Tobirama Senju

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“Você acha que é fácil ter que enfiar você aí dentro todos os dias sem ser visto?”

A voz grave chegou aos ouvidos de Izuna e ele  se virou de imediato e viu o mesmo homem albino de antes encostado em uma árvore ao lado da montanha de pedras, sem forma lupina, sem camisa, apenas com o hakama sujo da noite anterior. Izuna desceu apressado as pedras e se aproximou do Senju erguendo uma das mãos para tocar o ombro do homem que se esquivou do toque e disse.

— Você não gostou do lugar? Prefere viver como escravo do Toneri?

Izuna notou pelo tom de voz do albino que estava recebendo algum tipo de bronca depois que o homem se esquivou do toque e Izuna ficou o olhando incrédulo que estava vendo aquele homem mais uma vez. Mas enfim ele disse. — Eu gostei, só que… — Izuna olhou para cima das pedras e disse. — Eu achei que estava enlouquecendo… digo… todo mundo aí dentro diz que você é uma lenda sabe. — Disse o garoto e voltou a olhar para o Senju. — Dizem que você está morto e seu irmão acredita fielmente que enterrou você no centro da vila.

Tobirama revirou os olhos e enfim disse. — Nunca conversou com espíritos antes?

Izuna foi quem revirou os olhos agora e disse cruzando os braços e olhando de Tobirama da cabeça aos pés. — Você não é um espírito, é, Tobirama Senju?

O albino encolheu os ombros, indiferente enquanto disse seguindo para cima da montanha de pedras mais uma vez. — Sou. Agora venha precisa voltar tem poucos minutos para ficar aberto a conexão, venha. 
 
— Não é não. — Disse Izuna teimoso ignorando o pedido do albino que fez sinal para Izuna subir ao dizer junto “venha, não tem muito tempo.”
 
O menor então subiu nas pedras, mas não para retornar a vila mas sim para encarar o “espírito” de perto. O menor fez um bico enquanto analisava o Senju da cabeça aos pés e disse. — Você pode enganar todo mundo, mas não a mim. E aliás, porque me atraiu para cá se vai me enfiar ai de novo?

— Não era para você ter me visto, eu não atrai você, agora você realmente precisar ir, está bem?  — Disse Tobirama. 
 
— Eu vou, eu quero saber tudo sobre você! — Retrucou Izuna olhando para o homem que não se parecia absolutamente nada com um fantasma, Izuna o analisava fazendo um bico, olhando cada cm que podia do corpo daquele homem. 

— Tá bom Izuna, agora vá. — Disse o albino enquanto fazia um sinal complexo com os dedos para manter a barreira aberta, dos dedos do albino escorria um filete de sangue, um sinal claro de que precisava se ferir para abrir tal barreira e foi aí que Izuna notou que em um dos dedos do albino a garra do lobo saía ferindo a carne do mesmo e a cravando na outra mão, para evitar que o corte fechasse imediatamente após ser feito ele mantinha a garra na pele.

— Ta bom ta bom, credo que chato, eu vou, mas antes quero ter certeza de que não estou louco e que você não é um espírito. — Disse Izuna e antes que Tobirama pudesse reagir o ômega deixou ser movido pelos instintos e ficando na ponta dos pés grudou seus lábios aos daquele homem que inconscientemente sendo movido pelo seu lobo interior cedeu ao momento retribuindo o breve selar de seus lábios com os daquele abusado,  travesso, teimoso e desafiador ômega, mas ao se dar conta disso, Tobirama afastou o rosto do rosto do garoto e disse em um tom claramente irritado pelo que fez. — Vai logo!

Izuna olhou para o Senju e sorriu para o homem e disse. — Você definitivamente não está morto e eu definitivamente não sou louco.

— Tá bom mas vai logo antes que eu sangre até morrer de verdade aqui. — Disse o Senju e com essa frase confirmou o que Izuna já sabia, “antes de morrer de verdade”, ou seja Tobirama não estava mesmo morto.  Enquanto Izuna deu passos de lado cruzando o local notou que a vila estava ali mais uma vez e voltou a olhar o albino quando esse o chamou.  — Ei, não conte nada, está bem, eu volto a noite quando a conexão estiver renovada.

Lobo que habita minha peleOnde histórias criam vida. Descubra agora