18- inimigos que se pegam.

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Visenya estava se preparando para dormir quando a passagem foi aberta por alguém, ela sentiu os passos firmes vindo até ela quando ela pegou a adaga da cabeceira.

-minha doce Nya, quantas vezes já estivemos na mesma situação - Aemond disse ao segurar os pulsos de Visenya antes que ela tentasse colocar a lâmina em seu pescoço.

-até mesmo em meu quarto não tenho paz - ela resmungou ao se soltar das mãos de Aemond.

-eu deveria te parabenizar pelo feito ou não?- ele falou questionando Visenya sobre o assassinato que ela havia cometido.

-A morte não é algo a se comemorar, exceto é claro, se for a sua - ela sorriu para ele sarcasticamente que retribuiu. - afinal o que faz aqui? não me lembro de pedir por visitas, muito menos a sua.

Ele pegou um amontoado de roupas de pajem de rua e jogou em Visenya junto a uma capa.

-bom eu não deveria ter…- ele tentava pedir desculpas, mas aquelas eram as palavras mais difíceis de saírem de sua boca.- eu vim te levar para um passeio, disse a algum tempo que gostaria de conhecer seu povo e você precisa esquecer oque aconteceu hoje de alguma forma, considere um presente de agradecimento por ter matado o homem mais irritante de westeros.

-eu não matei, você ainda está vivo - ela riu da atitude de Aemond - se acha que sou idiota está enganado, não vou sair com o homem que tentou me matar.

-Quem fez isso todas as vezes foi você.

-Estava retribuindo sua atitude passada.

-você não vai esquecer aquela noite, não é mesmo?

-você não esqueceu, porque eu deveria?

Ele suspirou e a mulher cruzou os braços, pelos deuses como ela ficava linda naquela camisola e cabelos soltos, ele podia jurar que a cada dia a beleza dela só aumentava.

-Tudo bem, você venceu - ele ergueu as mãos - eu proponho uma trégua, sem adagas, sem venenos ou dragões esta noite, apenas vamos nos tratar como nos velhos tempos.

-e porque eu acreditaria?

-promessa de dedinho Nya - fazia tempo que ela não ouvia aquelas palavras, aquele era um pacto sagrado que eles fizeram quando crianças, promessa de dedinho era como pacto de sangue.

-sabe oque vai acontecer se quebrar a promessa, não sabe? - Visenya disse entrelaçando seus mindinhos.

-eu perco um dedo - quando pequenos aquilo parecia uma ameaça boba, mas depois de todas aquelas adagas no pescoço, ele tinha certeza de que ela arrancaria seu dedo fora com os dentes.

Ela foi para trás de uma cortina para se trocar, e colocar as roupas de pajem. Aemond ficou parado na poltrona, observando o quarto e os pertences da princesa, incluindo sua adaga.

-e se me reconhecerem? - ela perguntou, com eles já no meio da passagem, e então ele parou a sua frente, analisando seu rosto com toda a atenção.

-não vão, acredite em mim, você fica ridícula nessas roupas - ela lhe deu um empurrão enquanto o homem ria.

Ao entrarem nos becos das ruas de king's landing Aemond tentou pegar na mão de Visenya que recuou.

-oque está fazendo idiota?

-não quer se perder, quer?- assim ela segurou firme na mão do tio.

A cidade estava fria, porém para o inverno, estava mais quente do que o normal, ela pode perceber que o número de mendigos diminuía, e que a cada esquina, os abrigos provisórios estavam parcialmente prontos, muitas pessoas tinham comidas quentes e roupas para se cobrir.

the dragon's bloodOnde histórias criam vida. Descubra agora