Alquimista Divino

Capítulo 1

[Aether P.O.V]

Faziam alguns anos desde que eu e Lumine havíamos descido para este mundo, minha irmã chegou aqui com um único objetivo, deixar sua marca na humanidade, ela queria criar um reino sem comandos de um deus e assim fez, mas eu não tinha tais ideias, no fim, eu acabei em Celestia, a cidade dos deuses.

Em Celestia é conhecida como o lar dos deuses, há um grande castelo em seu centro, e é ali onde os governantes vivem, eles são conhecidos como Arcontes, cada um deles governa a terra abaixo da cidade, nem todos são felizes com essa ideia de governantes, assim como minha irmã, mas como eu disse, eu não tenho objetivo de iniciar uma guerra, por agora.

Nesse mundo Outlanders são estritamente proibidos, por isso eu tive que criar uma nova identidade, nos meus anos de aprendizagem sobre este universo, notei a falta de alquimia, era um tipo de magia muito subestimada, até pelos deuses, eu sou uma pessoa de muitos talentos, alquimia pode ser colocada nisso, eu aprendi muito sobre isso em outros mundos e reinos, não é exagero dizer que eu sou um mestre nesse assunto, por isso escolhi me tornar um deus que reina nessa area.

Acho que isso é tudo que eu preciso explicar sobre minha situação atual. . .

[Narrador P.O.V]

Celestia podia parecer um lugar sagrado e incrível, 'a cidade voadora', 'a cidade dos deuses', não devia haver nenhum problema lá, certo? Errado. A fachada era bela, mas entre os becos haviam os piores tipos de seres, eles variavam entre criaturas Celestiais sem potencial e deuses que eram contra os Arcontes, Aether sabia disso, ele vivia no meio de um desses becos, uma taverna, ela tinha uma reputação manchada por aparição de criminosos e mercenários, embora nada disso chegasse a afetá-lo, ele vivia em um segundo andar que os donos permitiram que ele morasse, por conta disso, ele acabou quase ficando de frente a rua principal, sua janela dava para ela, aquele lugar era realmente um incômodo.

-Que barulheira.- Aether diz com sua voz grossa, ele havia acabado de acordar e que jeito melhor de acordar do que o som das passeatas na rua principal, embora não fosse algo comum, os Arcontes gostavam de andar pela rua e era quando o inferno começava, as pessoas se reuniam ao redor de sua carruagem aberta e gritavam, faziam barulho, tudo que Aether odiava.

Agora que ele havia acordado, provavelmente não iria conseguir voltar a dormir, então Aether pulou de sua cama e foi para o armário ao lado.

Por alguns segundos ele encarou os seus olhos dourados pelo reflexo, Aether tinha seus longos cabelos loiros bagunçados e seu pijama estava começando a parecer mais trapos do que uma roupa, Aether soltou um suspiro e começou a se trocar, ele colocou sua roupa favorita, na visão do povo deste mundo eram exóticas, mas ele as considerava normais, uma camisa que ia até metade de seu corpo, deixando a barriga de fora, ela era marrom e deixava a estrela em seu peito a mostra, uma calça e suas botas marrons, em algumas partes todos recendiam a luz em seu peito que brilhava em um tom branco, depois Aether colocou por cima um jaleco branco com tons dourados e seu cachecol, que não esquentava realmente.

Depois de se trocar Aether saiu de seu quarto, ele sentia um cheiro bom vindo do andar de baixo da Taverna, era um cheiro de carne e vinho, apesar ser de manhã era normal muitos deuses beberem a todo momento, principalmente aqueles que representavam a bebida, como Dionísio o deus do vinho ou Barbatos, que apesar de não ser deus dos vinhos era muito relacionado a eles.

-Acordou cedo, Aether!- O barman disse, seu nome era Fuko, ele era só um acendido, não tinha um motivo exato para ele ter conseguido chegar em celestia, mas ainda sim ele o fez e com a família, então o homem tinha jeito pra fazer o impossível.

-Sim, é impossível dormir com esse barulho lá fora.- O loiro reclamou saindo do último degrau.- É sempre assim, toda vez que os Arcontes voltam de seus territórios é essa festa. Falando em festa, a quanto tempo eles chegaram?