casa

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Dava para acreditar que eles eram namorados agora? Son retribuiu todos os seus sentimentos e ainda realizou o pedido.

Achara a tampa da sua panela; a metade da laranja; a sua alma gêmea.

Não importava quanto tempo passasse, sempre lembraria com sorriso dos momentos que passaram naquele dia.

O primeiro jantar do casal foi no carro, com os pratos sendo servido por funcionários tentando manter o equilíbrio em patins. A música ambiente era clássica e degustaram a comida com uma calma surpreendente.

Todavia, assim que a última garfada foi realizada, o assunto se encerrou, pediram a conta e, nessa altura, um debate sobre quem pagaria começou.

Richarlison já abria a carteira, quando Son disse que seria ele a pagar. Então o mais novo argumentou que foi a sua pessoa que convidou e Sonny justificou que por esse motivo mesmo, ele deveria pagar.

No fim, Son ganhou o debate porque Richarlison sempre cedia a ele. Mas, não desistiu antes de falar que se acontecesse de novo, dariam uma de "Caio Castro e dividiriam a conta".

O brasileiro não gostava disso, contudo, se nenhum deles cedesse, eles teriam que rachar tudo. Pelo menos, não seria no sentido de ser um mão de vaca, iguais certas pessoas. Por Richarlison, ele pagaria para reservar o universo inteiro somente para Sonny.

Quando chegaram na casa - a de Son, por ter menos funcionários naquele dia - ninguém demonstrou afobação. Realmente contrastante com a situação que se encontravam no carro.

Entraram, retiraram os sapatos, subiram para o quarto maior existente na mansão e deitaram. Com as coxas de Richarlison por cima do corpo de Son, ficaram aproveitando o clima bom que era estar na presença um do outro.

A cabeça do mais novo, apoiada no peitoral de Sonny, sentindo o subir e descer graças à respiração, acalmando-o.

E nessa pegada, dormiram sem nem perceber. Abraçados como uma criança abraça seu urso favorito. Son era o urso preferido de Richarlison.







Seu primeiro dia como namorados oficiais acabara ali.







Acordaram de madrugada, quase quatro da manhã. A posição confortável de antes não existindo mais; com uma mão na cara do outro, travesseiros no chão e os corpos distantes.

— Você nem tomou banho — Richarlison diz implicando com Son. A voz saindo baixa e rouca, o rosto amassado pelo sono e o humor quebrado de acordar sem motivo aparente no meio da noite.

— E você nem escovou os dentes, nojento — mesmo dizendo isso, Son aproximou-se e beijou o brasileiro. Na verdade, era um singelo selar, sem envolver língua, somente para manter os corpos juntos e sentir a presença mais próxima.

Ficaram um tempo oferecendo carinhos e cafuné mutualmente. Richarlison coçava a cabeça de Son com suas unhas curtas, deixando o outro levemente sonolento de novo, mas não o suficiente para dormir; e Sonny desenhava círculos invisíveis pelo braço do mais novo.

Quando deitaram - ontem ainda - tiraram o casaco imenso de frio e, no caso do brasileiro, que não usava camisa, deixando com o tronco desnudo.

Então, os círculos iam do braço, para a tatuagem de coração no peitoral, até a barriga cheia de músculos realçados. Eram atos involuntários de quem estava confortável, recebendo carinho, deitado em um ambiente aconchegante.

— Vai dormir de novo? — além do cafuné, Richarlison agora cheirava o cabelo do outro, não sabendo definir qual era o aroma, só podendo afirmar ser cheiroso.

confuso - 2sonOnde histórias criam vida. Descubra agora