Katherine Morgan.
Los Angeles, CA.
14:00 pm.
Ouvi aquele mesmo barulho na janela, mas dessa vez, eu já sabia exatamente quem era.
Abro a porta e vejo o garoto de olhos puxados jogar seu sapato no chão e se deitar em minha cama.
── A sua língua irá cair se você disser, "oi Katie, posso deitar na sua cama?" ── Perguntei.
── Sim. ── Ele diz abraçando meu travesseiro.
── Folgado.
── Você que inventou de dar asa a cobra, agora me ature. ── Disse, tirando meu celular do carregador e conectando o dele.
── Isso é sério?
── Sim, isso é muito sério, Katherine. ── O garoto diz dando um sorrisinho sínico.
── Por que não carrega o celular na sua casa? Eu hein.
── Aqui é melhor. ── O moreno diz enquanto se cobria com meu lençol. ── Enfim, se não se importa, vou tirar um cochilo.
── Na verdade eu me importo sim!
── Problema seu, não perguntei nada. ── Ele diz virando para a parede.
── Vou envadir a sua casa também, folgado. ── Murmurei, sentando na poltrona com meu livro nas mãos.
Já tinham se passado uma hora, e o garoto realmente estava dormindo.
É sério que ele veio na minha casa só para dormir?
Coloco o marcador no meu livro e me aproximo da cama.
Será que ele está respirando?
Oxi, venha na minha casa pra morrer não, praga!
Me aproximo do garoto, que antes tava virado para a parede, e coloco meu dedo perto de seu nariz para sentir a sua respiração.
── O que diabos você está fazendo? ── Ele pergunta ao abrindo os olhos, logo em seguida dando uma gargalhada estranha.
── Vendo se você está vivo, ué. Se tu tivesse morrido eu ia te matar.
── Own, você se preocupa comigo? ── Ele pergunta.
── Não, me preocupo com a minha cama. Se você estivesse morto nela, eu ia ter que jogar a coitada fora.
── Ué, por que? ── Ele pergunta.
── Porque você teria morrido nela, burrice aguda. Eu é que não iria dormir numa cama onde alguém morreu.
── Você é fresca. ── O garoto diz sentando na cama.
── Fresca nada, você iria dormir na cama de defunto?
── Se o defunto fosse eu, sim. Olha pra mim, eu sou um Pravong! Além de ser mó lindão. ── Disse se gabando.
── Você é muito convencido, Tristano Ronalo, deveria ser mais humilde. ── Eu falo e o garoto ri.
── Tristiano Ronaldo? ── O garoto de olhos puxados pergunta.
── É. Tristiano Ronaldo, Tristano, Trisanossauro rex, Tris, são o máximo de apelidos que dá para fazer com seu nome.
── Fala isso só porque não dá para fazer apelidos estranhos com o seu nome, KitKat ── Ele diz.
── KitKat? Credo!
── É. Katie, KitKat, Kitty. São apenas nomes legais, não da pra te zoar com esse nome que você tem. ── O garoto diz jogando meu travesseiro em meu rosto.
── Kitty.. ninguém nunca me chamou assim.
── Não? Então a partir de agora esse vai ser o seu apelido, Kitty. ── Ele diz com um sorriso travesso no rosto.
── Por que eu sinto que não vou gostar disso?
── Own, Kitty. Como eu mesmo já te disse, você eu asa a cobra, agora apenas irá sofrer as consequências disso. ── Seu sorriso muda de travesso para debochado do nada.
── Valei me, Tristiano. Me assustei agora, macho.
Antes que ele continuasse com o assunto, passos foram escutados vindo em direção ao meu quarto.
── Como assim seu pai já chegou em casa?! Eu esperei ele sair para trabalhar para poder entrar pela sacada. ── Ele sussura indo em direção a sacada. ── Até amanhã, Kitty.
Ele desce de algum jeito e vai pula para a sacada do quarto dele.
Depois que morre, não sabe o porquê.
Ele age como se o meu pai fosse brigar com ele por estar no meu quarto.
No final da história, era só o Kai que veio no meu quarto me encarar por cerca de 5 segundos e depois sair, deixando a porta aberta.
── IDIOTA! ── Berro indo fechar a porta.
Ele sempre faz isso.
── VOCÊ QUE É. ── Ele rebate.
── CALA A BOCA, MALACHAI, OU EU VOU AI TE QUEBRAR.
Kai voltou, abriu a por do quarto novamente e me encarou com a mão na cintura.
── Vem me quebrar se tiver coragem. ── Ele debochou.
── Você está duvidando de mim, Malachai Miles Morgan?
── Sim. ── Respondeu simples. ── Eu estou duvidando de você, Katherine Grace Morgan.
Eu o encarei incrédula.
── Você usou o meu nome do meio?!
── Você usou o meu primeiro. ── Ele deu de ombros, e eu lhe atirei o primeiro objeto que encontrei pela frente. ── AI!
── Nunca. Use. O. Meu. Nome. Do. Meio. ── Falei pausadamente.
── GRACE MORGAN. ── Kai berrou e correu pelo corredor.
Eu corri atrás dele pela casa inteira, com um cabo de vassoura nas mãos, como nos velhos tempos.
Depois de longos minutos correndo, Kai se rendeu e aceitou apanhar.
Lá pelas 22h, meu pai chegou em casa com uma pizza. Nos jantamos e Kai contou para o meu pai que eu o bati com um cabo de vassoura. Ele apenas riu, e disse que o garoto mereceu.
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𝐈 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐘𝐎𝐔 ──── 𝙏𝙧𝙞𝙨𝙩𝙖𝙣 𝙋𝙧𝙖𝙫𝙤𝙣𝙜
Teen Fiction─── "𝑴𝒆 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒆 𝒑𝒆𝒈𝒂𝒓 𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒎𝒂̃𝒐, 𝒆𝒖 𝒗𝒐𝒖 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒆𝒓𝒕𝒂𝒓 𝒕𝒖𝒅𝒐" ─── "𝑬́ 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒏𝒋𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒗𝒐𝒄𝒆̂, 𝑻𝒓𝒊𝒔, 𝒏𝒂̃𝒐 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒎 𝒗𝒐𝒂𝒓 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐 𝒊𝒏𝒇𝒆𝒓𝒏𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒊𝒈𝒐" ❛❛𝑂𝑛𝑑𝑒 𝑇𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛 𝑃𝑟...