Tentações de um Adolescente (Romance Gay)

Cap 5 - Hospital

Eu queria dizer que meu sonho de passar a manhã inteira na cama foi realizado, mas isso não aconteceu na cama do meu quarto, e sim na cama de um hospital.

Era uma manhã fria como uma simples manhã de inverno, perdida na primavera. O dia estava um pouco nublado. Estava frio, no quarto, o ar condicionado estava ligado e o tempo com 'cara de chuva', e eu estava lá, já fazia mais ou menos vinte horas, eu estava me tremendo, mas eu tentava ser forte.

Ao acordar sinto alguém mexendo em meus cabelos... abrindo meus olhos lentamente, pois estava dopado de tantos remédios que havia tomado... de repente ao abrir os olhos, levo um susto ao ver Gabriel, estava deitado ao meu lado, com aquele sorriso conquistador, aquele olhar vibrante, e claro, aquela mordida de leve nos lábios que me seduz tanto, não podia faltar.

- O que você faz aqui? - digo com aquele sorriso bobo, tentando sentar na cama

- Fiquei aqui desde que você chegou nesse hospital... você teve muitas fraturas, quebrou a perna, levou seis pontos na testa, e quebrou o dedo, eu me culpo inteiramente por isso, sério... o mínimo do mínimo que eu poderia fazer era ficar aqui ao seu lado neste momento, te acompanhando a cada segundo de respiração. - diz Gabriel levantando da cama, se virando de costas em direção à janela.

- Você não tem culpa absolutamente de nada Gabriel, e você chegou exatamente na hora certa, se você não tivesse aparecido, poderia ter acontecido coisas muito piores, muito piores, e você sabe disso... Gabriel talvez eu nem estaria aqui hoje, poderia estar lacrado. - eu disse gaguejando sem conseguir falar direito.

- Mas eu Lucas, poderia...

- Mas você nada Gabriel, você nada... não se culpe por besteiras, você fez o que tinha que fazer... e pronto, mas agora isso já foi, vamos mudar de assunto? onde estão meus pais, minha irmã e todos ?

- Eles estão conversando com a enfermeira, chegaram faz pouco tempo, estavam desesperados. - Gabriel diz indo em direção a porta á abrindo.

- Gabriel... o que você disse para eles? - virando os olhos lentamente para a janela em direção ao contrária da porta e de Gabriel.

- Disse o suficiente para a sua mãe Lucas, mas pode ficar tranquilo, ela vai entender, pode ter certeza, agora seu pai ouviu... vamos ver... uma outra versão, afinal vc tem que ser o cabra macho da família não é mesmo?. - diz gabriel rindo eternamente a fechando a porta lentamente.

Como assim o suficiente para minha mãe? Gabriel não podia ter contado á ela que eu sou gay, não, não ele não podia ter feito isso. Eu estava tremendo de frio, nervosismo, ansiedade, curiosidade, absolutamente tudo ao mesmo tempo, literalmente em choque, até que minha mãe abre a porta e o silêncio toma conta do local e eu a olho assustada, pois não sabia a reação que ela tomaria.

- Gabriel? - disse minha mãe colocando as chaves em cima da estante ao lado da minha cama.

- Mãe, eu... eu não sei nem o que dizer, juro, eu estava... - surpreendentemente ela me interrompe colocando seu dedo em minha boca fazendo eu me calar.

- Não diga uma palavra, sequer uma mocinho, estou tão orgulhosa de você! Eu amo você mais que tudo meu filho, nada, absolutamente nada vai mudar entre nós, pelo contrário... você vai confiar em mim e ter mais coragem de me falar o que anda acontecendo com o menino mais lindo da mamãe. - disse ela sorrindo e me olhando com seus dentes brancos brilhantes, apertando as minhas bochechas. - Agora meu filho descanse um pouco, vou no quarto da sua avó ver se esta tudo bem com ela.

- Mas como assim ir ao quarto do lado para ver a vovó, ela está aqui? Em um quarto? Como assim? - virando para minha mãe com um olhar de espanto.

- Tente descansar meu filho, eu já volto. - disse minha mãe colocando as mãos em seu rosto e saindo do quarto.

Pronto, agora o meu mundo está desmoronando tudo de uma vez... minha mãe acha que seu filho, único filho homem é gay, estou todo engessado, todo dolorido, meu colégio inteiro viu eu levando uma surra e o pior, minha avó? Será que aconteceu alguma coisa com ela? - então a doutora entra no quarto, dizendo que eu já poderia ir para casa, eram boas notícias até então minha mãe entrar no quarto com lágrimas nos olhos, chorando parecendo uma criança, Gabriel entra com uma cara de espanto, mas o que teria acontecido?- então eu digo raivoso:

- Mãe, MÃE MÃEEE.

- Lucas... a...a...sua... - disse Gabriel me olhando com uma cara de espanto, triste, nervoso e sem reação, tudo misturado.

- GABRIEL pode me contar logo pela mor de deus. - disse interrompendo-o

- Sua avó esta MORTA Lucas, ela esta morta... morta Lucas - disse minha mãe se ajoelhando com as mãos no rosto, escorrendo lágrimas pelos seus braços.

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