Cap 27

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Fabiana pov;

Depois de passar cinco anos longe da minha família enfim chegou o dia de ir embora, recebi uma proposta de abrir um restaurante com um colega aqui na França, mas eu não suportaria viver mas nenhum dia longe dos meus amores, estava arrumando a mala quando Kátia chega.

- Tem certeza que não que ficar Bibi? - Ela diz fazendo bico.

- Não posso meu bem, não aguento mas de tanta saudades.

- Eu vou sentir sua falta.

- E eu a sua, desejo que seja muito feliz e obrigada por me ajudar tanto aqui, não sei o que seria de mim se não tivesse você.

- Eu faria até mas se você quisesse.

- Eu sei que sim, agora me ajuda a fechar essa abençoada dessa mala e me leva no aeroporto?

- Claro, aproveita e leva meu coração aí dentro.

- Besta.

Depois que fechei a mala, saí e coloquei no carro de Kátia, me despedi de alguns amigos que vão ficar e trabalhar por aqui, no caminho do aeroporto ligo pra minha mãe, ela estava radiante e eu mas ainda, chegaria a tempo de fazer uma festa de aniversário por Nicolas e ele me disse que já tinha até a lista de convidados, esse garoto vai me matar. Voltava pra casa mas madura, com outros pensamentos e objetivos, aquela Fabiana insegura e cheia de ódio tinha ficado pra trás, já no aeroporto me despeço de Kátia e entro no avião, mas uma vez coloco meus fones e adormeço, depois de algumas horas sinto o avião pousando, eu já estava em terras brasileiras, saio na velocidade da luz dali e corro pro salão do aeroporto do Rio, de longe vejo aquele lindo garoto de cabelos cor de caramelo, seus olhos brilhavam mas que estrelas, larguei minhas bagagens e corri pro seu abraço, fazia cinco anos que eu não sentia seu cheiro e ele continuava com o cheiro de bebê, me permite o chorar o tanto que precisava, ele é um garoto especial que mudou minha vida, meu filho, logo em seguida vem meus pais e foi mas choro, seguimos pra casa e Nicolas é o maior grude. Estavamos parado no trânsito quando eu olho de lado e vejo o nome de um estúdio de fotografia que me chamou atenção, "Estúdio Priscila Brizzi"  era o sobrenome dela, o carro da partida e não demora muito e chegamos em casa, estava cansada da viagem então fui dormir um pouco.

Priscila pov;

Hoje o dia tinha sido tão puxado, duas seções pela manhã cada uma com duas horas de duração e a tarde mas três, saio do estúdio e já passava das oitos horas da noite, meu telefone toca e vejo que é mensagem da Nilma.

"Amor chego amanhã de tarde"

Não respondi apenas li, sinceramente tava gostando dela longe, que tipo de namorada era eu, ela está a um mês na Turquia fazendo fotos pra uma revista de roupas, me chamaram pra ser a fotógrafa, mas recusei pois estava lotada até o final do mês, me encaminho pra casa, mas antes passo no antigo supermercado que eu trabalhei pra comprar algumas coisas, já na seção dos doces eu estava indecisa quantas caixas eu ia levar, coloquei logo três porque minha TPM ia atacar com força, meu telefone tocava mas uma vez e era a minha mãe, começo falar com ela, estava olhando pra cesta quando me esbarro em alguém, quando olhei pra pedir desculpas eu quase morri, estava na minha frente aquela linda mulher de cabelos castanhos longos, pele quase pálida como se tivesse não conhecesse o sol, seus olhos estavam fixados em mim.

- Tudo bem Priscila? - Escutar sua voz novamente me trouxe varias sensações.

- Tudo bem sim e com você Fabiana? - Eu falei toda a frase gaguejando.

- Bem, eu sei que já faz um ano mas, eu sinto muito pela sua vó. - Abaixei a cabeça lembrando o quanto dona Fátima gostava dessa mulher. - Ei, tá tudo bem.

- Sim, é que eu... Eu lembrei de como ela amava e bajulava você.

- Verdade, e como está dona Edna, a Ingrid?

- Estão bem as duas. - Mas uma vez meu celular toca.

- Eu preciso ir agora, foi bom tiver. - Ela disse e saiu do meu campo de visão.

Ela passa por mim quase em câmera lenta, não sabia explicar o que estava sentindo naquele momento, as sensações que meu corpo estava querendo colocar pra fora era fora do normal, olho pra trás e vejo ela parada falando com a moça da padaria, como ela conseguiu ficar ainda mas linda, e agradecia por ela não ter voado no meu pescoço, também já tinha se passado cinco anos, estavamos maduras demais pra isso, vou pro caixa e sigo pro estacionamento, chegando em casa tenho outra surpresa, Nilma.

- Surpresa amor. - Ela disse assim que entrei.

- Você não disse que vinha amanhã?

- Era mentira, só queria te fazer uma surpresa.

- É conseguiu. - Ela me abraça e me dá um selinho. - E minha mãe?

- Saiu a cinco minutos com a sua irmã, ela estava com você no telefone mas do nada você parou de falar.

- É, eu... Eu... E pra onde ela foi?

- Sua irmã levou ela pra passear.

- Tá bom, está com fome?

- Tô sim amor.

Nilma era um boa namorada, atenciosa, carinhosa e me entendia bem, mas não era a minha Fabiana, não chegava aos seus pés, durante o jantar eu só conseguia lembrar dos seus olhos no supermercado, eles não tinham ódio e isso me deixou mas tranquila, será que ela tinha me perdoado depois de tudo, escutava Nilma falar sobre a viagem, mas não conseguia prestar atenção em nada.

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