Canto IV "Jasmim lembram-me flores como você."
A noite consumiu Atenas em sua totalidade; apenas a mejestosa celeste lunar adornando a escuridão. Sua tênue luz desceu pelas janelas, adentrando a casa, enroscando-se nas cortinas, cintilantes através dos olhos azuis.
Dean, patrono do sol, ufano Deus das Profecias, era totalmente cativo por essas íris oceânicas.
- O que me diz sobre o cervo? - O deus pergunta, atraindo o olhar que tanto venerava.
Haviam acabado de fazer a refeição, ainda sentados a mesa, enquanto uma tocha ardia no cômodo. Castiel apanhou um videira com os dedos, sorrindo satisfeito para o loiro.
- Você sabe, estava ótimo. Salvou meu jantar.
- Salvou minha noite. - Debruçou-se sob a mesa, encarando ávido o rosto etéreo do homem. E assim como desde o início daquela noite, eles se encararam de maneira tortuosa; o verde translúcido e épico fundindo-se contra o pélago azul infame. Dean não era o Deus do Tempo, mas ele sentiu que toda noção de espaço tempo se tornava facilmente tangível quando olhava para Castiel. Se o mundo continuava girando ou não, ou se o sol não estivesse mais em seu calor, isso pouco importava para ele.
- Bom, salvastes a minha também. - Castiel era como uma maldita caixa de Pandora; liberava todos os desejos e pecados que alguém poderia querer cometer, tudo que era proibido Dean estava sujeito a cometer. Então quando o humano olhou com aqueles grandes olhos, Dean desejava se inclinar sob e ele e tomar-lhe bem em cima daquela mesa.
Mas era Cass, não era qualquer humano.
- Meu dia não foi dos melhores hoje. - Dean foi obrigado a sair de sua mente quando Castiel soltou um suspiro murcho.
- Por causa de seu... bem, amante? - Enrijeceu o maxilar enquanto o observava brincar com a pequena videira.
- Também.
- O que aconteceu? - Castiel olhou hesitante. - Cass, você pode conversar comigo. Eu juro, é só você e eu.
Deveria ser errado se abrir para alguém que você não conhece, mas Castiel sentia-se bem na presença calorosa daquele gentil homem chamado Dean. Então ele sorriu timidamente, suspirando fundo.
- Mais cedo eu fui ao templo, eu presto ajuda física junto aos outros homens quando não estou atendendo como curandeiro. - Até então, nada que Dean não saiba. - Não é algo que me oprima, no entanto, mas hoje foi diferente, eu não sei porque mas eu estava tonto. - Franziu a testa. - Pode ser o vinho que um dos senhores me ofereceu após o trabalho. Mas eu não me recordo bem, só lembro-me vagamente de alguém me trazendo para casa. Minha cabeça dói desde então.
Podia ser uma ressaca, mas Dean não sabia porque não acreditava nisso. Ele enrugou a testa.
- E o que aconteceu? - Os olhos azuis se abaixaram e um nó se formou na garganta de Dean quando Castiel apontou o pescoço marcado.
- Dean, eu juro, eu não me lembro, eu não sei. - Ele cobriu a marca com desgosto. - Balthazar viu a marca e presumiu que eu esteja o traindo. Mas, Dean eu... eu realmente não sei o que aconteceu, nem mesmo lembro-me do rosto do homem.
- Ei, ei, ei. - Dean tocou as costas de sua mão, olhando com um misto de cautela e raiva. O deus poderia socar qualquer coisa a sua frente nesse momento, mas Castiel estava prestes a chorar. - Eu acredito em você. - Cass o olhou com gratidão, vergonha.- Ele te machucou?
- Não, só isso. - Apontou o vermelho novamente.
- Ele tocou você.... - As palavras eram ainda mais ácidas quando ele as falava. - Te drogaram, Castiel, você tem noção disso?!
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≪The Myth of Dean & Castiel ≫
القصة القصيرةSe um deus se αpαıxonα por um mortαl, extrαpolα αs bαrreırαs do senso em buscα de seu desejαdo prêmıo. Prıncıpαlmente se o tesouro for o corαção do jovem αtenıense Cαstıel. O excesso de pretendentes do mortαl pode ser um entrαve pαrα Deαn. (ᴄᴀꜱᴅᴇᴀɴ...