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》#Patrick《

Fiquei ouvindo tudo aquilo tentando entender como uma pessoa como ela ainda não foi internada, porque tá claro que a Maria precisa de um tratamento, de um acompanhamento médico ou qualquer merda que mantenha ela longe da sociedade

- Quer saber? Essa loucura já foi longe demais, cadê a Sophia? - a Carol perguntou sem paciência

- Não tá gostando da minha companhia? - a Maria perguntou, sonsa

- Nem se você fosse a última pessoa viva no mundo eu gostaria da sua companhia - a Carol disse

- Eu não consigo ver nenhum sinal de pessoas além delas duas lá dentro - o agente disse

- E o que isso significa? Minha filha não tá lá? - eu perguntei

- Vou mandar meus homens rondarem o lugar pra buscar outras pessoas - ele disse, mandando o sinal pelo rádio

- E aí? Essa conversa das duas já durou muito - eu falei irritado

- Espera, o que é isso? - ele olhou pela câmera que tinha na roupa da Carol - Ela tá armada

- Como? Ela tem uma arma? - eu levantei nervoso

- Sim, parece ser uma 38 SPL - ele disse

- E o que isso significa? - perguntei confuso

- Pode ser uma Taurus 82, é um tipo de pistola - ele disse - Fácil de esconder, com uma mira alta que precisa de uma curta distância pra funcionar bem

- Meu Deus, tira a minha mulher dali - eu pedi e ele suspirou

- Algum sinal de alguém em volta do local? - ele passou outro rádio

- Sem sinal, senhor - ouvimos a resposta e eu xinguei alto

- Porra - eu disse e senti meu celular vibrar

- Patrick, a Sophia tá aqui - o Tomas disse

- O que? - coloquei no viva voz

- A Melissa apareceu com ela aqui, disse que a encontrou perto de um galpão abandonado e ela estava sozinha - ele disse e eu respirei aliviado

- Passa pra ela? - eu pedi

- Oi papai, eu tô com o padrinho - ela disse e eu sorri aliviado

- Oh minha bonequinha - eu disse emotivo - O papai já vai te buscar, tá bom? Te amo

- Te amo papai - ela disse

- Tomas, cuida dela que a gente já tá voltando - eu disse e ele concordou - Passa pra Melissa, por favor?

- Pode deixar - ele disse

- Oi Patrick - ela falou

- Melissa, eu nem sei como te agradecer. Salvou a vida da minha filha - eu disse

- Não precisa me agradecer, disse que você poderia contar comigo para o qur fosse, não disse? Tô com você, Patrick - ela disse

- Obrigado de verdade - eu disse e logo desligamos

- Vamos tirar ela de lá - o policial disse, acionando a escuta - Senhora Drey, estamos com a Sophia. Pode deixar o lugar

- Você tá me enrolando, nem sei porque confiei em você - a Carol disse

- Não, espera aí - ela disse com uma voz diferente

- Maria, abaixa essa arma - a Carol disse e eu consegui ver ela mirando a arma na direção da barriga da Carol

- Ela vai atirar, manda alguém entrar - eu exigi e ele negou

- Não é assim, Senhor Drey. Ela pode se sentir ameaçada e atirar por impulso - ele falou

- Então eu entro - eu saí da van rápido deixando o agente gritar lá dentro e fui pra porta do galpão

- Maria, para. Você não quer fazer isso - ouvi a Carol falando e abri a porta

- Mas eu devia ter desconfiado, porque vocês não são pessoas de palavra - a Maria disse dando uma gargalhada

- Patrick, sai daqui - a Carol pediu e eu neguei

- Larga essa arma, Maria. Sou eu que você quer, não é? - eu fui me aproximando devagar

- Te quero, mas te quero vivo - ela disse - Agora essa daí não me importa o estado que ela estiver

- Se você matar a Carol, você me mata junto. Não entendeu que ela é minha vida? Sem ela eu não sou nada - eu disse e seus olhos ferveram de raiva

- Vocês são nojentos, acabaram com a minha vida e vão pagar por isso - ela disse mirando na Carol de novo e quando eu me deparei com o que tinha acontecido eu já estava no chão

A Carol gritava, as sirenes tocavam e o meu próprio grito nao saía, só senti minha bochecha molhar com as minhas lágrimas

It's You - O RETORNOOnde histórias criam vida. Descubra agora