei um pouco, deixando-me ficar da altura dele deitado, já que tal é maior que eu de pé.

A princípio, alisei seu cabelo, e não tendo resposta, chamei. – Ei, Kaeya, acorde seu molenga. – Acredito que eu estava com uma feição de seriedade e sarcasmo. Em alguns segundos, vi os olhos dele abrindo, e com sua voz rouca, murmurou. – O que foi, Senhor Acorda Cedo. – Eu odiei esse nome.

  – Pare de ser dorminhoco, pois acho que conseguiremos respostas hoje. – Suspirei e coloquei a mão na testa, ficando de pé novamente e indo amarrar meu cabelo enquanto ele ia se arrumar, pelo menos era o que eu esperava dele.

  – Tá bomm.. – Ele dizia se erguendo e indo se organizar.

  Senti minutos passarem e o som do secador não terminar, estava me irritando um pouco, mas optei em manter a calma de sempre.

  Após um bom tempo de espera, finalmente vi aquele homem de cabelos azuis, alto, tão vaidoso quanto, saindo da porra do banheiro que se mantia a quase uma hora; – Finalmente, Senhor Piri plim plim... – Fiz um gesto de mão simulando o som.

  – Ava.. Que dramático. – Senti a indignação na frase dele, e sem resistir, acabei soltando um curta risada genuína.

  Me recompus e voltei a postura, abri a porta do quarto, e sem esperar por Kaeya, saí. Não disse um único "A". Sentia meus passos pesados e ouvia os do azulado vindo atrás, algo parecia errado, eu tive um mau pressentimento.

[ . . . ]

  Me vi finalmente chegando na fila para questionar a "tão grande" Beidou, não estava muito longa, mas nem muito curta, eu diria aceitável. Nos juntamos ao amontoado de pessoas, afinal, o que tanto queriam perguntar a ela? Ou só queria lhe ver e conhecer? Fui me perguntando isso ao passar do tempo naquela fila, havia alguns cochichos ao longo, nada que me interessasse muito.

  No momento em que pensei em simplesmente sair daquela fila, chegou a nossa vez. Sendo sincero, eu mesmo vi que nem dei tempo para ela me cumprimentar, e já logo joguei a facada, vulgo, pergunta; – Como você tem toda essa força. – A princípio, vi uma feição de susto da morena, não me incomodei tanto assim, mantive a postura enquanto cruzei os braços, na espera por uma resposta.

  – Eh.. Bem, eu.. treinei demais sabe?! E também tive ajuda de.. – Deu uma pequena pausa bem suspeita. – Ah deixa, eu apenas treinei muito, ok? – Com aquela resposta meia-boca, me senti desafiado, mas optei em ficar calado.

  – Certo.. Obrigado por me responder. – E essa, foi a última coisa que disse naquele diálogo. Eu estava obviamente furioso, e Kaeya sabia disso, pelo modo o qual eu segurava sua mão, ele entendia.

  Caminhamos um tempo pelo quarteirão, eu mal estava prestando atenção nas coisas, apenas em minha mente barulhenta e irritada que se mantinha em ativa. Até que, durante todo esse estresse, Kaeya diz; – Eh... Que tal irmos a uma cafeteria que tem aqui perto? Pode ser bom para ti esquentar a cabeça, flor! – Um pequeno sorriso vi surgindo em seu rosto calmo e não pude negar em retribuir.

  – Oh.. Claro. Mas, você que paga. – Me pego rindo genuinamente de novo, o que diabos está acontecendo comigo hoje?!

  Felizmente, fomos à cafeteria de mãos dadas, não era tão longe assim do hotel, nada que uma caminhada curta não bastasse para retornarmos.

  Sentamos em uma mesa próxima da janela, uma vista perfeita para as montanhas, se eu pudesse iria pintá-las. O cardápio daquele momento vi chegar, e sem hesitar, peguei e comecei a folhear as páginas, acho que havia umas 3 ou 4 páginas de doces, e eu, sempre amei tais.

  Senti meus olhos brilhando ao ver cada doce que parecia tão saboroso quanto, minha boca encheu de saliva só de imaginar no gosto daquelas maravilhas criadas pelo ser humano. Ouvi dizer que elas tinham origem de Inazuma, um país um tanto quanto distante de Mondstadt, o que melhora ainda mais.

