Ao entrar pela biblioteca ela acendeu sua vela, e passeou pelas estantes, olhando para as lombadas dos livros a procura de um em específico, o seu livro favorito.
Ele contava as histórias de guerras dos conquistadores, escritas por meistres e pessoas que viveram na época, ela sabia cada fala do livro de cor, tudo gravado em sua mente.
Porém abrir aquele livro e sentir o seu cheiro, ler aquelas palavras novamente, trazia conforto, o conforto das memórias.
Ela foi para o canto da biblioteca, onde havia uma mesa de centro, com um sofá e poltronas ao seu redor. Porém ali estava Aemond, lendo um dos livros antigos da biblioteca.
Ela tentou voltar para trás porém a voz de seu tio interrompeu seus passos.
-não precisa ir embora, sua presença é insignificante para mim.- ele falou amargamente.
Ela então deu meia volta e se dirigiu a poltrona em frente ao homem, abrindo o livro e lendo silenciosamente, Aemond a olhou curioso e ao ver o livro em sua mão disse
-voce não se cansa dessas histórias? Ou não se lembra de quantas vezes a li para você dormir? - ele disse friamente, com as mãos prestes a fechar o livro que ele lia.
- voce se lembra das histórias que lia para mim tio?- ela falou em um tom provocativo
-me lembro de você não conseguir dormir sem elas,e me arrependo todos os dias de não ter te matado durante o sono, apenas isso.
Ela revirou os olhos e voltou a ler silenciosamente,
-foi uma linda atitude, ajudar o povo, e uma jogada melhor ainda.
-oque quer dizer com isso? Eu só queria conhecer e ajudar meu povo, ouvi-los.- ela falava como uma vítima acusada, fazendo Aemond rir.
-pode tentar enganar aos outros, mas não a mim, você só faz o'que é conveniente para você e para sua família, não fez pelo povo, fez por você.
-as coisas mudaram Aemond, eu mudei, você não me conhece mais, não pode afirmar isso.- ela queria poder mentir para ele, mas ela devia admitir que era quase impossível.
-você não mudou Visenya, continua a mesma garota egoísta que sempre foi.
-Se eu fiz por mim ou pelo povo, faz diferença? Eu fiz algo bom, e meu egoísmo não afetou de forma negativa, diferente do seu, tio.- ela respondeu fechando seu livro, a força fazendo a poeira levantar.
-desde quando o meu egoísmo afetou alguém?
-talvez quando tentou matar meus irmãos e a mim.- ela se levantou, aquilo parecia estar entalado em sua garganta a muito tempo, porque quando disse um peso foi tirado de seus ombros.
Ela o odiava por causa daquilo e queria que ele soubesse, ela o odiava por saber o'que ele se tornou.
-eles me atacaram - ele parecia estar se alterando, mas sua voz ainda se mantinha serena.
-porque você os atacou, atacou a Baela.
-so porque a idiota da irmã dela me atacou primeiro.- ele fechou o livro com raiva e se levantou.
-você é tão imbecil que não sabe admitir sua culpa.
-não foi minha culpa, vhagar me escolheu, a montadora dela havia morrido.- ele gesticulava feito um louco e sua voz carregava ódio.
-Às vezes eu queria que ela tivesse te queimado vivo.- a crueldade daquelas palavras não carregavam sinceridade, porém no calor do momento ela não era necessária para abrir a ferida.
-e eu gostaria de ter te matado com aquela pedra, bem no meio da sua testa.- ele esbravejou, porém o tom de suas vozes não eram o suficiente para que as pessoas fora daquele lugar ouvissem.
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the dragon's blood
Fiksi PenggemarVisenya velaryon a única filha de Rhaenyra, a rainha dos dragões, conhecida por muitos como a boa alma do rei Jaehaerys, por outro lado a tão cruel quanto Maegor. O fogo e o sangue do dragão correm por suas veias, e mais forte do que poderia imagin...