Cap; IV

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Boa leitura, morimuras💌
⚠️gatilho⚠️

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I miss when I could look at my body naked and not find something to hate
I miss when I was seven and blissfully unaware that I had a face
If I could punch one person in the dick
It'd be whoever said you're ugly when you're thirty
It'd be whoever didn't give a fuck about the risk of
monetizing off of every woman's insecurity.

- shmavana shmantos

Donna Flagg pov

       Bato a porta com força atrás de mim, ignorando os gritos de minha mãe

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       Bato a porta com força atrás de mim, ignorando os gritos de minha mãe.

- VAI SE 'FUDER KAREN! - Eu grito no meio a rua mostrando os dedos para casa antes de sair correndo pela calçada sem rumo algum sendo julgada por mil e um xeretas.

Agora já deve ser por volta de umas nove e meia da noite, estava frio aqui, porém mal me importava de usar somente um short jeans largo e uma camiseta fina de listras coloridas qualquer que peguei com mais facilidade no guarda-roupas, antes de sair as pressas do lugar que deveria chamar de casa, mas o nome mais apropriado é inferno.

Abraço meus próprios braços com frio andando devagar, sentindo o vento gelado e um tanto que forte assoprar por ai, colidindo contra meu corpo e me causando arrepios. Encaro meus tênis All Star pretos e levemente acabados enquanto ando devagar pensando em que caralhos eu possa ter feito a aquela mulher.

Chuto uma pedrinha com raiva.

Por mais que eu grite, implore, suplique, explique, minha mãe não entende que eu odeio, odeio com todas as forças o modo em como ela me faz olhar no espelho e dizer que estou magra demais, que preciso dar um jeito no meu corpo.

Meus quadris estão pequenos demais. Minhas costelas estão quase aparecendo. Eu preciso dar um jeito de parecer uma mulher. "Onde estão seus peitos, garota?" Ela me pergunta.

Eu tenho ódio da maneira em como ela faz eu me sentir horrível. Que meu corpo nunca vai ser bonito o bastante para um homem bom me querer. Já tentei em mil e uma formas tentar explicar e conversar com ela, dizer que eu não ligo para porra de homem nenhum, que meu corpo é meu e ela não tem que opinar nada sobre ele. Mas sempre acaba da mesma maneira:

Eu apanhando e chorando e ela gritando e xingando.

Tremendo eu enfio minha mão no bolso da frente de meu short, tirando a cartela dos comprimidos que tanto ando ingerindo para me manter calma e de alguma maneira para mim, feliz.

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⏰ Última atualização: Mar 22, 2023 ⏰

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