Este capítulo pode conter um forte gatilho, se for sensível, não leia.
Katherine Morgan.
Los Angeles, CA.
02:00 am.
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Entrei em casa e fui correndo para o meu quarto.
── Kitty, espera! ── Tristan vem atrás de mim.
Mas que merda.
Onde está o meu pai quando eu preciso dele?
Meus pensamentos estão voltando a ser como eram há dois anos atrás.
E ele não fez a mínima ideia, ele não pode me ajudar.. ninguém pode me ajudar.
── KATHERINE! ME ESCUTA! ── o japonês grita. ── Minha vida estava totalmente ser cor, eu estava odiando o fato de ter que me mudar, só porque o nosso pai tinha feito merda. Tudo estava uma merda, ninguém nem se quer perguntou como eu me sentia, se eu estava bem emocionalmente... Mas aí eu te conheci, Kitty. E apesar de eu não ser nada além de um japonês fodido com problemas com o pai, quando me olhou, você conseguiu ver alguma coisa em mim. Alguma coisa que eu não conseguia ver. Você foi a primeira pessoa na minha vida que se interessou por quem eu era como ser humano, ninguém nunca fez tantas perguntas ao meu respeito como você fez. Depois desses meses que passamos nos conhecendo, parei de sentir que eu não era nada. Você fez com que eu me sentisse importante e amado. Sua amizade me deu valor. Você é a minha pessoa favorita, Kitty, e agora você sabe o motivo. Eu te amo!
Eu não vou mentir, eu também o amava.
Tristan deu cor a minha vida, me fez sorrir mesmo quando tudo estava desmoronando aos poucos.
Mas eu não podia dizer a ele o que sentia. Tristan não merecia viver com alguém como eu.
── O que? Você não sente o mesmo, é isso? ── o garoto pergunta ao notar meu silêncio.
── Não é isso, Tris! É claro que eu sinto o mesmo. Você é tudo o que eu sempre quis, então, como eu ainda posso ser assombrada pelos pensamentos dentro da minha cabeça? Os pensamentos que continuam correndo, um por um. Eu não sei de quem eles estão fugindo, mas não estão me atormentando.
Tristan diz que me ama, mas não importa o que ele diga, existem apenas dois jeitos de como isso pode acabar. Alguém morre ou alguém sai ferido, mas se um de nós morrer, eu espero que eu morra primeiro. Porque eu não quero viver sem ele, eu nunca quero aprender a dormir sabendo que estou sem o garoto que eu amo. Não tem como escapar disso, é assim que funciona! Mas, me digam, o que é pior, perdê-lo agora ou depois? Talvez eu possa quebrar a maldição, e possa ficar apaixonada para sempre.
