Íncubo: Meu demônio do prazer. [Completo]

32 - O que o futuro nos reserva?

Localização: Colúmbia, Carolina do Sul, Estados Unidos.

Emme...

Seis anos depois dos acontecimentos...

Depois daquilo que presenciei... A morte de Carlisle, me esmagou completamente. Não só a mim... como a Sarah e principalmente a Mavie. Eu fiquei um tempo sem ao menos colocar a cara fora, e na casa de Kyle por alguns meses enquanto a minha casa era reconstruída por dentro. Contudo, não desejei voltar mais a aquele lugar. Pois tudo me remetia a aquele íncubo. E mais ainda aquele anel de noivado, e tudo que vivenciamos por dois anos juntos. Aquilo foi mágico e lindo, que eu nunca iria esquecer. Nem se envelhecesse poderia parar de ver seu belo rosto em meus pensamentos.

E mais ainda, agora que tinha seu pequeno presente que me deixou. Carlyle veio para mim nove meses depois do incidente, descobri que estava grávida três semanas depois. Tudo que eu comia vomitava, e me sentia completamente fraca em toda gestação. Contudo, quando o vi em meus braços... Me derreti por completo. Ele era a única lembrança que seu pai havia me dado antes de partir, tinha seus olhos de safira e o nariz. Que me fizeram apaixonar de vez. Meu filho virou a coisa mais importante da minha vida, assim que o vi. Nasceu tão saudável e pesado.

Chorava pouco e sempre era tão quieto. Observei de perto indo em todos os médicos, e constatando que o mesmo era normal. Não tinha um rabo, chifres ou mesmo asas de morcego. E o que me causou um alivio extremo naquele momento. Tinha um medo que ele fosse descoberto, e o me arrancassem de mim para servir de cobaia ou algo do tipo. Entretanto, Carlyle era normal até para comer e bagunçar tudo. Gostava de desenhar e assistir desenhos na televisão. Estava crescendo tão rápido, que mal estava acompanhando sua evolução e sentia meu coração de mãe dolorido. Só de pensar que o mesmo cresceria, se tornaria adulto e iria embora para sua vida.

Meu lado de mãe o queria para sempre comigo, aquele pedacinho meu e de Carlisle. Essa pequena semente do nosso amor, que criou vida e que agora era meu tudo. Me aproximei do mesmo ao tomar um gole de café, deixando a xicara em cima do balcão. Levei minhas mãos em seus ombros afagando-os. E ele virou sorrindo com aqueles dentes pequenos.

–Mãe... –Pronunciou com aquela voz infantil, que me emocionou. Cada vez que me chamava assim, eu tinha vontade de chorar por um longo período. Ainda mais pela a falta que Carlisle fazia aqui e agora com a gente.

–Oi meu querido. –Atendi fungando e meu dedo ainda jazia o anel de noivado, e junto com a aliança de casado que estava naquela caixinha que o amor da minha vida me deu. Nunca tirava ambos. Pois para sempre iria dizer que estávamos casados. Abracei meu filho fortemente.

–Tudo bem, mamãe? Porque está triste? –Perguntou ao pegar em minha face, e alisa-la. Suspirei ao fita-lo e sorri.

–Mamãe te ama. E sempre vai te amar, ouviu?

–Ouvi. Eu também te amo! –Falou ao me abraçar e eu retribuir com meu coração apertado.

Ouvi a campainha tocar, e afastei secando minhas lágrimas. Me ergui:

–Mamãe já volta, ver seu desenho!

–Tá. –Disse ele ao desviar para aquela tela grande, e sorri. Fui para a porta da entrada, levei meus dedos na maçaneta e girei junto com a chave na fechadura. Abri e vi que era Kyle, ele sorriu para mim sem jeito.

–Oi Kyle. –Falei.

–Oi Emme, como está? –Me perguntou. –Cadê meu garotão?

–PAPAI! –Ele gritou ao vim correndo e Kyle o pegar nos braços. Achei melhor não mencionar sobre Carlisle, pois perguntas sobre seu pai viriam à tona e eu não saberia responder seriamente. Ainda mais que seu pai verdadeiro era um demônio. Ou melhor um íncubo, que se alimenta de prazer sexual. Explicar isso para uma criança seria bem difícil.