Evitando

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Pov Ichiji:

Chegando na escola, já dei de cara com o katakuri, felizmente, ele ainda não tinha me visto, então, apenas passei direto e bem rápido, fui para minha sala e sentei lá no fundo, esperando a aula começar. Quando todos os alunos entraram e o professor também, katakuri veio em minha direção.

Ei, porquê visualizou a mensagem e não respondeu? - Ele pergunta e eu o ignoro. -
Charlotte Katakuri, sente-se na sua cadeira agora. - Tenho sorte do professor Jinbei ser rígido, com aquele olhar tão focado em mim, ia ser difícil ficar o ignorando. -

Suspirei aliviado quando ele se sentou em sua cadeira, mas de vez em quando, na aula, ele ficava olhando pra mim, droga.. eu queria chorar, eu estou mesmo apaixonado por aquele idiota.

Para evitar encontrá-lo, fui até outra lanchonete, já que a que eu costumava ir, Katakuri também ia, quando terminei de comer e voltei para a sala, ele vem até mim de novo, ah não.

Ei, ruivinho. - Ele me chama. - Não faz isso, não me ignora. - Eu estava começando à ficar com dó dele, mas a culpa é dele, eu não quero sofrer mais. -Me xinga, dá um soco na minha cara, faz qualquer coisa, só não me ignora. - Ele diz e eu viro o rosto, logo, o professor rayleigh entra, e como aquele velho é insuportável, katakuri teve que voltar para sua cadeira em silêncio.

Mais umas aulas se passaram e já era a hora de ir embora, finalmente.
Fui em direção ao portão mas ouço o katakuri me chamar, de novo isso. Apressei os meus passos mas ele me alcança e agarra o meu braço.

Ei, pode me explicar o motivo de você estar me ignorando? - Ele pergunta. - Se é pelo que fizemos, eu já disse que vou esquecer, não se preocupe. - Esse é exatamente o problema. -
Me solta. - Falei meio bravo. -
Espera, só me diz o motivo. - Ele pede. -
Me solta, agora. - Falei e ele soltou o meu braço, me virei e fui em direção de minha casa. -

Sobrevivi à um dia.

No dia seguinte:

Acordei pior que nunca, Reiju notou isso, e foi até meu quarto.

O que está acontecendo? - Ela pergunta preocupada. -
Eu gosto dele. - Eu falei e ela sorri. -
Que fofinho, nunca achei que você iria se apaixonar. - Ela diz animada. -
Isso não é bom, Reiju. - Suspirei. - Eu tô evitando ele.
Por quê? - Ela arqueia uma sobrancelha. -
Não é óbvio? ele disse que quer esquecer, ou seja, ele não gostou. - Falei. - Ele não gostou porque não gosta de mim, ele me odeia muito.
Por que que em vez de você ficar aí fazendo teoria, você não vai falar com ele? - Ela pergunta. -
Sem chance! - Falei me levantando da cama e indo até o banheiro. - Eu não vou mais falar com ele, eu vou esquecer essa paixão.
Você quem sabe, mas, saiba que eu vou estar aqui pra te apoiar em tudo. - Ela me dá um abraço rápido e sai do meu quarto. -

Escovei os meus dentes e comecei a me olhar no espelho, olhei as marcas em meu pescoço e lembrei daquele dia, não consegui me controlar e comecei a chorar.

Droga, porquê justo ele? - Perguntei para mim mesmo em meio às lágrimas.-

Depois de chorar um pouco, lavei o rosto, vesti meu uniforme e fui para a escola direto, não queria encarar meu pai, quando fui passar pelo portão, katakuri estava lá, merda.

Ei, Ichiji. - Ele me chama e eu passo direto por ele no portão. - Espera, caramba! - O ignorei totalmente e fui para minha sala, me sentei na cadeira e ele veio correndo em minha direção. - Você anda rápido. - Ele diz ofegante. - Mas não vai escapar tão fácil de mim. - Sorte a minha que a professora Hancock chegou também e mandou ele e todos os outros alunos que estavam em pé se sentarem. -

Depois de mais algumas aulas, era hora do intervalo, fui até a outra lanchonete e comprei coxinha e um suco pra mim, me sentei e fui comer tranquilamente, até katakuri chegar.

Te achei! procurei você por todas as lanchonetes que ficam perto da escola. - Ele diz se sentando e ficando de frente pra mim. - Vamos conversar. - Ele diz e eu me levanto, vou até o caixa e pago o meu lanche. - Espera aí. - Ele segura meu pulso. - Eu tô com saudade.
Mentiroso. - Falei e me soltei dele, atravessei a rua e voltei para dentro da escola, fui beber uma água e voltei para minha sala.

Tive mais algumas aulas e voltei para casa, dessa vez ele não me seguiu.

