Capítulo 4

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(Deku on)

Eu não conseguia acreditar, Kacchan estava vivo, eu queria pular, gritar e chorar de felicidade, o dia em que o perdi foi o pior dia da minha vida..

Flashback alguns anos atrás

- Oi, Kacchan!

- Oi, Deku..

(Izuko 10 anos, Katsuki 11 anos)

- Aconteceu alguma coisa?

- Deku, eu queria te dar uma coisa antes de ir.. - Ele falou isso segurando o que parecia ser uma carta - Isso! E...

Ele foi se aproximando bem devagarinho, quando estava com o rosto quase completamente colado no meu, ele esticou só mais um pouquinho a cabeça, me dando um selinho carinhoso.
Eu estava corado e muito, muito envergonhado.

- Tchau, Deku, vou sentir saudades.

- Ah? C-como assim, Kacchan? Pra onde você vai? Eu posso ir com você? - Eu perguntei inocentemente, sem ter noção de nada.

- Você não pode ir, Deku, mas eu prometo voltar pra você. - Ele estava fazendo um breve carinho na minha bochecha, e a esse ponto, eu já estava com os olhinhos cheios d'água. Ele me deu um beijo na bochecha e foi embora, comecei a ler o que estava escrito na carta "Deku, se você está lendo isso, então eu já devo ter ido embora, por favor, me espere, eu prometo voltar pra você, não se esqueça de mim seu extra bonito... Eu gosto de você, então eu vou voltar.
Ass: Kacchan"

Eu chorei mais do que achava que seria possível chorar nesse dia, chorei até adormecer na minha cama com a cara do All Might, chorei implorando para que ele voltasse.

Flashback off..

E agora, reencontrei ele, meu explosivo favorito.
Ele estava me levando de carro para sua casa, e quando chegamos lá, me assustei, como era possível alguém morar nesse tipo de casa?
Era enorme, quase do mesmo tamanho que a U.A.
Ela tinha portões pretos enormes, e quando abriam eles você dava de cara com um jardim imenso, tinham rosas brancas, vermelhas, girassóis, e tenho certeza que vi um pato num lago bem pequeno que tinha ali, a casa era branca, enorme, com janelas bonitas e parecendo delicadas em um belo tom de vermelho, a porta também era vermelha.

- Uau - Falei completamente extasiado e surpreso em como aquela casa era bonita, exageradamente grande, porém bonita.

- Gostou? - Perguntou o loiro passando se braço pelo meu corpo até chegar a minha cintura, me deixando colado a ele.

- É bonita, Kacchan!

- Que bom que gostou - Falou ele dando um pequeno riso. - Vamos, já comeu?

- Bom, não.

- Por que? - Perguntou ele me levando até a entrada da casa.

- Eu não tava com fome... - Menti.

- Hum. Tem certeza, Izuku?

- A-ah, é que, bom..

- Por que não comeu, anjo?

Suspirei e decidi lhe falar logo - Eu ia comer, lá na U.A, mas...

Flashback on

Agora era o intervalo, e eu estava na fila do refeitório, hoje seria; Macarrão ao molho branco.
E eu estava ansioso pra ter minha primeira refeição do dia.

Eu já tinha pegado e agora estava procurando um lugar, quando alguém me empurrou por trás e quase derrubei tudo no chão.

- Oi, nerd, acha mesmo que devia comer tudo isso? Já não está gordo o bastante? - E assim, todos começaram a rir, então, ele pegou minha bandeija e jogou tudo em mim - Me agradeça, quem sabe assim, você deixa de ser gordo assim, imbecil.

Flashback off

- Isso foi hoje... - A esse ponta, já estavamos na frente da porta e eu estava chorando que nem um idiota.

Katsuki estava uma fera, meros mortais, inúteis, extras, tiverem a coragem de fazer mal ao SEU esverdeado, estava irritado, muito irritado, iria resolver isso.

- Quem foi?

- Ah?

- Nomes, quem foi?

- Kacchan, o que vai fazer?

- Quem foi?

- Neito Monoma..

- Obrigado, anjinho, vamos entrar, e eu vou te dar algo para comer, tudo bem?

- Ok, Kacchan.

O loiro pegou em sua pequena mão e o levou para dentro.

- Que tal Katsudon, hum?

Os olhos do esverdeado brilharam - Eu amo Katsudon!

- Eu sei, por isso vou fazer.

....

Kacchan tinha me levado para um quarto, provavelmente o quarto dele, e me deu uma blusa preta que ia até os meus joelhos e ele só ficou com a calça do conjunto, sem blusa e ele logo desceu pra preparar a comida.
Por dentro, a casa era ainda mais bonita, o quarto dele tinha o piso laminado, uma cama de casal enorme, com um número desnecessário de travesseiros, as paredes eram pretas, janelas enormes com cortinas brancas dando um contraste bonito ao quarto, uma prateleira com alguns livros do lado da porta, e um sofá preto pequeno em frente a cama.
Saí do quarto e fui em direção a cozinha do Kacchan.
Era incrível como ele conseguia ser bonito tão naturalmente..

Ele estava de costas pra mim, com a calça moletom, sem blusa e um avental branco, ele estava de frente pro fogão, e eu fiquei inerte nos meus pensamentos, e nem me dei conta do tempo que fiquei encarando-o.

- Está gostando do que vê? - Me assustei, é óbvio que ele tinha percebido, senti meu rosto esquentar e virei o rosto rapidamente.

- D-desculpa.. - Me aproximei um pouco, ficando do lado dele e vendo meu delicioso Katsudon.
O Kacchan deu uma risadinha e passou seu braço pra minha cintura me deixando do seu lado e me dando um beijo no topo da cabeça.
Estava nervoso, meu coração batia como louco, minha cabeça dava voltas e estava começando a ficar tonto, toda aquela proximidade me permitiu sentir seu cheiro, ele tem um cheiro estranhamente bom, uma combinação perfeita e forte de caramelo e café.

Aproximei meu rosto pra sentir um pouco mais daquele cheiro tão bom, o Kacchan não recuou e não teve nenhum protesto da sua parte, então cheguei perto do seu pescoço, com meu nariz quase tocando o local cheiroso, me virei completamente para ele, apoiando minha mãos no seu peito e ele segurou minha cintura com força, me puxando para si, minha mente já não pensava racionalmente, tudo que eu queria era mais daquele cheiro, que ele ficasse em mim, que suas mãos fortes apertassem mais minha cintura..

Continua..

Meu Mafioso nem tão Explosivo... [ PAUSADA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora