CANÇÃO DOS DRAGÕES - GOT

60. Visenya IV

Visenya V

O corpo de Mance queimou em muitos minutos e como seu corpo voltou às cinzas e ele voltou ao vento, Visenya tentou aceitar o fato de que o homem que deu sua vida por ela era seu pai de sangue. O homem que a gerou e a seu irmão.

O homem que os Sete Reinos acreditavam estar morto, pois seria seu assassino, sentou-se em seu trono.

Como foi possível?

Ela não perdeu o voto de Aegon para ele, falou em alto valiriano enquanto ele fechava os olhos.

Você pode descansar agora, vou mantê-los seguros .

Como poderia o homem que destruiu o reino por um amor deixar para trás esse amor sem confessá-lo quando reencontrasse seus filhos? Ele realmente perdeu a memória ou foi uma farsa provar que era inocente?

Visenya se sentiu muito entorpecido para tentar entender .

Sua espada nas costas dela, onde Aegon a segurou com as mãos trêmulas, parecia mais pesada do que deveria.

Depois que ele fez isso, ele agarrou as mãos dela e a beijou tão completamente, tão completamente que Visenya esqueceu por um momento a dor dele.

Nem Aegon nem Daenerys tiveram tanta sorte quanto ela.

Daenerys fugiu de mercenários toda a sua vida protegida por um irmão que sempre a maltratou e no final a vendeu. Ela não conhecia o amor de um pai.

Da mesma forma, Aegon havia sido contrabandeado para longe de King's Landing, onde sua mãe e sua irmã se encontraram e, embora protegido por um homem leal, nunca soube o que significava ser verdadeiramente amado por um pai.

Ambos devem ter sido muito amados, mas não conseguiam se lembrar, em vez disso, Visenya havia perdido a mãe e o pai antes mesmo de se lembrar deles e embora ela nunca tivesse tido uma mãe novamente, ela teve um pai, seu tio a amava como se ela nasceu dele como Sor Arthur e agora seu verdadeiro pai havia morrido, provavelmente nem se lembrando de quem ele era, quem ele havia sido, quem ele era para eles, para salvá-la.

Quando eles ressurgiram de seu momento, Daenerys já estava empoleirada nas costas de Drogon, seu rosto marcado pelas lágrimas impassível enquanto ela olhava para qualquer lugar, menos para eles.

De alguma forma, ela percebeu, sua tia se sentiu isolada em sua dor compartilhada.

"Devemos ir" Aegon disse e começou a se mover, mas Visenya percebeu agora que os selvagens - ao contrário de sor Jorah, sor Edric e o senhor Comandante Mormont - estavam esperando enquanto Aegon chamava Rhaegal para mais perto.

Ela sentiu o focinho do Fantasma sob sua mão e as asas de Viserion batendo logo atrás dela enquanto ele gritava grande como havia se tornado, ainda menos grande que Drogon e Rhaegal, mas ela tinha certeza de que quando eles lançassem um ataque ao Usurpador ele estaria grande o suficiente para montar.

Aegon se virou para ela, seus olhos vermelhos e inchados e Visenya tentou ver a semelhança entre ele e seu pai. O homem estava cansado e exausto, o homem mais bonito dos Sete Reinos havia murchado ao norte da Muralha e ainda assim havia um ar nele que ela agora se lembrava de ter visto em Aegon também.

"Vamos, meu amor, kirimves ."

Visenya acenou com a cabeça e se virou para o grupo da terra. Foi o homem ruivo alto que acenou para ela.

"Nós vamos te seguir desde a terra, garota." ele prometeu e Visenya acenou com a cabeça enquanto Aegon a conduzia nas costas de Rhaegal.

Visenya escalou o dragão escalado para trás sem nem mesmo piscar enquanto Aegon ajustava seu manto de pele ao redor dela antes de subir atrás dela em suas costas. Ele circulou a cintura dela e Visenya observou enquanto ele compartilhava um olhar com Daenerys, que assentiu e ambos ordenaram que os dragões subissem no céu noturno.