Sobrevivi mais um dia.

E foi assim por várias semanas, eu o ignorava em todos os lugares que a gente se encontrava por acaso..

No mercado:

O que acha de eu fazer sopa de legumes? - Minha mãe perguntava, olhando alguns legumes. -
Credo, eu não gosto dessas coisas saudáveis. - Falei fazendo uma careta. -
Ei, ichiji. - Essa voz.. ah, não. -
Vamos em outro mercado, Mãe, esse aqui tem uns preços muito altos. - Falei puxando ela pra fora. -
Calma, filho, vai ignorar o seu coleguinha? - Ela pergunta. -
Ele não é meu coleguinha, vamos. - A puxei para o carro. -

No parque:

Eu odeio algodão doce, coisa horrenda. - Yonji disse. -
Ei, Ichiji! - De novo não, pelo amor de Deus. -
Tem alguém te chamando, Ichiji? - Reiju pergunta. -
Impressão sua, Yonji, Reiju, vamos nesse brinquedo. - Puxei eles para longe até não ouvir mais katakuri me chamar.

...

Eu já estava há quase um mês sem falar com ele, e ele já tinha parado de tentar também.

Eu estava voltando para casa, estava chovendo muito e eu não havia trazido guarda chuva.

Ei, ruivinho. - Fazia um bom tempo que eu não ouvia esse apelido. - Vem comigo.
Por que eu iria? - Pergunto ríspido. - Acho que você não quer ficar aí se molhando, e sua casa está bem longe daqui. - Droga, pior que ele tinha razão.-

Apenas o segui em silêncio e logo chegamos em uma lanchonete que parecia abandonada, e tinha uma cobertura na frente, impedindo que nós nos molhássemos.

Naquele dia, você me chamou de mentiroso. - Ele começa. - Mas eu falei a verdade quando disse que sinto sua falta. - O tom de voz dele era calmo, pude ver em seus olhos que ele não mentia. - Acha mesmo que eu ia ficar correndo atrás de você que nem retardado se não gostasse da sua companhia? - Ele riu fraco. - Porra, você fez eu me humilha como eu nunca me humilharia por ninguém. - Ele me olha. - Me diz... porque você me evitou tanto?
A culpa foi sua. - Falei. - Você disse para eu esquecer aquele dia. - Eu disse com a voz trêmula. - Sendo que eu gostei muito, gostei de ficar com você e comecei a gostar da sua companhia quando conversamos na detenção, gostei quando você sorriu pra mim. - Suspirei. - Eu me senti usado quando você disse que ia esquecer, como se eu fosse qualquer um que você passa uma noite e descarta.
I-ichiji, eu.. - Ele diz meio corado e surpreso. - Eu só disse aquilo porquê achei que era o que você queria, achei que me odiava e queria que eu fingisse que nada aconteceu.
Eu só.. fiquei magoado, porque o que eu sinto por você eu nunca senti por mais ninguém. - Confessei e senti minhas bochechas esquentarem, desviei o olhar e logo eme me abraçou forte e repentinamente. -
Eu também te amo... me perdoa? Eu fui um babaca, eu sei, mas você também não pegou leve comigo. - Ele riu baixo. -
Desculpa, Kuri.. - Falei sem pensar. - Digo, katakuri. - Falei tentando manter minha postura e agradecendo por estarmos abraçados e sem ver o rosto um do outro. -
Pode me chamar de Kuri. - Ele se separa do abraço. - Eu te amo muito.
Eu também te amo.. - Falei desviando o olhar. - Dizer isso ainda é meio estranho. - Ri baixo. -
Senti muito a sua falta. - Ele diz Sorrindo e me dá um selinho, o que me fez corar. -
Eu também, até tentei brigar com os meus irmãos mas não é a mesma coisa. - Eu disse e ele riu. - Afinal, o que somos?
Namorados. - Ele diz. -
Que? eu não aceitei isso, quer dizer, você nem pediu! - Eu disse um pouco indignado. -
Então eu peço agora, em meio à chuva. - Ele sorri. - Ichiji, você aceita ser o meu namorado?
S-sim. - Falei com um sorriso tímido, não estava mais conseguindo esconder a felicidade que sentia, então o beijei, de língua dessa vez. -
A chuva já passou. - Ele diz olhando para o céu, eu ainda estava com os meus braços ao redor de seu pescoço. -
Melhor eu ir para casa. - Falei. -
Eu te acompanho. - Ele diz e entrelaça os seus dedos aos meus. - Quando chegar, responde todas as minhas mensagens que você ignorou.
Vou responder com um monte de figurinha e printar, pra ter pra sempre comigo guardado as imagens de você se humilhando por mim.

Aproveitamos o caminho para conversar e rir, eu estava mais feliz do que nunca, eu realmente amo ele.

Fim.

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