  – Wow.. Tem tantos doces que parecem deliciosos! – Exclamei surpreendido. Alguns segundos se passam, assim vejo Kaeya abaixando o cardápio e olhando na minha direção, estava com um sorriso no rosto. – Que bom baixinho! Qual você quer? Posso comprar todos que quiser! – Acho que ele realmente não tem amor ao seu dinheiro.

  – Tem certeza? – Questionei, não sei se ele sabe que quer falir. – Claro, bem! Peça o que quiser. – Dei de ombros com a resposta, e assim que vi o garçom, chamei ele. – Então senhor.. Vou querer; um milkshake, brownies, esses.. biscoitos de coelho, um pedaço de bolo de chocolate com cobertura morangos, uma taça de sorvete, dangos e.. – Senti minha boca tapada por Kaeya, o olho mortalmente, eu queria muito mais.

  – Ele só quer isso, garçom! – Assim que vejo o garçom se afastando, mordo a mão dele, irritado. Vi um olhar de reprovação do maior, afinal, por que diabos ele ficou bravo comigo? Eu só pedi o que eu queria.

  Acabou que fiquei murmurando baixo reclamando. Com uns minutos, ou até horas de espera, um garçom com duas bandejas e outro atrás com mais duas, colocam todas as sobremesas que pedi e um café que Kaeya pediu.

[ . . . ]

  – Você é muito exagerado, tampinha. – Ouvi esse comentário enquanto comia um dos 3 bolos que pedi, a princípio fiquei confuso, mas de boca cheia, sendo mal-educado, disse. – Você falou que eu podia pedir o quanto eu quiser, e olha que nem é desperdício porque vou comer tudo. – De final, bufei, e voltei a devorar os doces.

  Estava quase acabando, mal prestei atenção nos comentários e conversas que ele dizia, eu estava concentrado demais em comer, nem eu sei ainda como fui capaz de devorar aquilo tudo.

  – Ainda não entendo como você consegue ser tão.. guloso assim. – Ergui o rosto todo sujo nos cantos da boca, estava confuso, porque diabos eu seria guloso só por tá comendo o que eu gosto? suspirei, engolindo o último pedaço do bolo.

  – Algumas vezes não entendo o que você quer dizer. – Disse em um tom meio rude. Em alguns segundos de silêncio, Kaeya começa a rir, estava.. Rindo de mim.

  Fiquei um pouco desentendido, até o momento em que ele se aproximou de mim, senti as mãos quentes e grande no meu rosto, acariciou minha bochecha, eu acho. Sinceramente, foi uma boa sensação, sempre achei que meu rosto era meio gelado e assim, com aquelas mãos fofas e quentes, me senti um pouco mais, vivo, eu acho que é essa a palavra..

  – O que você tá fazendo, smurf grande? – Resmunguei enquanto ele puxava e fazia caretas segurando minhas bochechas, suspirei meio decepcionado.

  Quando me dei conta de verificar a hora, já era meados das dez da noite, certamente, não achei que tivesse passado tanto tempo assim, agora entendi o porquê dos funcionários estarem indo embora e fechando.
   
  – Puta merda, já são 10 da noite! – Eu disse apressado, me levantando. Kaeya parecia lerdo e não muito incomodado com aquilo, às vezes isso me irritava, mas novamente, mantive a postura calma e silenciosa.

  Com alguns segundos de apreço, saímos da cafeteria, estávamos novamente de mãos dadas, a noite era fria e apenas aquele jaleco não funcionava. Quando eu menos esperava, senti um colete quente e fofo sobre minhas costas, que esquentou meu pescoço. – O que diabos é isso?

  – Uhm.. digamos que é um "cachecol peludinho"! – Sinceramente, gostei do nome.

   – Certo, certo.. – Aceitei sem reclamar, afinal, não me atrapalhava em nada.
 
  Andamos um pouco até que ao chegarmos a frente do hotel, ouvimos algumas conversas, e uma voz familiar. Logo a frente, havia um bar e certamente, tinha a presença de alguém muito importante, mais especificamente, Beidou bêbada.

  A oportunidade perfeita.

Nada como se disfarces não funcionassemOnde histórias criam vida. Descubra agora