Lobo que habita minha pele

O Príncipe Alvo

O príncipe alvo, nunca foi de fato um príncipe, era apenas como ele se intitulava e como era conhecido em seu vilarejo. Ele estava na sacada de sua luxuosa cabana observando de cima as vidas que corriam abaixo, trabalhando todos de acordo com as suas ordens, ômegas e betas com os serviços pesados, enquanto alfas cuidavam para se certificar que todos estavam trabalhando.

Um ômega tentou escapar mas foi rapidamente capturado e voltou ao seu trabalho forçado. A voz do príncipe saiu, soando baixa e ameaçadora enquanto as mãos apertavam o peitoril da sacada. — Você o que? — Questionou para o alfa que estava em sua sala, ajoelhado e de cabeça baixa para dar a notícia ao jovem príncipe.

— Todos foram atacados, Senhor. O Lobo Branco protegeu o seu ômega, me perdoe não pudemos evitar… eu não pude evitar, eu retornei pois o senhor precisava saber o que aconteceu. — Disse aquele soldado. 
 
— Eu entendo. — Disse o príncipe apático e virou-se para o alfa se aproximando do mesmo, abaixou-se diante do homem e segurou com delicadeza o rosto do soldado o fazendo olhar para si e seus olhos claros demais. — Mas sabe que o Lobo Branco é apenas um espírito, eu mesmo o matei meu querido. É impossível os meus 17 melhores homens terem sidos vencidos por algo que tornou-se uma lenda para os ômegas. Ou seja… vocês deixaram o meu ômega escapar por pura incompetência.

O Otsutsuki encara agora o seu soldado e disse acariciando o rosto daquele jovem alfa. — Fale a verdade, o que vocês fizeram com o meu ômega? Alguém de carne e osso o capturou ? Ele derrotou vocês? Me diga a verdade, querido. 
 
O soldado alfa se sentiu extremamente ameaçado pelo príncipe com aqueles olhos hipnotizantes que o encaravam aguardando uma resposta, mas o soldado viu o que aconteceu, ninguém tinha levado Izuna a não ser o Lobo. — Meu príncipe, eu não estou mentindo para o senhor, eu sei o que eu vi. Seu ômega foi levado pelo animal, sim.

Toneri abriu um sorriso para o homem levantando-se e nesse processo tirou as mãos do rosto dele e retornou até a sacada de sua sala e ficou olhando para baixo, para os seus escravos e chamou o alfa com o indicador, e o mesmo foi até ali e Toneri disse olhando para baixo. — Foi difícil recuperar todos os meus ômegas desde que eles foram levados da última vez. Você não tem idéia de como é difícil ter que aguardar eles atingirem dez anos para começarem com seus trabalhos. E é apenas por isso que eu liderei o meu exército atrás do meu antigo grupo que foi roubado de meu vilarejo debaixo do meu próprio nariz por dois alfas irritantes, que se fizeram de meus amigos. Mas apenas queriam libertar esses nojentos.

Um acabou escapando com os meus preciosos empregados. E o outro era um lúpus… — Toneri se dirigiu para sua sala mais uma vez e chamou o alfa com o indicador mais uma vez e respirou profundamente ao dizer. — O lúpus era o último de sua espécie, tenho orgulho em dizer que graças a mim, nós alfas não temos que obedecer a absolutamente mais ninguém, graças a mim jamais seremos afetados pela voz de um alfa superior, porque nós somos superiores. O Lobo Branco, que era o lúpus que roubou as minhas crianças, foi morto por minhas mãos. Ou melhor… — Toneri tirou da bainha a espada que pendia na lateral de seu corpo. — por essa espada. Ela eliminou o último alfa lúpus do mundo… e agora ela vai.

Toneri girou a arma em suas mãos acertando o estômago do alfa a sua frente antes que o mesmo pudesse sequer se defender e segurando a espada cravada no homem e uma das mãos pousadas sobre o ombro do homem Toneri disse em seu tom baixo e ameaçador. — Agora ela vai eliminar qualquer um que minta para mim. — O príncipe sorriu e o alfa lutando para respirar virou o rosto para Toneri e disse entre sussurros enquanto sentia o líquido vermelho subir para a boca. — Eu não menti…meu príncipe. — Toneri revirou os olhos e lambeu a boca do alfa morrendo apreciando o gosto do sangue do mesmo e logo disse. — O Lobo Branco está morto, assim como você estará dentro de alguns instantes.