Capítulo um

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𝒜 𝑟𝑎𝑝𝑜𝑠𝑎 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎

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𝑷𝒐𝒓𝒕𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍

𝑫𝒂𝒆𝒏𝒂, 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆

Em uma manhã ensolarada princesa Rhaenyra gritava ao dar à luz, seus gritos ecoavam pelos corredores do castelo, era sua quarta gestação e princesa Daena sua primôgenita implorava a todos os deuses possíveis para que eles a presenteasse com uma saudável menina. A prateada encontrava-se sentada em um dos últimos degraus da grande escadaria, em seu colo estava um papel e claro, já havia um belo desenho. Qualquer um sabia dos talentos da princesa e um deles era os seus desenhos, totalmente únicos e diferentes, a verdade era que maioria deles apenas surgia em sua cabeça, as visões ou sonhos.

Se alguém quer ver Daena feliz é só lhe entregar uma folha em branco e um grafite, garanto que você irá se tornar uma das pessoas favoritas dela. Enquanto Rhaenyra sofre no parto, irei atualizar algumas coisas sobre a princesa Daena. Após o ocorrido da tempestade, fazendo ficar "invísivel" perante a todos do salão tudo mudou para ela. A menina não tem mais descanso durante as noites, o sonambolismo lhe pegou como um parasita ao encontrar um hospedeiro. Houve uma noite em que Daena sofreu com isso, e acabou parando na sacada de seu quarto, quase caindo de uma grande altura, por sorte sua mãe entrou no quarto no mesmo instante.

Rhaenyra tornou-se hiper protetora, mesmo que Daena tenha conseguido montar em Asaprata, sua mãe fazia de tudo para que a filha não montasse. Quando eu disse que todos a tratavam como porcelana não era exagero meu, mas isso não se enquandra com Aegon, seu tio, o qual aproveitava para zombar da sobrinha. 

—Hum. —Aegon riu, surgindo atrás da sobrinha. 

—Bom dia. —Daena respondeu, sem olhar para trás. 

Aemond vestindo seu casaco verde também apareceu atrás do irmão.

—Deixe-me ver isso. —Aegon pegou o papel com força das mãos da menina. Daena levantou-se em um pulo, sem trocar muitos olhares com os meninos. —Ela desenha bem até... pra uma louca.

Os olhos delas ergueram-se lentamente em direção aos de Aegon, sua garganta tranformou-se em um forte nó e os olhos ficaram cegos pelas lágrimas, ela não sabia se defender. 

—Pare com isso! —exclamou Aemond, tentando pegar o papel da mão do irmão. 

—Vai defender essa dai? —perguntou Aegon, sarcasticamente. 

—Por favor. —Daena olhou para os pés. —Me devolva.

—Sete infernos! —Aegon jogou o papel com força no chão. 

Seu tio bateu ombro com ombro em Aemond e caminhou em direção a um dos corredores do castelo. Daena e Aemond desceram juntos até o papel no chão e trocaram os olhares, ele pegou antes dela e a entregou.

—Desculpa por isso... —disse Aemond. —Está com os olhos vermelhos... não acredito que ele a fez chorar, minha princesa.

Daena suspirou e desviou o olhar.

—Eu deveria aprender a me defender e não só chorar como uma boba.

—Não faça isso consigo mesmo, Daena. —disse Aemond. —Ninguém deve lhe tratar mal, nem mesmo o Aegon. Ele deveria levar uma surra.

──★SQAMA | aemond targaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora