Imagines, One Shots ou Curtas, como você preferir chamar;
Histórias dos membros do grupo Stray Kids;
Meu primeiro livro, não faço a menor ideia do que to fazendo;
Inicio 11/01/23!
Não vinha sendo fácil lidar com seu marido. Após cinco anos juntos, ele não parecia mais... feliz, entende?
E olhar para ele se tornava cada dia mais estranho, parecendo ter sempre um olhar cansado e vazio.
Tirando o abraço rápido que ele te dava antes de sair para o trabalho, e o beijo curto e sem emoção que vocês trocavam todas as noites antes de cada um virar para um lado da cama fria que dividiam... não havia muito mais afeto entre vocês, e você já estava ficando doente de pensar que ele poderia ter simplesmente cansado de você, não te amava mais, ou tinha arranjado alguém melhor.
Para ser sincera, você não sabia como, nem quando a relação de vocês se tornou assim, tão sem vida. Vocês costumavam viver felizes, sempre saindo juntos e rindo a todo momento. Talvez, desde que Chris teve que ver o grupo no qual fazia parte ser separado, e começou a trabalhar como funcionário de um escritório ambientalista da Coreia. Ou talvez desde o momento que vocês decidiram parar de tentar ter um filho, após meses de tentativas e tratamentos que não levaram a nada.
Bom... depois de pensar um pouquinho sobre essas tragédias que estavam acontecendo na vida de vocês, até fazia sentido a melancolia rotineira que estavam vivendo.
Mas naquela manhã, após Christopher te dar um abraço insensível e sair para o trabalho, algo mudou, alguma descarga de endorfina deve ter corrido por todo seu sangue, porque você realmente queria que aquilo fosse diferente.
Depois de completar sua tarde de obrigações, e engolir 2 ou 3 xícaras do café amargo de sempre para aguentar ficar acordada, você voltou para casa, chegando as 17:00, exatamente 1 hora e 34 minutos antes de seu marido.
Você começou arrumando o quarto de vocês, ligando as luzes de led roxas que Chan adorava, mas que não eram ligadas há meses, e colocando uma comédia romântica que estava em suas listas, só que vocês nunca tinham tempo de assistir.
Além disso, acendeu algumas velas perfumadas no banheiro, e separou alguns salgadinhos em potes fofos que Bang Chan havia comprado na primeira semana que se mudaram juntos, quando as coisas iam bem.
Tudo parecia um pouco mais feliz naquele fim de tarde, você mandou uma mensagem para Chan, esperançosa por um futuro melhor:
- Hey, Chris! Preparei algo para gente aqui em casa, cuidado na rua. Eu te amo -
Após isso, você correu para um banho rápido, colocou um vestido confortável e resolveu fazer a mesma maquiagem que fazia nos encontros que ia com Chan no começo do namoro de vocês.
Ás 18:30, você se sentou no sofá da sala, e pegou seu celular esperando o tempo passar, mas uma notificação de Bang desmanchou o sorriso simpático que trazia no rosto:
- Oi S/n, desculpa, mas meu chefe resolveu que eu vou fazer hora extra hoje... de novo. Chego ás 22:00 –
Era como se alguém tivesse socado seu estômago, o pior sentimento que você poderia sentir... a sensação de que estava perdendo Chan era a mais dolorosa de todas, como se você o visse escapar de suas mãos, por mais forte que tentasse o segurar.
Com aquele aperto no coração você apenas jogou o celular na mesa de centro e pegou a garrafa de vinho que esperava para ser aberta mais tarde naquela noite, tirando a rolha e bebendo no próprio gargalo.
22:00 tinha chego, e você agora já não estava mais no sofá, estava no meio-fio, em frente ao pequeno prédio que moravam. Você não sabe ao certo como foi parar lá, mas estava com mais duas garrafas de bebidas ao seu lado, então deduz que saiu para compra-las e não conseguiu subir até o apartamento.
Com apenas a luz amarela de um poste velho iluminando a rua, você vê um carro chegando ao longe, e abaixando os faróis ao chegar mais perto. Ele para do outro lado da rua, um pouco mais a sua frente. E de lá desce um homem engravatado, com sua maleta usual em um dos braços, e na mão direita, algo que você não vê em tempos, completamente inesperado: ele trazia algumas poucas rosas embrulhada em um papel barato.
Sentada ali, na calçada, com seu rímel levemente borrado dos choros anteriores, você relembrou o porquê tinha se casado com aquele homem, porque Christopher era a pessoa mais romântica que você conhecia, mais gentil e mais cheia de amor para dar. Porque você prometeu o amar independente de qualquer situação... porque você o amava ali, e agora.
E Bang Chan, não se sabe se pelo texto de "te amo" que você enviara mais cedo, ou porque também foi atingido pela vontade de mudança naquela manhã, resolveu te comprar flores, e te receber com um sorriso, ao invés do silêncio, com o qual você já estava ficando acostumada.
Você se levantou rápido, e antes que pudesse cambalear por conta do álcool, Chan te segurou em um abraço, sem dizer nada, e você apenas o retribuiu, ainda mais apertado.
Quando se soltaram daquele longo abraço, ele apenas tirou a garrafa de sua mão e te ofereceu o buque para segurar, te ajudando a sentar de volta no meio fio. Você cheirava as flores que ganhara, enquanto ele dava um gole em sua bebida.
- Eu também te amo, S/n. Só que não quero te machucar mais. – Ele disse com sua voz calma de sempre, em resposta a mensagem que você havia mandado mais cedo.
- Quero que a gente volte a dar certo, Channie – Você o respondeu, já com os olhos cheios de lagrimas. – E hoje, eu tentei, tentei de verdade.
- Eu sei, eu também quero... mas não sei como fazer isso, antes era tão fácil, mas agora eu só... só estou perdido. – Chris olhava em seus olhos, você via o quanto ele queria mudar, o quanto ele queria que vocês pudessem estar juntos novamente, como antes.
Mas ambos vocês sabiam que a vida não era como um conto de fadas, sabiam que era difícil mudar da noite para o dia, principalmente depois de tudo que tinham passado.
- Mas a gente pode tentar, né? – Você passou uma de suas mãos na bochecha do homem, segurando o rosto molhado de lágrimas, assim como o seu.
- Podemos?... – Ele logo se levantou, e você junto dele, sem falar mais nada.
Foram para dentro do prédio. Você apagou as velas que tinha acendido, Chan desligou a TV com o filme que iria continuar na lista para ser assistido, e guardaram os salgadinhos que você tinha levado até o quarto.
Antes de se deitarem, o mesmo selar de beijo rápido, a mesma cama fria, a mesma rotina que se repetiria na manhã seguinte...
Alguns gestos, podem virar hábitos, mas isso não faz deles algo bom.
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Oi príncipesos... como vcs estão? Depois dessa, eu to é mal, mas logo vou trazer uma felizinha do Chan, eu prometo! Beijocas
Comentem o que acharam e me falem no que posso melhorar <3
