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Pov Math

Já havia se passado muito tempo desde que fui liberto, maraisa nunca apareceu. Todos os dias saí a sua procura, mas nada encontrei, nenhuma pista, nada...

Ela se foi.

Era o que eu começa a finalmente acreditar, depois de tanto negar, depois de tanto chorar, de implorar para que os Deuses a trouxessem de volta. Nada adiantava mais.

Eu seguia com a minha vida da mesma forma miserável de antes, roubando comida para sobreviver, fazendo trabalhos braçais para conseguir algum dinheiro, as vezes ficava pedindo esmola... nada mudou.

Estava nesse exato momento fazendo exatamente isso, sentado em um canto da rua central pedindo comida para aqueles que passavam, mas só o que havia conseguido até o momento era vários xingamentos e uma pedrada.

Sentei no chão quente, cansado e faminto, esperando a morte, não havia nada mais a ser feito...

- Abram caminho, a Rainha está passando!

Ouvi a voz do Arauto do reino anunciar, levantei o rosto de vi ao longe a cometiva da Rainha vindo, coisa rara de se ver já que ela dificilmente saía pelas ruas, geralmente só fazia isso em comemorações. Mas o que realmente me deixou surpreso é que ela não estava sozinha como das outras vezes, havia uma mulher atrás de si, estando erguida pelos guardas que carregavam os assentos de luxo a qual elas estavam sentadas pela longa rua. Somente pessoas da família real tinham esse direito, e a Rainha não tinha mais família...

Então quem seria ela?

Curioso, ergui meu corpo ficando de pé enquanto a cometiva se aproximava. A Rainha exalava poder, seu rosto sério não demonstrava nada, seus olhos apenas observavam as pessoas se curvando diante a si. Apesar de não sorrir, sua beleza era cativante, era certamente a pessoa mais bela do Reino.

Ou eu achava que era

Aos poucos a cometiva foi se aproximando mais, a soberana estava agora a poucos metros de mim, mas não parecia me ver, até porque, havia várias pessoas ao redor contemplando sua pessoa. Mas minha curiosidade em respeito a pessoa que a acompanhava era maior do que a minha vontade de admirá-la. Portanto, me pus a andar até ficar pertinho de onde estavam, agora conseguindo ver com clareza as duas mulheres.

Mas...mas...não pode ser.

- maraisa...

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° ADAPTAÇÃO

cruel /malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora