E seguimos com a programação normal por aqui. Vamos lá, a autora sente falta das teorias.
Boa leitura!
Todo Mundo Tem Roupa Suja pra Lavar
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• Por, Lana...
Eu passei a vida inteira tentando me encaixar na minha própria família. Tentando ser como a minha irmã só para agradar a nossa mãe, assim como fingia entender e me interessar por todas as bobagens que minha irmã gostava.
Eu passei grande parte da vida atuando, criando uma pessoa para me encaixar entre elas. Mas não adiantava, nada que eu fazia parecia ser suficiente.
Eu era uma estranha com as pessoas do meu próprio sangue.
Mas com o papai era diferente. Eu podia ser eu mesma, me abrir sem medo sem culpa por ser diferente... Era apenas eu!
E ele nem é meu pai de verdade, quem diria, não?
Só o amor pode machucar assim...
••
— Vou ser sincera, Nora... — suspiro pesadamente. — Não sei porque você veio aqui. — sou sincera em minhas palavras.
Após a abraçar em um movimento impulsivo, ficamos em silêncio por um tempo, até que eu tomei coragem para quebrá-lo.
— Eu sei, eu só... — ela me olha com os olhos marejados. — Eu não tinha mais ninguém para ir! — ela desabafa, me deixando surpresa. — Mamãe tem me evitado agora e eu não tenho mais ninguém para conversar, desabafar... Você é a única pessoa que sabe o que eu estou passando.
Eu estava concordando com tudo o que ela estava dizendo, mas então a última coisa que ela disse voltou em minha mente.
"O que eu estou passando"
Ela realmente disse isso?
— O que você está passando? — repito o que ela disse, tentando entender melhor.
— Sim, com o divórcio de nossos pais e agora que nenhum deles fala comigo, eu...
— Você! — a corto, falando por mais alto. — É sempre você, não é? — a olho sem acreditar.
— Como assim? — ela realmente parecia não entender.
Não é possível, mas não é possível que um ser humano possa ser egoísta a esse nível.
