Arrependido?

281 27 7
                                    

Pov Ichiji:

Maninho, nós chegamos! - Ouvi a irmã dele gritar. -
Shhh. - Ele tampou minha boca para eu não fazer barulho, eu queria matar ele nessa hora. -
Ei, abre essa porta, eu esqueci uma roupa aí de manhã! - Ela diz batendo na porta desesperadamente. -
Veste uma roupa. - Ele sussurrou depois de sair de dentro de mim, nos vestimos e ele abriu a porta, eu estava frustrado pra caralho. -

Ela abriu a porta e pegou sua roupa, antes de sair ela encarou katakuri.

Seu cabelo tá bagunçado. - Ela diz arqueando a sobrancelha. - Aí meu Deus, vocês estavam... - Ela ia dizer mas katakuri à interrompe. -
Claro que não! - Ele diz irritado. -
E essas garrafas ali? vocês estão bêbados? - Pudding pergunta. -
Não é da sua conta. - Ele diz fechando a porta na cara dela. -
A mamãe não vai gostar de saber disso! - Ela grita do outro lado da porta. -
Eu já vou pra casa. - Falei. - Minha cabeça tá doendo e eu tô tonto.. preciso deitar.
Sua tolerância pra bebida é pior do que a minha. - Ele sorriu pra mim. - Quer que eu te acompanhe? me desculpa por sua primeira vez ser um fiasco.
Não precisa. - Falei. - Que nada, isso foi o destino, me dizendo que isso era um erro. - Falei e peguei minha mochila, sai de seu quarto e depois de sua casa, quando cheguei em minha casa apenas deitei e dormi até o dia seguinte. -

No dia seguinte:

Acordei com meu corpo todo dolorido, me lembrando aos poucos do dia anterior... eu e katakuri estávamos bebendo muito, até aí eu me lembro. Comecei a escovar os meus dentes e notei marcar roxas no meu pescoço... cara, eu não tô lembrado disso não. Mais lembranças vem em minha mente, puta que pariu, eu realmente falei tanta coisa vergonhosa? espera... eu e o... nós não... né? impossível, eu deveria estar muito drogado pra isso. Agora que a ficha caiu. Eu transei com ele... ou quase né, se a irmã dele não tivesse atrapalhado, o fato é que, nos fizemos, não chegamos nos finalmentes mas fizemos.. MANO.

AAAAH. - Gritei sem querer, estava muito chocado comigo mesmo. -

O QUE FOI, MANINHO? - Reiju grita do quarto dela, que era do lado do meu. -
DEPOIS DIZEM QUE EU TÔ ERRADO QUANDO FALO QUE O DESTINO DO ICHIJI É UM HOSPÍCIO. - Yonji grita de seu quarto. -

Estava quase chorando, mas Reiju entra no meu quarto.

O que foi, irmão? pera.. - Ela analisou o meu pescoço. - Que marcas são essas? saiu com uma garota ou com um tubarão?
Antes fosse. - Falei suspirando em tristeza. - Eu transei com o meu rival. VOCÊ O QUÊ? - Reiju pergunta em um grito, muito chocada. -
ICHIJI É GAY? - Yonji, que tinha entrado no meu quarto sem eu nem perceber disse. -
VIADOOOOO, QUE DÁ O RABOOOO. - Niji cantarolou, Meu Deus, a minha situação só piora. -
SAIAM DAQUI CARALHO. - Gritei e eles dois saíram do meu quarto rindo muito.
Aaah, eu mereço. - Falei choramingando. -
Calma, me explica tudo direito, quem é o seu rival? - Reiju pergunta em um tom calmo. -
Katakuri.. - Respondi em um sussuro, quase inaudível. -
Espera, o filho da Linlin? - Ela pergunta surpresa. - Como caralhos vocês se conheceram? e porra, eu achava que você era hetero.
Ele estuda na mesma escola que eu, mesma sala e tudo mais. - Suspirei. - No primeiro dia de volta às aulas, começamos à ter uma certa rivalidade, eu quebrei a cara dele umas vezes, e ele me deu uma surra também. - Falei. - A gente tinha um trabalho em dupla pra fazer e quando terminamos ele perguntou se eu queria beber, ficamos lá bebendo e em pouco tempo nós dois já estávamos completamente fora de si... então, rolou. - Falei e senti minhas bochechas queimando. -
Então você é bi, como o Sanji? - Ela pergunta. -
Eu não sei ainda, tô confuso, eu só fiquei com ele por causa da bebida. - Falei tentando convencer à mim mesmo. -
Ichiji, a bebida faz você criar coragem para fazer coisas que você já quer à tempos, não faz você querer fazer coisas que você normalmente não faria. - Ela deu leves tapinhas no meu ombro e foi até a porta. - Se estiver com dúvidas pode me chamar. - Ela saiu e fechou a porta do meu quarto, me deixando pensativo. -
Merda, como eu vou encarar ele agora? - Perguntei para mim mesmo e fui vestir meu uniforme e fui olhar as mensagens em meu celular, tinham algumas de Sanji e uma de algum número desconhecido.

Número desconhecido: Ei, aqui é o Katakuri, peguei seu número com Sanji ontem.
Eu só queria te pedir desculpas por ontem, estávamos bêbados então, nenhum de nós teve culpa, poderia tentar esquecer?

Esquecer, é sério? Ele realmente não vale nada, eu o odeio.

REIJU!  - Gritei alto para minha irmã escutar, logo ela aparece. - Me empresta a sua base para eu cobrir isso? - Falei apontando para meu pescoço. -
Claro, vou buscar. - Ela sai do meu quarto e logo volta com o produto em mãos, uma base e esponjinha de maquiagem. - Não é do seu tom de pele, mas da pra esconder. - Ela passa um pouco de produto na esponjinha e espalha, olhei no espelho e realmente havia cobrindo tudo. - Calma, vou buscar o pó pra selar, dura mais. - Ela diz e vai até seu quarto novamente, ela voltou com o pó e passou em mim.-
Obrigado, maninha. - Sorri para ela. -
Você parece meio triste. - Ela diz. - O que houve, hein?
O cara com quem tive minha primeira vez, disse que é pra eu esquecer tudo. - Suspirei. - Eu já devia esperar isso.
Ele não é seu rival? devia estar feliz com isso. - Ela ri baixo. - A não ser que você esteja gostando dele.
N-não! nunca!  - Falei empurrando ela pra fora do meu quarto. - Vou calçar meu tênis, já já desço pra tomar café! - Bati a porta na cara dela, com vergonha do que ela disse. -

Coloquei o tênis e desci para tomar café da manhã, eu devo estar sendo muita coisa pra castigado mesmo, meu pai ainda não tinha ido para a empresa germa 66. Me sentei em silêncio e comecei a comer.

Não tem nada à dizer, Ichiji? - Judge pergunta e eu engulo em seco. -
Dizer o quê? - me fiz de desintendido. -
Eu ouvi aquela gritaria mais cedo, é verdade o que seus irmãos estavam dizendo, ou melhor, gritando? - Ele pergunta com um olhar mortal. -

Com medo, apenas acenei que sim com a cabeça.

Se quer ser gay seja gay lá fora, aqui dentro gay não se cria, o Sanji é um exemplo. - Judge diz ríspido. -
Não fala do meu irmão. - Aumentei o tom de voz. -
Irmão? aquela bixinha não é meu filho, se você for como ele, você também não é meu filho. - Apesar de o conhecer bem, ouvir aquilo ainda machuca muito. -
Não se preocupe, não vai demorar muito para eu sair daqui. - Falei me levantando na mesa. - Não sei como o Sanji aguentou por tanto tempo. - Falei e peguei minha mochila e saí de lá em rumo à escola.





Enemies? Onde histórias criam vida. Descubra agora