Íncubo: Meu demônio do prazer. [Completo]

24 - Anarquia

Localização: Colúmbia, Carolina do Sul, Estados Unidos.

Carlisle...

Continuava a olhar para aquela humana... Inerte e adormecida naquela cama de hospital. Emme... A mulher que era o centro e o significado da minha vida. E que agora não tinha como saber, quando a mesma acordaria novamente ou quando poderia ver aquele olhar castanho e intensos em uma expressão de desejo por mim. Respirei fundo enquanto minhas iam de seus belos cabelos, ondulados e longos, até o resto do se corpo. Que um dia foi minha fonte de prazer e... amor. Amor esse que ainda sentia profundamente, e enraizado por ela. Levei meus dedos até seu belo rosto, que ainda respirava somente por uma mascara pequena de oxigênio.

Parei no ar, a centímetros distantes. Para que meu poder não sugasse sua energia por completo. Queria poder toca-la novamente, mas isso a deixaria mais fraca do que estava. Ainda mais daquele dia, em que consegui obter minhas lembranças do passado e pude ver quem eu fui realmente. E porque todo esse sentimento intenso fazia tanto sentido e me fazia chegar a me sentir um... Humano, no final das contas. Mesmo que tinha o lado demônio de ser, as recordações humanas jaziam únicas e eternas. Como o saber mais delicioso, de algum alimento que um dia tivesse provado.

Suspirei de leve com aquilo, com minhas vistas baixas. E ainda tentando entender a confusão em que estava. Voltei com minhas mãos na barra de ferro, da maca. E a observei, amava fazer isso. Olhar o quão bela era, mesmo que estivesse se recuperando.

–Emme... como eu te amo. –Falei para que se talvez a mesma estivesse ali presente, me ouvisse. –Só queria que acordasse logo e eu pudesse ouvir sua doce voz, e poder te amar como naqueles dois meses formidáveis em que passamos juntos... –Sorri lembrando-me aquilo com emoção. –Nunca vou esquecer esses dias, que para mim foi como uma vida eterna e completa!

E novamente quis toca-la e parei com meus dedos no ar, rente sua mão enfaixada. Meus lábios tremeram, e meus olhos arderam para chorar. Mas me segurei e respirei fungando, e abaixando meu olhar. Engoli em seco e com dificuldade. Parecia que algo estava parado em tinha garganta, e eu só queria desabafar esse peito pesado. Que a cada dia ia da minha cabeça para o resto do corpo. Nada mais podia fica normal. Depois de tudo que havia acontecido, as coisas seguiram caminhos... Que estavam fora do meu poder.

E um desses foi o acidente de Emme, se eu ainda estivesse com a mesma. Nada disso teria acontecido. Ela não teria em coma. Minha expressão virou para de dor. Pois naquele momento, não iria cogitar na opção de perdê-la. Nem por um segundo se quer. Dei alguns passos para a janela atrás de mim, e olhei para fora por minutos intermináveis. Em como as estrelas brilhavam, com uma lua serena e que iluminava tudo ao seu redor sem nuvens alguma. Me remeti a aquela deusa.

–Emme... tenho que ir. Mas logo estarei de volta! –E naquele momento que não podia beija-la, imaginei cada beijo que demos nesse tempo juntos.

Levei-me até seus pés demoradamente, e a vi pela última vez ao parar ali. E abaixei meu olhar, quando senti uma presença do meu lado e virei para a minha direita vendo que era aquela moça de cabelos escuros e pele pálida. A mesma observou em silêncio o corpo de Emme adormecida.

–O que faz aqui, Sarah? –Questionei receoso, pois ela ainda era uma vampira novata. Sua sede de sangue podia ser incontrolável, mesmo para a jovem.

–Vim te ver, já que não dormiu em casa faz dois dias. –Comentou sem tirar os olhos de Emme.

–Estava aqui. –Respondi ao desviar da mesma.

–Agora sei por quê... –Falou vagamente, como se estivesse frustrada levemente. –... e ela é linda!

–... –Suspirei com aquilo e fechei os olhos por um momento, esfregando minhas vistas com as pontas dos dedos. Senti sua mão em meu braço, o afagando de leve como se estivesse me consolando. Abri minhas pálpebras e olhei Sarah demoradamente, enquanto a mesma dava um sorriso singelo em retribuição. –Vamos? Já que agora não sai do meu calcanhar.