O pai da minha melhor amiga

1 - Como tudo começou

Meu nome é Alana Dias, sou filha de uma mulher trabalhadeira que me criou sozinha, até os 10 anos, minha mãe dona Célia Dias enfermeira, engravidou de mim aos 18 anos, muito jovem no início da faculdade do curso de enfermagem esse sempre foi o sonho dela cuidar de vidas, ela mulher simples de família tradicional aqui de São Paulo, foi expulsa de casa por ter sido mãe solteira, naquela época seu pai meu avô não aceitou ela grávida sem estar casada e nem namorando, sim sou filha de um caso de uma noite só, minha mãe saiu escondida de casa pra pular Carnaval, porque meu avô não aceitava de jeito nenhum a filha dele participando de festas ele era muito tradicional antigo, mantinha seus filhos nas rédeas curtas, mas minha mãe era Espírito livre niguem a segurava, Ela sempre saia escondida, fugia no meio da noite pra festar, ela mulher linda jovem muito cobiçada pelos rapazes, em um baile de Carnaval ela conheceu um cara eles ficaram passaram a noite juntos apenas uma única vez, e nove meses depois cá estou eu.

Depois que todos descobriram a gravidez ela foi morar em uma república trabalhava de dia, e estudava a noite, depois que eu nasci, ela dava duro pra cuidar de mim e trabalhar é estudar tudo ao mesmo tempo nada a parava, ela nunca teve medo de nada.

Depois de formada ela começou a trabalhar no hospital e aos poucos ganhou a confiança de todos, no hospital fez muitas amizades e uma delas foi a tia Claudia médica cardiologista ela é minha mãe era super amigas se conheceram no hospital.

Minha mãe passou a frequentar a casa da tia Claudia, ela era casada e também tinha uma filha com mesma idade que eu, Julia e claro nós tornamos amigas, frequentamos o mesmo colégio e fomos crescendo juntas.

Minha mãe batalhou muito pra me criar sem ajuda de ninguém, de vez enquando ela arrumava uns namorados, mais nehum foi pra frente. Com muito suor e esforço ela conseguiu financiar um pequeno apartamento próximo ao hospital onde trabalhava, saímos do aluguel e nos mudamos, quase sempre eu dormia na casa da tia Claudia ela sempre teve mais condições financeiras que minha mãe por ser uma médica e também casada com um delegado o tio aaah o tio Júlio (suspirei).
Logo mais vocês vão entender o meu suspiro.

Quando eu tinha 10 anos minha mãe conheceu alguém e se casou com ele, Marcos meu padrasto homem muito bom que ama minha mãe e me aceitou com filha, ele tem um filho também do seu primeiro casamento o João Pedro.

Meu padrasto dois anos depois abriu um negócio em sua cidade Natal no interior de São Paulo e adivinha, nos mudamos me despedi da minha melhor amiga Júlia, minha mãe conseguiu emprego de enfermeira chefe no hospital de lá e fomos embora de São Paulo para Clementina.

Uma cidadezinha pacata com seus quase 9 mil habitantes.

No início eu não gostava, mais acabei me acostumando, odiava por ser calma demais e também por não ter muito o que fazer, se quisemos fazer alguma coisa tipo no shopping essas coisas tínhamos que ir na cidade vizinha, que era perto, mais mesmo assim eu amava o caos de São Paulo ainda mais eu uma adolescente de 12 anos.

Já se passaram sete anos desde que nos mudamos pra cá, eu gosto daqui mais sinto que o meu futuro é em São Paulo.

Depois de dois anos parada nos estudos, resolvi retomar e buscar um novo horizonte, prestei vestibular pra três federais e eu como uma boa cdf passei em todas fiz o Enem e consegui 100%, de nota, vou fazer direito meu sonho de criança, lutar por justiça, escolhi USP, voltarei para São Paulo minha cidade Natal.

Minha Mãe está um pouco triste por que agora, vamos viver distantes, mais preciso conquistar o meu futuro, sei que não será fácil ficar longe da minha família mais eu preciso disso, e eles me apoiam.