O mundo não coube na ponta dos meu lápis

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"tentei prender os mundo nas minhas mão

Na pontas do lápis, na linha do caderno,

Mas toda vez o universo ecoa: "Não!"

E se fosse sim, talvez não tivesse eterno

Nas palavras da minha visão..."

- Verena! - gritou minha mão, aquela voz rouca e grave, que sempre, sempre vinha nos momentos em que eu queria apenas paz - VEREEENA!

- Queeeee foi mãe?

- Telefone!- ela disse mais calma - Alice ta te chamando aqui.

Me levantei a contra gosto, já que preferia ficar ali no meu cantinho escrevendo e ouvindo boa musica. Minha mãe com aquele cabelo duro, liso e claro, graças ah água oxigenada e a química que ela usou no cabelo. Aquele cabelo era tão lindo, cacheado e ruivo, até agora não me conformei. Queria ter nascido parecida com ela, no entanto Sou magra, magra até demais. Meu cabelo é preto e, claro, tinha que nascer com o cabelo cacheado e descontrolado, tão estranho.

- Fala! - disse com a minha voz de sono, desinteressada pra ver se ela se tocava que não era a hora.

- Amiga eu recebi uma caixa aqui em casa, muito estranha, não abri. - ela não disse nada, na certa esperava por alguma reação da minha parte.

- Tá, mas por que você me ligou pra dizer isso? -  Será que foi ela que me enviou a carta? Não, não pode ser.

- Por que tem uma etiqueta na frente e diz, "não abra antes de ligar para Verena, só ela sabe, só ela sempre sabe". - fez-se um silencio estranhamente ensurdecedor por um minuto - O que isso quer dizer Verena? eu realmente... - eu a interrompo.

- Já estou indo prai, não abra a caixa, em hipótese alguma. - e dei uma risadinha pra disfarçar o nervosismo - Devem ter se esquecido meu endereço e mandado alguma encomenda pra sua casa.

Ela morava em uma antiga casa, onde eu morava antes de mudar,  mas já fazia anos que ninguém errava o endereço de minha casa.

 Eram 10 minutos da minha casa à pé andando normalmente. mas acredite fiz em cinco minutos correndo.

Toquei a campainha.

- Oi - eu disse e sorri. Fui logo entrando, já me sentia muito daquela família - Onde está a caixa?

- Você veio correndo? Tava esperando ago importante?

Não respondi e fui direto para a caixa. E realmente tinha uma etiqueta com o que Alice me disse por telefone. rasguei o papel pardo esperando que a primeira fosse um padrão e que tivesse outra etiqueta depois dessa.

Mas não, não havia nada após o papel pardo.

Abria caixa e lá tinha um rosa com as pontas enegrecidas,  e uma foto. uma foto dela sentado no ônibus  no dia em que percebeu a existência de Austin.

E uma carta.

"Minha querida e doce Verena, não pense que sou ameaça, mas também não pense que vim te ajudar. Sou sua rosa meu amor, tão bela e com tantos espinhos. Você terá de descobrir quem sou."

Quem era ela? Seria mesmo ele ou existiria uma menina por traz disso? 

Sei que faz apenas 4 dias que recebi a primeira caixa e desde lá venho tendo senhos, com um menino de olhos azuis.

Sempre o mesmo sonho, eu apreço ele me vê e começa e brigar comigo e eu choro sem parar. Depois, tudo fica negro e eu fico sozinha, uma voz começa a cantar:

"Os olhos azuis me perseguem em todos os sonhos meus

Como conseguem se não são os olhos teus?"

E outra coisa, e existia alguma ligação entre essa caixa e Austin e eu? por que se existe, o que parece ser bastante provável, eu preciso descubrir.

Aqueles lindos olhos, grandes castanhos esverdeados, hoje me vem na memória tão infernais.

Sim, resolvi prestar atenção nele, notar e anotar tudo.

Tem alguma coisa errada aqui, e não preciso ser um gênio pra perceber.

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