Capítulo 02- Drogas.

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Seis e sete da tarde.

O clima mudou rapidamente- Penso comigo mesmo enquanto ouvia uma chuva forte cair fora do estabelecimento enquanto eu passava um pano úmido no balcão do caixa que cairá café a alguns segundos atrás por desleixo de Suzie que viajava olhando para o café que estava borbulhando.

Até agora. Até agora, o irmão da srt. Jackssom estava aqui, dormia roncando alto no mesmo lugar que sentou quando chegou.

Trim, trim.

Ouço o interfone tocar e vou atender deixando o pano jogado encima do balcão sem o menor interesse de continuar ali.

- Alô. Cafeteria Beija-flor. Posso ajudar?- Falo em um tom gentil afinado a voz com a testa franzida e os olhos despreocupados, ouvindo um suspiro do outro lado da respiração.

-Edward ? Cof- Ouço uma voz feminina me chama parecendo limpar a garganta para poder prosseguir, uma voz familiar, mas rouca. -Edward é a Júlia sua chefe, eu não consegui entrar em contato com você pelo seu telefone.- Ouço a voz meio trêmula da mulher que não estava na meia idade, mas para a casa dos trinta e cinco ou quarenta, por aí.

Limpo a garganta para falar- Srt. Jackssom, o que houve ?- Pergunto.

-Você não vai precisar trabalhar no bar a noite, não irei abrir, estou me sentido mal, dor de cabeça, febre, tosse e ânsia de vômito.- Fala parecendo bater em algo do outro lado da linha que me faz dar um pulo de susto.

Que repetino- Penso. -Srt. Jackssom, então já irei me arrumar para sair. Tenho compromisso em outro local.- Digo dando um meio sorriso enquanto fitava o balcão de madeira com mármore escuro encima que brilhava um pouco. -Melhoras, irei mandar algumas ervas para a Srt.- Digo simpático.

-Nao se preocupa Não, espero que fique bem e cuidado com as pessoas em Edward.- Fala isso de uma forma natural, mas tão estranha, me faz sentir um arrepio da espinha até o tórax. -Tchau.-

-Tchau.- Digo e tiro o interfone do meu ouvido o desligando, comemorando mentalmente eu ser liberado mas cedo, mas também amaldiçoando-me por marca compromisso para dar.

-Suzie! - Chamo a colegial que estava na sala de funcionários fazendo algo, que eu realmente não quero saber o que é.

Ela não demora para aparecer, e quando aparece tem uma feição de culpa e chateação no rosto.

-Suzie não se culpe tanto, é normal vocês cometerem erros. Não?- Tento reconfortar passando a mão pela sua cabeça na tentativa falha de um "agradecimento". Ela me olha confusa com alguns fios de cabelos agora bagunçados, caindo teimosamente fios castanhos mel no seu rosto.

-Você também erra as vezes.- Ela fala e eu apenas dou uma gargalhada nasal por isso. Se atéela sabe.

-Sim, sim. Tenho que ir agora. Não fique aqui com esse bêbado e se ele tentar algo ligue para mim ou para a polícia.- Falo tirando meu avental pegando minha bolsa de pano marrom com tom claro e uma figurinha "Rebeldes. RBD😎".

Sou seguido pela garota até a porta do estabelecimento que concordava com as minhas palavras sem dizer nada apenas com uma sorriso de lábio no rosto. A via como minha irmãzinha, mesmo sendo filho único e com uma aparência mais feminina.

-Tchau, Suzie.- Me despeço.

-...Tchau eddie!- Ela grita depois que eu atravesso a rua fazendo algumas pessoas olharem para ela que fica constrangida. Ela adentra o estabelecimento rapidamente batendo a porta.

Łøåđīňğ••••••••••

Me via já do outro lado da rua do bar de Stripper que eu trabalhava, uma hora chamavam aquilo de Bordel, puteiro, Bar, motel etc.
Penso um pouco hesitando em atravessar a rua, depois que foi reformado eu não tinha vindo mas.

A Espada De Três Reis E O Coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora