Capítulo 02

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Capitulo 02

Luiza

Quando estou na última rotatória da minha casa, vejo uma menina que não aparenta ter mais de 10 anos, suja tem sangue em seu short, sua blusa está rasgada e seu rosto roxo meio vermelho.

Na mesma hora freio meu carro e paro, saio do mesmo e vou em direção da menina calmamente.

- Oi princesa. Digo com a voz mais serena possível.

Ela me olha assutada mais não recua.

- Você é uma titia legal?

Pergunta ela com fio de voz, mais mesmo assim uma voz fofa que ouviria por horas se ela falasse, mesmo a menina suja e machucada é linda, seus cabelos castanhos combinam com os meus, seus olhos verdes também iguais aos meus me chaman atenção, diferentemente de mim ela tem um rosto magro, já eu tenho um rosto redondo com bochechas enormes.

- Sim princesa eu sou uma titia boazinha. Digo a ela.

- Titia pode me ajudar? Pede ainda com sua voz fininha.

- Posso princesa.

- Por que a titia me chama de princesa, eu não sou uma princesa. Sorrio com o que ela disse.

- Você é sim meu amor uma princesa, só esta machucada e suja, se você confiar na titia, eu posso cuidar de você, te dar comida e ir atrás da pessoa má que fez isso com vc. Digo e ela chora.

- Minha mamãe me chamava de meu amor, antes de virar estrelinha. Chora abraçando seu próprio corpinho pequeno, mas não tão pequeno assim.

Quero abraçá-la, não sei por que mais quero cuidar dessa menininha e protegê-la de tudo.

- Você quer que eu pare de te chamar de meu amor? Pergunto preocupada.

- Não titia, eu gosto quando você me chama assim, eu quero que você cuide de mim, mas não sei se posso confiar na senhora. Diz com medo.

- Vamos fazer assim se eu fizer qualquer coisa que você fique com medo, você me fala e se a titia não mudar eu deixo você fugir, pode ser?

Ela pois a mãozinha no queixo de uma forma fofa é pensa um pouco.

- Tabom titia, titia qual o seu nome?

Pergunta já pegando em minha mão e indo ao carro comigo, vejo a situação de tudo e porra tô levando uma criança pra minha casa, me apaixonei pela menina e nem sei o nome dela, não sei se tem parentes, não posso me apegar tanto enquanto não souber sobre seu passado.

Assim que entramos no carro, ponho ela no banco da frente mesmo, ponho o cinto nela e entro no caro.

- Me chamo Luiza Almeida meu amor, e você como se chama?

- Me chamo Tereza, não tenho outro nome além desse.

Meu Deus quão negligenciada essa menina foi, ela é tão infantil mesmo não aparentando ser tão nova, sua mentalidade é de uma criança de 4 anos, nem sobrenome a menina sabe se tem, porra de pais filhas da puta.

- Titia, você tá brava porquê eu não tenho outro nome igual a senhora? Pergunta preocupada, porra não consegui disfarçar minha indignação.

- Não princesa, a titia só quer saber sua história, mas isso vamos fazer depois de vc estar banhada e alimentada, mas antes de tudo, quantos anos tem meu amor?

- Mamãe disse que tenho 8 anos. Disse orgulhosa da idade que tem, realmente imaginei certo.

- A titia tem 23, chegamos amor. Digo entrando na garagem da casa, ela olha com os olhinhos brilhando.

- Nossa titia que casa bonita.

Concordo com ela, demorei um pouco, mais assim que terminei a faculdade de medicina comprei minha casa do jeito que queria, toda em tons escuros. Preto, cinza e preto.

Realmente minha casa é meu orgulho, ela é um pouco grande demais, 2 suítes e 3 quartos, a pequena Tereza irá ficar na suíte principal comigo, não vou deixá-la longe de mim, até saber sua história.

Estaciono meu carro na garagem da casa, e desço do mesmo, vou até o outro lado, e desprendo ela do cinto descendo a menininha do carro pegando em sua mãozinha e entro na casa. Minha sala em um ambiente mais aberto, mas toda em tons escuros ela olha tudo com a boquinha aberta e os olhos brilhando.

                           (A casa)

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                           (A casa)

- Princesa, por enquanto você irá ficar na minha casa comigo. Digo avisando ela.

Ela abre a boca mais ainda e diz.

- Tia é serio? Apenas balanço a cabeça confirmando.

Pego ela e vou pra cozinha, faço dois sanduíches rapidinho, com o que tem na geladeira e dou pra ela e como o outro.

Ela come rápido como se estivesse com muita fome, meu coração se aperta um pouco, mas se acalenta quando lembro que agora ela está comigo e irei protegê-la.

- Quer mais um pequena?

- Não titia, tô cheia. Diz passando a mão em sua barriga, me fazendo rir de seu jeito fofo.

Não sei como irei fazer, não tenho roupa que caiba nela aqui.

A doutora Miranda tem uma filha da mesma idade com o mesmo nome de Tereza, amanhã irei pedi-la algumas roupas e ajuda com a pequena, hoje por hora ela irá usar uma de minhas camisas e deixarei ela sem calcinha mesmo.

A pego no colo e ela põem a cebeça no meu ombro.

Subo as escadas e a levo pro meu quarto, chegando no mesmo encho a banheira com água quente e ponho ela sentada na pia do banheiro.

Começo tirando sua blusa e vejo alguns ematomas na barriga e analiso o de seu rosto, em momento algum ela diz nada, a mesma aparenta estar com medo, mas continuarei.

Tiro seu short e calcinha juntos o que eu vejo dói meu peito em imaginar algo que estou rezando pra ser mentira, ignoro no momento, quando ela se sentir a vontade irá me contar.

A única coisa que martela na minha cabeça é 'o que aconteceu com minha pequena?'.

Ponho a mesma na banheira e lavo seus cabelos e corpo, quando termino peço pra mesma lavar sua florzinha e bumbum.

- Titia, vc não é igual ao papai, o papai me tocou na florzinha.- seus olhos enchem de agua.- ele forçou o instrumento de xixi, contra minha florzinha.

Diz e todo o meu coração se quebra, minha menina foi estrupada pelo pai.

Eu sei, tenho também, mas faz parte do enredo, a males que vem pro bem.

Comentem e votem. Bjs até domingo 🤙

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