21- quando as sombras cantam.

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O dia do tão esperado baile havia chegado, lordes de todos os cantos na fortaleza, aguardando conhecer e propor casamento com a donzela mais bela dos sete reinos. Visenya velaryon.

A mesma mulher, já não tão donzela estava deitada em sua confortável cama, quando foi acordada pelo barulho de guardas andando pelo castelo e pela luz fraca do sol.

A mulher, no entanto, não podia se mexer já que seu odiado Aemond estava agarrado ao seu corpo, dormindo como pedra.

Ela tentou se levantar e escapar dos fortes braços que a envolviam, porém o rapaz parecia se recusar a afrouxar seu aperto.

Depois daquela noite, Aemond e Visenya começaram a frequentar o quarto um do outro, não apenas para desejos carnais, e sim para dormirem um ao lado do outro.

Visenya odiava admitir, mas havia algo em suas noites com Aemond que a passavam segurança, e em todas essas noites os pesadelos deixavam de atormentar a mesma.

Durante o dia, ela ainda mostrava ódio e repulsa por ele, mas durante a noite era como se a relação deles nunca tivesse mudado, as vezes saiam para as ruas de king 's landing, outras vezes ficavam na biblioteca até a alvorada.

A princesa havia voltado a ter um pouco de confiança em Aemond, deixando até mesmo que se aproximasse de seus dragõezinhos, porém os únicos que realmente se aproximavam dele eram sunshine e Ocean, splendor havia mordido Aemond todas as vezes que o mesmo tentou tocá-lo.

Ela não havia contado a ele sobre suas visões ou sobre o novo segredo que ela possuía, ela ainda não tinha ideia do que Aemond pretendia, não sabia se suas intenções eram boas ou ruins.

Aemond, no entanto, tentava esconder a afeição que sentia por ela, porém era improvável que alguém naquela fortaleza não tivesse notado a forma como o homem olhava para ela.

Mas Visenya era melhor em manter as aparências, manipulando todos para pensarem que ela o odiava, mesmo que aquilo tivesse um fundinho de verdade, ela não o odiava por completo.

-fique aqui por mais alguns minutos apenas.- Aemond falou a apertando mais firme a ele.

-eu tenho afazeres caolho.- ela respondeu quando ele olhou para ela e beijou seus lábios calmamente.

Ao notar a presença de um chá da lua em sua cabeceira, ela bebeu o conteúdo, que geralmente era preparado por Morana.

A mulher que havia se tornado sua mentora nas artes sombrias.

O barulho de batidas fez Aemond se levantar correndo, apenas com a calça e o tapa olho que a todo momento estava em seu rosto.

-meu coração? Está acordada? - a voz era a de Rhaenyra, sua mãe, oque fez Aemond arregalar o único olho.

-Sim mãe, apenas aguarde um instante.- Visenya se desesperou ajudando Aemond a pegar sua roupa e escapar pela passagem.

Ao abrir a porta, Visenya se deparou com sua mãe e seu padrasto com uma feição desconfiada.

-Bom dia querida.- a mãe dela disse abraçando a filha e beijando sua testa.

Daemon trazia algo em suas mãos, algo devidamente embrulhado. Um presente.

-um presente digno de uma guerreira e futura rainha.- Daemon entregou o presente a sua enteada.

Assim que ela o abriu pode ver uma espada facinante, aço valiriano, um cabo enfeitado com dragões em seu entorno e ponta, Visenya ficou facinada com a beleza daquela espada, com peso perfeito e lâmina altamente cortante.

-é perfeita.- Visenya disse olhando para a bela espada.

-as melhores possuem nomes.- Daemon disse com orgulho ao olhar a garota segurar a espada.

the dragon's bloodOnde histórias criam vida. Descubra agora