Felix ficou na Austrália por mais cinco meses, reencontrou amigos, passou tempo com os pais... Até conheceu pessoas novas.
Mas Felix sentia falta de Hyunjin. Por mais que mandasse mensagens a ele praticamente todos os dias, Felix sentia falta de seu toque, de sua voz, de sua presença. O amor que ambos sentiam era algo difícil de explicar.
A saudade corroía o pequeno gatinho por dentro, que estava perdidamente apaixonado pelo coreano de quem antes tinha medo.
Felix, então, decidiu que voltaria à Coreia do Sul, ficaria por mais tempo e estaria ao lado de seu amado.
Quando o felino chegou ao aeroporto, notificou Hyunjin que estaria ao seu lado em breve, embora ainda fosse demorar algumas horas.
Hyunjin, ao ler a mensagem, abriu um sorriso de orelha a orelha em seu rosto, perguntou em que aeroporto Felix desceria e o menor lhe enviou o nome.
Sim, eu fiz por amor.
Felix pensava.
Eram seis da manhã, Felix estava chegando ao aeroporto de Seul. O felino dormia, mas uma notificação repentina lhe acordara.
"Quando você chega?"
Era uma mensagem de Hyunjin.
"Bem... Devo estar chegando..."
Felix respondeu olhando pela janela e ouve aquela mesma voz feminina já conhecida anunciar o pouso.
"Sim, eu definitivamente estou chegando."
Ao descer do avião e terminar diversos processos, Felix se depara com um certo alguém na saída do aeroporto.
— Ei, Lixxie! — Hyunjin chama animado.
Felix, ao ouvir aquela voz que amava tanto, largou a mala e correu para os braços de seu amado.
— Hyung... — disse e apertou o abraço.
— Senti sua falta... — Hyunjin responde e sorri.
— Idem.
Os dois ficaram abraçados por algum tempo. Foram segundos que pareceram horas, ao ver de ambos, que não aguentavam mais a saudade que sentiam.
— Pegue sua mala, pequeno... — Hyunjin diz calmo ao menor, que o obedece e volta para seu lado. — Venha comigo! — diz e sorri.
O mais velho abre a porta de um carro branco e faz sinal para que Felix entre.
— Não sabia que você dirigia... — diz o mais baixo.
— Tudo é muito próximo. Prefiro, às vezes, ir de bicicleta ou a pé — o maior responde.
— Hm... — assente e entra no automóvel.
Hyunjin entra do outro lado e coloca sua mão sobre a de Felix, deixando um selinho nos lábios do menor e girando a chave.
O caminho todo eles conversaram, falavam como tudo havia acontecido, contavam histórias... Entretanto, algo chamou a atenção de Felix.
Hyunjin disse que não tinha mais família nenhuma, nem amigos, que a morte os tirou de si, a maioria por doenças, e que isso ainda doía muito, mesmo ele não demonstrando. Contou que sempre foi o tipo que se apega facilmente, o que faz com que a dor seja bem maior.
A única coisa que o confortava é pensar que eles poderiam estar em um lugar melhor, e aqueles que faleceram por doenças, ele preferia pensar que deixaram de sofrer e que isso os deixaria em paz.
A cada palavra de Hyunjin, Felix se intrigava mais. Como poderia alguém perder tantas pessoas e ainda assim ter um sorriso no rosto todos os dias? Tudo que o menor queria era poder abraçá-lo, mas este estava dirigindo.
Um silêncio um tanto quanto constrangedor foi criado entre os dois, mas Hyunjin decidiu cortá-lo.
— Não precisa dizer nada... — disse.
— Como sabe que eu queria falar algo? — Felix perguntou.
— Não sei, apenas senti.
— Hm... — assentiu.
Felix acreditava não ser muito bom com palavras, então descartava a ideia de consolar alguém com elas. Ele acreditava ser melhor com abraços.
— Bem... Chegamos! — anunciou Hyunjin parando o carro.
Ambos sairam e o mais velho guia Felix até um prédio.
— Eu moro no terceiro andar... É bem simples, não repare na bagunça! — Hyunjin diz e ri.
Felix ri e abraça o maior de lado.
— Você não tem cara de quem deixa as coisas muito bagunçadas... — responde.
— Você não me conhece...
Ao entrar, Felix olha à sua volta e não, não estava bagunçado, tudo estava em seu lugar e alguns móveis chegavam a brilhar.
— Se isso é bagunçado eu não sei o que é organização — o mais baixo comenta.
Ambos riem.
— Mi casa, su casa. Moro sozinho, então não há ninguém para reclamar de nada — diz Hyunjin e solta uma risada curta.
— Você não se sente muito... sozinho? — Felix pergunta.
— Ah... Não muito, na verdade... Às vezes sinto falta de uma companhia, então ligo a televisão para sentir que há mais alguém comigo — o mais velho responde em tom baixo.
Felix apenas o abraça, murmurando algo como "fique comigo" de forma quase que inaudível.
Tudo que Hyunjin conseguiu fazer foi apertar o abraço.
— Não precisa pedir.
ㅗㅜㅗㅜㅗㅜㅗㅜㅗㅜ
Estão gostando? Espero que sim!
Uma estrelinha????🥺
Se prepareem pro próximo cap💖
Essa fic deve estar perto de acabar💔
Até mais!!
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(Cat)ch Me If You Can! • Hyunlix
FanfictionTalvez seja onde um influencer famoso por ser meio-gato foge de um provável stalker que vê quase sempre o observando. Ou talvez seja onde um homem está sempre vendo um meio-gato perambulando por aí e quer saber mais sobre ele. Mas, sendo um ou outro...