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• Por, Lana...
Acho que tenho traumas demais para uma pessoa só. Não que eu esteja me vitimizando, mas eu eu não conheço ninguém que tenha uma história tão louca quanto a minha.
E parece que nunca acaba, sabe? Sempre que eu acho que vai ficar tudo bem, algo acontece e simplesmente põe minha vida de cabeça para baixo.
Até quando irei viver isso?
Só o amor pode machucar assim...
••
Eu não sei o que fazer!
Eu com toda certeza poderia esperar qualquer coisa, menos que iria receber uma declaração da Ana com direito a um beijo. Quando isso começou? Por que eu não percebi antes? Eu sou uma péssima amiga por isso? Eu deveria sentir algo? E se ela nunca mais falar comigo?
Apesar de todas as confusões em minha mente, eu sei exatamente o que ela está passando. Ver alguém que você ama quase todos os dias e não poder dizer nada, ou pior, não ser correspondida dói demais!
Então sim, eu sei o que ela está passando nesse momento, mas diferente do Henry, eu quero fazer de tudo para não perder a minha amizade. Darei um tempo, mas irei respeitar o espaço dela, não importa quanto tempo demore. Ana esteve comigo nos meus piores e momentos, eu não seria diferente com ela.
Mesmo que eu seja o motivo disso...
— Bom dia, crianças! — sorrio animada, enquanto todas elas se ajeitam em suas mini cadeiras.
— Bom dia, Tia Lanaaa! — elas gritam de volta e eu sorrio feliz.
Pelo menos nesses momentos eu conseguia esquecer de toda a loucura que minha vida havia se tornado.
Ana hoje acabou cobrindo uma outra professora, o que no final foi até bom para nós duas. Como sempre, estava tudo indoem perfeitas condições, mas claro que ter um dia tranquilo não faz parte dessa história.
— Com licença, Lana? — olho para porta e vejo a supervisora.
— Só um momento, crianças. Se comportem! — digo, e vou em direção a ela. — Posso ajudar?
