[CONCLUÍDA] Após um colapso na terra - que extinguiu qualquer vestígio de vida -, o planeta passa por diversos séculos tentando se recuperar do estrago da mão humana, e quando isso acontece, uma nova sociedade se ergue das cinzas. Mas diferentemente...
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Jimin havia ido tomar o ar que afirmou que tomaria. Mas não adiantou, ele continuava com sua cabeça doendo, e diferente de antes, suas vistas não estavam mais embaçadas, agora é como se ele abrisse seus olhos e visse vislumbres de ações que sequer haviam acontecido.
Poderia mesmo ser influência de tantos feromônios desconhecidos? Ele não sabia, porém, ainda de olhos fechados, ele viu o deslumbre de uma faca indo em direção ao seu rosto, então, por instinto, ele desviou, mesmo que tenha sido apenas imagens de sua cabeça.
Mas quando ele abriu seus olhos e olhou para o lado, viu a arma cravada na parede.
─ Ora, ora... para um ômega sem poderes você tem bastante instinto, Vossa Alteza. ─ um homem com uma voz aguda disse, em sua frente.
─ Quem é você? ─ o Rei de Visha perguntou, mexendo no anel em seu dedo.
─ Isso não importa agora. ─ afirmou, se virando de costas. ─ Porém, eu me pergunto... qual a sensação de estar em um trono onde todos os seus servos te odeiam?
─ O que você está dizendo? ─ Jimin questionou, franzindo o cenho.
─ Ah, você entendeu. ─ o homem disse, cruzando os braços. ─ Eu perguntei qual a sensação de ser odiado por todos, mesmo sendo um Rei. ─ concluiu, virando-se para o esbranquiçado e rindo oblíquo.
─ Eu parei de contar quando passou de dez, então, sendo sincero, eu não me importo mais com quantos me odeiam. Eu sei o que eu faço, o que os meus escolhidos fazem para manter o reino de pé, isso é o suficiente. ─ a Alteza falou de forma firme, parando de mexer no anel.
─ Oh, que honorável! Digno de um Rei! ─ o homem exclamou sarcástico, batendo palmas. ─ Todavia, acho que temos um problema... eu quis fazer uma surpresa para você, aniquilando todos os seus odiadores, mas eu não esperava que você se importasse tanto com eles...
─ O que você quer dizer?! ─ o Rei Park questionou, alterado.
─ É simples, Vossa Alteza. ─ o homem disse, se afastando, com sua presença se esvaindo. ─ Enquanto você estava aproveitando essa ascensão insignificante, seu povo morria...
O Rei de Visha paralisou. O que ele quis dizer com seu povo morria? Quem era aquela pessoa? Como ela invadiu sem ser pega?
Ele não tinha a resposta para todas as perguntas, mas assim que se tocou que essa pessoa invadiu sem ser pega, memórias o consumiram, ele sentiu o mesmo calafrio que anos atrás. Então a única coisa que ele pôde fazer, foi correr.
─ Que inoportuno! ─ praguejou, segurando sua coroa enquanto corria em direção à carruagem em que veio. ─ Han tentaria se comunicar conosco caso algo acontecesse, certo?
Ele se perguntava, tentando achar algum consolo em suas palavras, no entanto, parecia que era em vão.
─ Será que?... ─ ele cogitou, correndo mais rápido que antes. ─ Depois de cinco anos ele resolveu dar as caras?
