Localização: Colúmbia, Carolina do Sul, Estados Unidos.
Emme...
Ergui-me daquele leito, e encarei meu lado direito com um leve desgosto. Ainda sentia os pequenos vazios, deixado por meu amante infernal. Sua falta, seu cheiro e seu olhar. Suspirei levemente ao virar e encarar minha frente num olhar vago, e sem emoção. Aproximei minhas pernas e as abracei, depositando meu queixo no joelho. Enquanto, ainda processava tudo que aconteceu dois dias atrás. Sua face demoníaca ainda me perseguia, em meus sonhos mais profundos. E me deixava totalmente assustada e apreensiva se o veria novamente entrar pela aquela porta. Se me machucaria ou faria algum mal por tê-lo mandado embora.
Devagar sentei-me na beirada da cama, e encarei o chão. Demorei até que meu corpo levantasse e fosse até o banheiro. As coisas não eram mais as mesmas, nem na parte do trabalho. Mesmo que Carlisle não tivesse intervindo, e se acontecesse o pior não iria mais voltar. Depois daquela tentativa de abuso que sofri do Albert, dele tocando minhas partes intimas. Afagando com seus dedos. Senti uma ânsia de vomito e corri para o vaso, mas nada saia. Mas só lágrimas se derramaram de meus olhos inchados, e que não aguentavam mais chorar. Fechei o vaso e me sentei em cima.
Desabafei totalmente, com meu peito pesado. Funguei enquanto limpava meus olhos. Meu trabalho... Vida amorosa... Tudo numa tacada para baixo do tapete. Nunca mais iria voltar aquela empresa, não depois que ouvi do meu chefe. Que queria abafar o caso, para não chamar atenção. Demitiria Albert e ficaria por assim mesmo. Mandei o senhor Sanders e sua empresa á merda, e denunciei aquele merda do Albert. Respirei fundo, com leves lágrimas ainda descendo. Estava sem um trabalho, contudo, ainda podia me manter com meus investimentos. Única coisa que o alcoólatra do meu pai, me ensinou na vida. Investir em casas e bolsas.
Fazer cada centavo render para ter algo no futuro, e sempre fui uma pessoa que nunca gostou de esbanjar. E nem gastar exageradamente. Mas voltaria a trabalhar, não queria ficar sem fazer nada nessa imensidão de casa. Me ergui e fui até o armário em baixo da pia, procurei atrás dos produtos e achei a pequena garrafa de vodka. Puxei-a e me levantei. Levei meus dedos até sua tampa, desenrosquei rapidamente e a abri. Levei aos lábios já sentindo o gosto forte, mas parei ao ver meu reflexo. Com aquele álcool em mãos, pronta para jogar todo esse tempo sem uma gota dele na lata do lixo.
Minha mão começou a tremer de leve, e percebi aquilo. Engoli em seco e coloquei-a em cima da pia. Encarei por minutos torturantes, com minha boca salivando a cada segundo e sentindo sede por aquele liquido ardente. Minha garganta parecia clamar por tal coisa. "Não, você prometeu amor.", ouvi a voz de Carlisle em minha mente e minha expressão ficou inconsolável. Foi ele que me tirou esse vicio. Sim, um maldito vicio que não estava querendo dizer que era. Aquele homem me mudou e arrancou essa coisa ruim de mim. Mas...
Amarrei meus cabelos castanhos escuros, e joguei para trás das minhas costas enquanto dedilhava meus dedos até as alças finas, da minha camisola lilás de cetim. Deixei a roupa escorrer por meu corpo, mostrando aquelas manchas arroxeadas. Toquei cada parte que ia do meio dos seios até em baixo. Estranhamente não me sentia mais fraca, e meu cabelo deu uma pausa nas quedas. Que saiam bolos em minhas mãos. Aqueles roxos pareciam estar se curando, e tomando um outro tom mais claro. E foi quando realmente percebi... Que depois da ausência de Carlisle, meu corpo havia ficado mais disposto para tudo.
Encarei-me no espelho. E disse a mim mesma.
–Ele estava se alimentando de mim? –Perguntei ao meu reflexo, ainda não querendo acreditar. Enquanto as coisas ficavam mais confusas, e com um monte de questionamentos de que tipo de demônio. Carlisle realmente era. E qual era seu interesse sobre mim. Ouvi o celular tocar me despertando daquele transe, e peguei a camisola vestindo-me rapidamente. Dei leves passos até o quarto, e peguei o aparelho no criado-mudo ao lado. Aproximei a tela lendo que era minha mãe. Suspirei com aquilo e afirmando que Kyle devia ter lhe contado algo. Deslizei o dedo atendendo e aproximei do meu ouvido esquerdo. –Alô Mãe?
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Íncubo: Meu demônio do prazer. [Completo]
RomanceNo centro desta história está Emmeline Smith, uma mulher que vive sozinha com seu gato Senhor Waffle, de pelagem dourada com manchas carameladas e amarelas, sua companhia desde que se divorciou de seu marido Kyle Swan deixando-a fragilizada. E ao se...