(Cat)ch Me If You Can! • Hyunlix

Moonlight

Alguns dias se passaram, era uma linda tarde de domingo, Felix planejava voltar para Austrália no dia seguinte, então fez suas malas e foi se encontrar com Hyunjin para que pudessem se despedir.

Eles estavam andando pelas ruas da grande Seul. Felix, como sempre, estava completamente encantado com cada luz que via. Aquela cidade, aos olhos do pequeno felino, era algo fascinante.

Hyunjin conhecia cada detalhe da cidade, já que nasceu lá, então queria mostrar seus lugares favoritos ao menor.

Eles andavam juntos, Hyunjin tinha seu braço direito passado pelas costas do menor e sua mão era segurada pela pequena mão destra de seu querido gatinho, que fazia de tudo para não segurar muito forte e acabar arranhando o mais velho com suas garras afiadas.

Alguns fãs do gato se aproximaram, pediram fotos e até perguntaram se Hyunjin era seu namorado. Felix não negou, já que eles obviamente eram mais que amigos.

Ao ver os fãs do menor se afastarem, Hyunjin o chamou calmamente com um beijinho em cima de sua cabeça.

— Lixie...

— Sim?

— Gostaria de te levar a um lugar muito especial, aceita?

— Claro — respondeu e sorriu.

Hyunjin começou a guiar Felix. Enquanto andavam, Felix avistou um beco que lhe chamou uma certa atenção, isso alguns momentos antes de Hyunjin dizer que estavam chegando ao tal lugar e que Felix deveria fechar os olhos para não estragar a surpresa.

O australiano fecha seus olhos e sente seu querido hyung apoia-lo em seu corpo, colocando uma de suas mãos sobre os olhos do menor e a outra em seu ombro, para guia-lo sem que o menor perdesse o equilíbrio.

Felix foi guiado até um certo lugar e Hyunjin o fez parar, segurando-o.

— Espere um pouco, aqui tem escadas — ouviu o maior dizer calmamente e sentiu-se levantado, percebendo que o outro o pegara no colo.

— Eu não sou pesado demais? Você me aguenta? — Felix pergunta.

— Não, eu consigo te segurar.

— Hm...

Felix sentia cada movimento de Hyunjin, percebeu que ele subiu as escadas e o levou até um lugar onde sentiu uma brisa leve como a do mar, sendo colocado de pé.

— Pode abrir os olhos, pequeno — escutou e começou a abrir calmamente seus olhos.

O mais novo se viu fascinado com tamanha beleza daquela vista. Percebendo o ambiente à sua volta, viu que estava em um lugar extremamente alto, onde era possível ver uma grande parte de Seul, também avistou o Sol se pondo atrás das distantes montanhas, era uma vista linda.

— Uau... — disse e sorriu. — Essa vista... Que lugar lindo, hyung...

— Lindo, sim, mas não se compara a você, pequenino.

O menor sorri e Hyunjin o abraça por trás, depositando alguns beijinhos encima da cabeça de Felix.

— Eu sei que nos conhecemos a pouquíssimo tempo, talvez eu esteja sendo um tolo, criando castelos, mas, de qualquer forma, eu já me apeguei a si como se nos conhecêssemos há anos, como se eu o tivesse conhecido na infância — contou o mais velho. — Cada vez que pude olhar em seus lindos olhos, cada vez que pude sentir seu toque suave, sua pele macia... Mesmo as vezes que você não estava bem humorado, mesmo as vezes que fez parecer que estávamos numa reunião de trabalho, mesmo as vezes que foi seco... Todas essas vezes, cada uma delas, são momentos para guardar na memória. Eu gravei, em minha mente, cada vez que te vi como um vídeo, como cenas de um filme. Honestamente, sempre te achei uma pessoinha difícil — riu e bagunçou o cabelo do felino. — Você sempre me tratou como praticamente um estranho, me humilhou com seu extenso vocabulário — riu novamente. — Todas as palavras que eu não conhecia e tinha vergonha de perguntar, todas elas, eu as guardei na mente e fui pesquisar ao chegar em casa. Você sempre foi uma peça, sempre fez jus às orelhas e à cauda concedidas a você, tens, realmente, uma personalidade de gato, eu percebi, mas, apesar de tudo isso, eu te disse que era uma peça, não menti. É a peça de que eu senti falta por toda minha vida para completar meu coração. Você me fez sentir completo.

Os olhos de Felix marejaram com as palavras do outro, que, ao dizer tudo aquilo, aproximou-se do ouvido do mais novo, finalizando no tom mais baixo possível:

— Eu te amo.

O coração de Felix disparou, Hyunjin chegava a sentir os batimentos do mais novo, de tão forte e rápido que estavam.

— Eu também te amo, hyung — o mais novo respondeu.

Hyunjin, que abraçava o pequeno gatinho pela cintura, coloca mais força em seus braços, não muita, para não deixá-lo sem ar.

— Mas... Eu te amo demais, eu te amo loucamente, infinitamente, é maior que o oceano, é maior que este planeta, maior que a lua, que o Sol, que qualquer estrela, é maior que qualquer galáxia. Nem mesmo o universo se compara. — o mais velho declara. — Nem eu consigo entender ou explicar tudo que sinto. Seus olhos brilham como o Sol, transmitem um sentimento forte, algo que me aquece, assim como o Sol aquece os planetas. Seu rosto é o céu, Felix. Suas sardas são as estrelas que vemos no céu quando a noite cai e as maiorezinhas são planetas! — diz e sorri. — Eu estou ao lado da galáxia, eu vi uma galáxia em você, Felix.

O mais baixo, com lágrimas escorrendo por seu rosto, se vira de frente para Hyunjin.

— Veja só isso, que perfeição... Você é um homem perfeito, Felix, quem nega isso não te viu de verdade — Hyunjin afirma passando suas mãos pelo rosto do mais novo e encosta sua testa à de Felix, que sorri de lado antes de beijar o mais alto da maneira mais profunda que pôde.

Aquele foi um beijo intenso, cheio de desejo, prazer e, acima de tudo, amor. Felix ficava na ponta dos pés, com suas pequenas mãos agarradas ao pescoço do maior, que o trazia para si pela cintura com uma de suas mãos, os dedos da outra se enrolavam aos fios de cabelo do moreno.

Ao separar o beijo, seguraram as mãos um do outro, sem perder o contato visual e sorriram.

A luz da Lua cheia tornava tudo mais forte, refletia nos olhos de Hyunjin, que brilhavam.

— Se meus olhos se parecem com o sol, os seus se parecem com a lua — diz Felix calmamente olhando profundamente nos olhos do mais velho, que sorri. — Hyung...

— Sou todo ouvidos.

— Você sabe que amanhã eu volto para Austrália, não?

— Sei, mas irei te visitar sempre que possível.

— Bem... Eu pretendo voltar para cá, na verdade...

— E sua família?

— Acho que eu não moraria aqui, não por enquanto, mas virei sempre.

O mais velho sorri.

— Você sempre será bem-vindo em minha casa, pequeno — assegura.

ㅗㅜㅗㅜㅗㅜㅗㅜㅗㅜ

E aí, estão gostando? Espero que sim!

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Até mais!