MANIPULAÇÃO - Um mês depois

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Sem que ele percebesse, eu me tornava uma figura natural em sua rotin. Depois de ter dado os primeiros passos, não conseguia mais parar. Durante esse primeiro mês, sentei no banco quatro vezes — contando com a primeira abordagem —, foram em todos os momentos em que vi Jimin lá, não chorando, mas bastante melancólico.

Como notei na primeira vez, ele gostava bastante de coisas doces. E essa foi a minha estratégia. Levei suspiros e mais rosquinha, tudo dentro de embalagens que eu apenas comia o de cima, e o resto deixava no banco para ele. Foi como se um costume tivesse se formado entre a gente.

Resolvi testar algo naquele dia. Como eu já tinha adiantado o trabalho do dia, fiquei observando pela janela a movimentação dos universitários, até minha atenção ser roubada por ele.

O teste era eu ficar no escritório e ver se ele demonstraria algum tipo de emoção por não me ver lá.

E ele demonstrou. Tudo estava relativamente normal nos primeiros minutos que ele estava sentado.

Mas depois de passar, cerca de quinze minutos, ele começou a olhar para os lados, como se procurasse algo, ou alguém. Eu. Jimin ficou varrendo a área do banco, tentando encontrar o que queria, mas acabou desistindo quando uma dupla de amigos chegou no local.

Eles saíram juntos.

Naquele momento, eu soube, que sim, eu tinha alguma importância para ele, nem que fosse mínima, mas eu tinha. Eu tinha.


O COLECIONADOR | JJK + PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora