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• Por, Lana...
Não é fácil falar da minha mãe, nunca é. Só de ouvir a palavra "mãe" minha mente, minha expressão muda, sabe? Não é como se eu tivesse controle sobre isso, apenas acontece.
Desde que meu pai me contou sobre tudo, eu tenho estado nesse conflito comigo mesma sobre me odiar e odiar ela.
Me odiar por ter sido tão imbecil e incompreensiva com ela, e também odiar ela, por escolher ter uma filha sendo que a odiaria pelo resto de sua vida.
Famílias são complicadas, né?
Só o amor pode machucar assim...
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• Por, Lana...
Tenho que confessar, desde que eu recebi aquela mensagem do Henry e aceitei ir jantar com ele, a Ana tem estado estranha. No começo eu até entendi toda essa proteção dela comigo e não tiro a razão dela, de forma alguma.
Mas mesmo após se passarem dois meses desde que vi o Henry, ela continua do mesmo jeito. Vive evitando falar sobre homens ou qualquer fofoca relacionado a isso. Ela não aceita quando eu peço para ela vir passar uma noite das garotas comigo.
Alguma coisa está fora do lugar!
Ela nunca foi misteriosa assim, me escondendo as coisas, ou pior, me escondendo um namoro com alguém que ela se recusa a me dizer e a quanto tempo estão juntos.
Tem como sustentar uma amizade assim?
— Algo está errado, Nic! — suspiro nervosa balançando as pernas.
— Não tem nada de errado querer um tempo, amiga! — Nic responde, tentando me consolar pela milésima vez.
Já faziam duas semanas que eu e a Ana não víamos o Nic. Ele havia viajado a trabalho por uma semana, e a outra acabou sendo muito corrida para todos nós. Mas então nós combinamos, combinamos de que iríamos passar o final de semana juntos. Mesmo que estivéssemos cansados, só para poder ficar juntos um pouquinho e fofocar.
E a princípio a Ana disse que viria, até perguntei se ela queria apresentar o namorado ou namorada dela para nós, mas ela só fechava a cara e mudava de assunto.
