Hoje é noite de festa, a minha empresa subiu 60% nas vendas e tivemos um lucro impensável. Decidi dar um fim de semana de folga a todos na 'For You', por mais que dê para espantar, todos me olharam com olhos de incerteza quando anunciei isto.
Peguei nos meus empregados e levei-os a um bar na baixa da cidade. Imaginem de quê..., com uma empresa constituída por homens com apenas uma mulher na equipa é um pouco complicado não os levar para um bar de strip.
...
Sinto-me observado de uma tal maneira que parece que estou a ser perseguido, até que me deparo com uma mulher no balcão do bar que não para de olhar para mim. Alguém a devia avisar de que não sou um bom partido, mas está sozinha e encontra-se, agora, a menos de um metro e meio de mim.
-Olá, estás sozinho?
-Eu não tenho a certeza se queres mesmo falar comigo, eu não sou o homem típico que encontras por aí!
Ela agarra-se a minha cintura, encosta uma arma na minha barriga e sussurra-me ao ouvido " Eu sei muito bem quem tu és, agora cala-te e anda!!"
Levou-me até ao estacionamento, onde me esperavam três 'armários' de preto prontos a me espancar. Não sei bem o motivo, mas uma rapariga seguiu-nos até lá, sem ninguém perceber sem ser eu. Não era stripper, nem empregada do bar, vinha vestida com uns jeans e uma blusa azul, que pouco tempo depois ficou manchada de encarnado, pois ela defendeu-me até ao fim como se me conhecesse de algum lado. Parecia que sabia Karatê, porque só ouvia chapadas e chutes como barulho de fundo e acabei por perder os sentidos, graças a um dos 'armários' que me chutou a cabeça antes de ficar sem dentes.
...
Tive um sonho terrível, era criança de novo e tinha sido abandonado no meio do nada onde uns homens me esfaqueavam e riam de mim. Quando uma voz doce me despertou suavemente no meio de uma imensidão de bips.
-Bom dia, bela adormecida! Fiquei a saber bastante sobre ti, sabias que falas enquanto dormes?
-Hum? Onde é que eu estou e quem és tu?
-Prazer, sou a Lucia e sei que tu és o André. Neste momento estás com a cabeça partida, por isso só podes estar num sitio. Agora descansa.
Vim a saber, por uma das enfermeiras que a Lucia tinha ficado no meu quarto de hospital a noite inteira e que foi ela que me trouxe até cá. Chegou a hora mais crítica do dia, a hora do banho, o problema não é a água, mas sim o facto de mal me conseguir mexer e ter de ser lavado por uma enfermeira velha e mais rude do que eu.
A Lucia ofereceu-se para me dar banho assim que viu a minha cara ao entrar da enfermeira no quarto, mas não sei o que será mais constrangedor, a enfermeira ou a Lucia. Ficar nu à frente de uma estranha não é algo que eu faça frequentemente, apesar da minha fama.
Fiquei sentado num banco enquanto Lucia me esfregava as costas, reparei que ela desviava várias vezes o seu olhar e que estava mais vermelha que um tomate, afinal eu não era o único embaraçado com esta história do banho.
Lucia só se foi embora ao anoitecer deixando um papel com o seu endereço e o seu numero de telefone.
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O Sr. Impossível
General FictionImcompreensivel, rude, mau, bruto, frio e insensível, sou eu o Sr Impossível. Sou aquele que todos odeiam, mas ao mesmo tempo não conseguem viver sem. De acordo com os homens, eu sou aquele que ninguém se deve meter, de acordo com as mulheres, sou a...