𝐈 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐘𝐎𝐔 ──── 𝙏𝙧𝙞𝙨𝙩𝙖𝙣 𝙋𝙧𝙖𝙫𝙤𝙣𝙜

³¹

Tristan Pravong.

Los Angeles, CA.

15:00 pm.

Depois que eu vim para a casa de Kitty, nós ficamos no quarto dela conversando.

Eu não tive vergonha, contei tudo o que estava sentindo e tudo o que me incomodava.

Kitty fazia eu me sentir seguro, me sentia à vontade para contar qualquer coisa. Pois sabia que a garota iria me entender.

Eu não sei muito bem quando, mas eu havia adormecido enquanto abraçava a abraçava.

Acordei por volta das 15h, com a garota dormindo ao meu lado.

Me peguei a observando.. Katherine era linda.

E sempre me fazia sentir coisas... Coisas que eu nunca senti tão intensamente antes.

Eu não gosto de envolver sentimentos nas minhas amizades, mas acho que ela vale a pena.

Ela me escuta, me entende, me dá concelhos, sabe a hora certa de brincar e a de falar sério, e está sempre comigo, independente da hora, se eu precisar, ela estará por mim.

Nesse nosso curto tempo de amizade, Katherine já conseguiu ser mais próxima de mim do que muita gente. E isso é incrível, porque eu crio uma bolha entre mim e as pessoas. Eu raramente deixo alguém entrar.

E com Kitty tudo aconteceu tão rápido..

Em uma semana ela já havia se tornado alguém especial para mim. Meio rápido para confiar em alguém? Sim!

Mas nós carregavamos os mesmos traumas, feito por nossos pais. E apesar de ter crescido sem o pai biológico, ela era forte, não deitava a cabeça para homem nenhum, diferente das outras garotas que eu já conheci.

Mas apesar de tudo isso, eu sinto que ela me esconde algo.

Eu não sei o que é, mas tenho quase certeza que ela está escondendo algo de mim.

Katherine Morgan.

Eu queria contar para ele..

Queria contar sobre a bipolaridade.

Também queria contar sobre coisas que venho sentindo há um tempinho.. talvez seja apenas porque não estou tomando meus remédios, mas venho me sentindo meio para baixo esses dias.

Eu não estava preparada antes, mas me sinto pronta agora.

Eu só não sei como fazer isso.

Eu tenho me sentido mal por esconder isso dele. Tristan sempre me conta tudo o que acontece na vida dele, já eu, venho escondendo meus problemas desde que a gente se conheceu.

Abro meus olhos lentamente, vendo o japonês me encarar.

── Oxi, vá assustar outro, japonês safado.

── Ala, começou a estranhisse dela. ── falou virando para o outro lado.

── Era você quem estava me encarando, estranho.

── Eu só estava vendo se tu tava viva, tinha parado de roncar do nada.

── Teu furico. Eu não ronco, não sou tu.

── Ronca não, só imita o Fusca do Chischya. ── ele fala e eu belisco seu braço.

── Me respeite! Eu não ronco, e se roncasse, ia ser melhor do que o Fusca velho do Chischya.

── Aham, se você tá dizendo, quem sou eu para contrariar?