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POV Marília

Na manhã seguinte Maraísa e eu acordamos com o som do despertador do meu celular tocando estridentemente por todo o quarto.

Gemendo em reprovação e me rendendo ao som irritante, soltei a cintura da mulher ao meu lado e me virei para a cômoda, onde procurei o aparelho e finalmente consegui desligá-lo.

Ouvi um gemido baixinho de Maraísa e logo em seguida observei-a ficar de barriga para cima, fitando o teto enquanto esfregava o rosto.

Virei-me para ela enquanto apoiava meu rosto sobre meu braço no travesseiro.

— Bom dia, flor do dia. — falei.

Ela riu e se virou na cama, ficando de frente para mim.

— Bom dia, coisa linda. — ela sussurrou.

Observei seu rosto marcado pelo travesseiro e sorri.

Seus olhos castanhos ficavam claros pela manhã.

— O que eu preciso fazer? — perguntei.

— Como assim? — suas sobrancelhas se juntaram, confusas.

— O que eu preciso fazer para acordar ao seu lado todos os dias?

Ela afundou o rosto no travesseiro e começou a rir, voltando a me olhar poucos segundos depois com as bochechas completamente vermelhas.

— Você sabe o que precisa fazer. — ela respondeu.

Aproximei meu rosto do seu e selei nossos lábios.

— Quem vai tomar banho primeiro? — perguntei mudando de assunto.

Seus olhos se arregalaram e em seguida pude ouvir sua risada preencher o ambiente.

— Quem chegar primeiro ao banheiro. — ela respondeu enquanto se desenrolava dos lençóis e se colocava de pé.

EI! — gritei.

Empurrei o lençol com força para o lado enquanto ficava de pé e corria até o banheiro, chegando em frente à porta ao mesmo tempo em que Maraísa.

— Eu cheguei primeiro! — ela falou.

— Não chegou não. Nós chegamos juntas. — respondi enquanto ficava em frente a porta.

— E agora?

— Agora nós tomamos banhos juntas. — sorri com malícia.

As sobrancelhas de Maraísa se arquearam e seus lábios se curvaram em um sorriso sugestivo.

— É uma excelente ideia... — ela se aproximou de mim e inclinou o rosto, chegando perto do meu pescoço.

Sua língua quente tocou minha pele e rapidamente seus lábios se fecharam contra meu ponto de pulso, onde ela fez questão de chupar com um pouco de força.

Minhas mãos automaticamente desceram para sua cintura, porém as mãos de Maraísa foram mais rápidas e seguraram as minhas antes que eu pudesse puxá-la para mim.

— Porém vou conhecer sua família inteira hoje e não quero causar más impressões. — ela sussurrou próximo a minha orelha, onde fez questão de morder. — Então se você me der licença, eu preciso tomar meu banho, por favor.

— Você não fez isso, Maraísa. — falei com a voz completamente rouca.

— Isso o quê? — ela sorriu. — Só estou tentando abrir a porta do banheiro.

Cínica.

— Certo. Nos vemos em trinta minutos, então. — saí da frente da porta.

Assim que Maraísa se aproximou de onde eu estava e girou a maçaneta, aproximei-me por trás e dei-lhe um tapa estalado na bunda, pegando-a de surpresa.

The Rain - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora