Canto II "Ah, os deuses deveriam ser proibidos de amar"
Era de conhecimento dos deuses que a maior e mais calamitosa moléstia humana que poderia avassalar um olímpico humanamente era o amor.
Sam, patrono da lua, Deus da Boa Caça - gostava de referir-se a eles, imortais, como crianças prodigiosas; poderosos, no entanto, sujeitos aos sentimentos mortais de maneira crua e devastante.Dean negava esse fato imposto pelo irmão até seu último átomo - Ele era um deus, não poderia ser tão facilmente arrebatado por um reles sentimento tão mortal, tão naturalmente abalado por alguém.
Mas isso não se parecia um problema notório no momento; o sol prazenteiro e púbere da manhã nascia dentre os montes, seu calor se espreitando sorrateiramente pela já acordada polis de Atenas. Dean, patrono do sol, andava tão radiante quanto o astro pelas ruas da Terra dos homens. Um cervo morto jogado sob os ombros, e um sorriso maroto exposto nos lábios.
Podia ouvir a voz de Sammy em seus ouvidos, assim como seu tom débil enquanto proseavam após a caça noite passada:
- Dean, estou com uma tremenda vontade de acertar essa flecha em seu peito. - Rolando os olhos, seu irmão disse puxando o arco com uma carranca nítida. O mais novo mirou-a diretamente no alvo, num movimento certeiro acertando a marca ao lado da cabeça do mais velho.
- Isso seria uma tortura, irmão. - Sorriu lépido, finalizando a afinação de sua harpa, sem se importar com o vento da acurada flecha lançada por Samuel. - Mas concerteza nada que se compare a imensa amargura em meu coração.
Roçou os dedos nas cordas brilhantes, o som suave e entoada deslizando pela floresta harmoniosamente. Sam deslizou os olhos, mas desta vez quem soltou um suspiro exausto fora o outro irmão - Adam, Deus Mensageiro, padroeiro dos ladrões e do comércio.
- Sam, por favor, afunde uma flecha na garganta deste idiota. - Adam disse, deixando seu par de botas aladas ao lado, na pedra. - Não aguento ouvi-lo dizer nem mais uma palavra! Pensei que estávamos aqui para caçar, não para ouvir Dean lamentar como uma ninfa apaixonada.
- Você é dregadante como o tártaro, irmão. - O Deus do Sol se remexeu na fraga, as gladiadoras douradas contrastando com o quíton claro trajando seu corpo forte e bronzeado. Um contraste a noite obscurecida.
- Ele está certo, Dean! Você está a mais de horas divagando sobre o como...
- "Os olhos de Cass são ainda mais preciosos pessoalmente" - Mumurou Dean, recebendo uma cara feia dos irmãos. - Por favor, vocês podem se apaixonar e eu não?
- Dean, de todos nós, você é o que tem a maior lista de amantes. - Ralhou Adam.
- Mas agora... agora é diferente. - O Deus Mensageiro revirou os olhos, mas Sam largou o arco e se colocou ao lado do irmão mais velho.
- O que você quer dizer?
- Eu poderia tê-lo quando eu quisesse, poderia tomá-lo por apenas uma noite, seduzí-lo, mas... - Seus dedos tocaram uma corda. - Mas eu não quero apenas tê-lo, eu quero que ele me tenha também. Não quero apenas me deitar com ele, entende?
- Você quer que Castiel se apaixone por você. - Murmurou baixo, Sam. - Por isso caçou o cervo? Para cortejá-lo?
Adam soltou uma risadinha do outro lado. - Belo presente, irmão. Pretende trocar seu título para "Deus das Caridades"?
- Pretende ser reduzido a um Deus Morto, irmão? - Censurou, áspero.
- Só estou dizendo, Dean; você é um deus poderoso, mas agora está tão idiota quanto um mortal. - O mais novo dos irmãos suspirou. Dean franziu as sobrancelhas, lançando-lhe um olhar pesado, mas Sammy apenas tocou seu ombro olhando repreensivo.
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≪The Myth of Dean & Castiel ≫
Short StorySe um deus se αpαıxonα por um mortαl, extrαpolα αs bαrreırαs do senso em buscα de seu desejαdo prêmıo. Prıncıpαlmente se o tesouro for o corαção do jovem αtenıense Cαstıel. O excesso de pretendentes do mortαl pode ser um entrαve pαrα Deαn. (ᴄᴀꜱᴅᴇᴀɴ...