Introdução aos cantos II "Oh, amor cruel, desejo eminente"
Os deuses não eram tão melhores que os humanos - eles também estavam sujeitos a ira, a cólera cálida e amarga, a mais verde inveja e vaidade, da mesma forma que os grandes imortais e perfeitos estavam propícios ao mais cruel ciúmes.
Pois se podiam ser tão mortais ao ponto de amar, ao ponto de desejar, eles estavam tão imersos a esses sentimentos irracionais que o próprio Deus da Razão se sentiu tolo.
Era sabido pelo arredores que o coração do desejado mortal Castiel, pertencia a outro humano. Que diferente dele, era apenas um mísero e insignificante homem mortal. Chamavam-no de Balthazar, um famoso músico - que aos olhos do deus da música era um pascácio egocêntrico. Homem este que era responsável por cantar e entreter os olimpianos. Dean sentia o mais profundo desgosto por este em específico.
Ele não era o melhor, mas gabava-se para os demais como se ele, ínfimo mortal sem importância, fosse comparado a ele, Dean, o deus da música.
Por a demais que soubesse que Balthazar nunca paragonaria seu esplendor, Dean sentia tamanho peso por sua existência - saber que ele poderia ter o homem que mais desejava em seus braços, seus lábios sob os lábios que mais gostaria de provar - oh, era tão injusto, e Dean se sentiu tão pequeno comparado àquela formiga bastarda.
Balthazar tinha Castiel para si, Cass havia escolhido Balthazar, e isso enfurecia o deus em demaseio doloroso.
Seu irmão chegou a confrontá-lo novamente, visto que seu amuo trazia consequências ao Olimpo. - Dean, não se deixe consumir pelo ciúme! O mortal não lhe pertence, não aja como um estúpido.
- Não estou enciumado, Sam! - Ele gritou, e o Olimpo tremeu por um instante. Talvez fosse a carruagem puxada por Hélio, ou algum dos raios mestres do Pai, mas seus olhos se tornaram acessos como pólvora.
Seu irmão olhou-o seriamente - ignorando o fato de que esclarecer para Dean que Castiel não lhe pertencia estava o deixando colérico como Aquiles.
- Deveria olhar para ti mesmo, ver o quanto esses sentimentos estão lhe deixando...
- Louco? - Ele riu, incrédulo. O irmão, encarou-lhe apreensivo, deixando-o logo em seguida.
Dean já esteve em inúmeros romances; como Lisa a humana, Bela a deusa, Cassie a ninfa - mas pela primeira vez ele se sentiu tão arrebatado por alguém, por um homem mortal, que sequer teria olhos para ele, que já amava a outro.
Ele estava a um átomo da insanidade, tentando contentar-se com apenas os vislumbres de seus sonhos com o rapaz de olhos egrégios - sonhos tão calorosos quanto teu peito, de beijos cálidos e apreciativos, de toques e junção de peles divina, de amor incomparável, do prazer e carinho que ele poderia oferecer ao mortal, todo seu calor, todo seu sol, todo ele.
Mas ele não resistiu, não podia dar se ao luxo de manter-se longe daquele o atraía. Numa noite então, ele resolveu que aquela era hora de conhecer o amor de sua vida.
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≪The Myth of Dean & Castiel ≫
Storie breviSe um deus se αpαıxonα por um mortαl, extrαpolα αs bαrreırαs do senso em buscα de seu desejαdo prêmıo. Prıncıpαlmente se o tesouro for o corαção do jovem αtenıense Cαstıel. O excesso de pretendentes do mortαl pode ser um entrαve pαrα Deαn. (ᴄᴀꜱᴅᴇᴀɴ...