[CONCLUÍDA] Após um colapso na terra - que extinguiu qualquer vestígio de vida -, o planeta passa por diversos séculos tentando se recuperar do estrago da mão humana, e quando isso acontece, uma nova sociedade se ergue das cinzas. Mas diferentemente...
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Eu achei que o dia sem ele se tornaria uma dor de cabeça a menos, no entanto, me vejo perdido em meus próprios pensamentos quando olho para lugares que antes você preenchia.
Porém, é tão confuso. Quando estou com você, meu lobo sempre tenta tomar o comando, ele se revira dentro de mim, e é como se meus sentimentos também. Eu nunca sei distinguir o que é raiva de prazer, o que é incômodo de conforto.
Pelo menos não quando estou com você.
Mas há momentos específicos que eu sei bem o que sinto.
─ Vossa Majestade. ─ ouço a voz de Namjoon do outro lado da porta, mas ela soava diferente.
Eu me levantei, no entanto, ele se pronunciou antes.
─ Não venha, Majestade! ─ ele exclamou, coisa que raramente fazia. ─ Os seus feromônios! O Senhor não percebe?!
Quando me dei conta, todo o meu cômodo estava repleto deles. Virei-me para o lado, vendo meu reflexo no pequeno espelho e me deparei com meus olhos totalmente tomados por um vermelho que eu sabia bem o significado, e em minha boca, as presas quase perfurando meus próprios lábios.
Eu fitei a lua pela janela, e finalmente entendi o que estava acontecendo. Era noite de lua cheia e meu heat não hesitava em aparecer.
Naquele momento eu já não conseguia mais suprimir os feromônios dentro de mim. Meu coração acelerava da mesma forma que minha visão se tornava turva. Eu estava tão perdido em meus pensamentos que sequer havia notado a situação, eu sequer havia me escondido da luz do luar para amenizar o meu cio.
O fato do meu coração bater tão rápido fazia com que meu sangue circulasse em uma velocidade que meu corpo agia antes de minha mente.
Eu só me lembro de ter aberto a gaveta que se encontrava em minha mesa e aplicado o supressor em mim. Porém, suponho que não tenha funcionado, visto que, acordei onde sempre me encontrava assim que tomado pelo meu lobo: em um lugar próprio no porão.
Eu estava encostado na parede, uma das minhas mãos estava no chão, enquanto a outra, apoiada sobre meu joelho. Minha respiração era ofegante, eu sentia minha boca seca, era inevitável molha-la com minha língua a todo momento, uma vez que eu mal conseguia fechá-la devido as minhas presas.
