Alquimista Divino

Capítulo 6

 [... Pov.]

Meus olhos se abriram, onde eu estava? Eu realmente não sabia, mas havia um garoto loiro dormindo no sofá, seu rosto era limpo e delicado, lindo...

-Oh! Você acordou querido!- Uma mulher disse, na verdade, ela não parecia exatamente uma mulher, sua pele era clara demais e refletia a luz amarelada daquele quarto.

-Hum... Q-Quem é você?- Perguntei apontando para ela.

-Me chamo Mary.

-E eu?- Apontei para meu peito, então notei uma pequena marca.

-Bem, isso não é comigo.- Mary olhou para o garoto.- Ele é meu, nosso, mestre.

Minha mão chegou perto de seu cabelo...

-Ele parece tão-

-Não toque nele.- Uma aura assassina surgiu, os olhos marrons da mulher se transformaram em completamente negros, uma gosma agarra minha mão.- Não se quiser viver.

-C-Certo, m-mas por que?

-Porque eu vou te matar.

[Narrador Pov.]

A jovem marionete não chegou mais perto do jovem mestre, Mary teve certeza disso.

-Querido, vamos esperar até o mestre acordar, eu posso ensiná-lo a cozinhar.- Mary ofereceu sua mão gelada para o garoto.

-C-Certo.

[Aether Pov.]

Eu havia acabado de acordar, quanto tempo eu havia passado dormindo?

-Mary?- Eu a chamei, mas sem resposta.

Eu me levantei e olhei a mesa, ela estava cheia de dinheiro e outra coisa.

-Celestinas...- Eu disse pegando a pequena pedra entre meus dedos, esta era uma pedra incrível, um conhecido havia às criado, até onde eu sei isto tem um valor imensurável.

Bem, bem, os arcontes realmente haviam coisas acima de raras e aparentemente não sabiam a utilidade de tais coisas, se eu soubesse eu teria pedido mais disso, mas já é bom, eles deixaram 9 para mim.

Eu comecei a entrar mais na loja.

-Esse cheiro~

Instintivamente, meus pés me levaram até a cozinha, onde Mary estava.

-Mary!

-Mestre!

-Mestre!- Uma segunda voz exclamou, era uma das marionetes, a que eu havia criado para a Arconte.

-Hum?

-A mulher o deixou para trás, eu não pensei que ele ganharia uma consciência tão rapidamente, pensei que seria pelo menos até você acordar.

-Ah céus, isso pode ser até que bom,- Botei minha mão no topo da cabeça da marionete mais nova- Se você ganhou tão rápido, significa que você deve ter a parte viva das coisas.

-Pode ser algo bom.

-Parte viva?- O jovem perguntou

-Hahaha! Como posso explicar? Digamos que você faz alquimia com uma flor, a flor é um ser vivo e tem um pouco de energia, a flor em si é convertida, mas sua energia continua ali e ainda há a chance da criação assumir essa pequena consciência, podemos dizer que você tem uma pequena parte de cada amigo de Ei.

-A arconte?- Sua habilidade de coleta de informações parecia decente, eu não passei a ele meus conhecimentos, então era para ele ser talvez um adolescente comum, já que a mente se adequa ao corpo, mas não parece ser o caso, pelo menos não exatamente.

-Sim!

-Mestre...- Mary diz, chegando mais perto de mim, ela parecia querer dizer algo.- O senhor não nomeou ele~

Então era isso. Mary era sempre a mãe e sim, ela queria que eu o nomeasse, mas bem, eu realmente nunca planejei o nomear, quero dizer, não era para eu dar a ele um nome, porém levando as circunstâncias, creio que eu terei que nomeá-lo...

-Hum, bem, vamos ver, Raiden Shogun vai ser o nome da outra, já que esse é o título de Ei em sua nação, então, o boneco abandonado da governante de uma nação... Que tal Kunikuzushi?

-Me parece bom...- Ele disse um pouco hesitante.

-Mestre, não deveria fazer este tipo de brincadeira, sua habilidade de previsão pode ser surpreendente, mas não deve colocar um nome assim nele, ele é só uma criança!

-Mary~ Ele parece que gostou do nome.- Disse de um jeito provocativo, minha habilidade de previsão de fato era fora do comum, mas vamos lá! O que um jovem boneco iria fazer? O que Kunikuzushi poderia fazer para destruir nações? Não como se eu me importasse com esse mundo.

-M-Mary! Eu também gostei...- Kunikuzushi chamou a atenção dela, chegava a ser fofo, não espero a hora de mostrar ele para meu amiguinho Mirror Man.

-Isso, dois contra um, agora eu te declaro como Kunikuzushi!

-Mestre, hum...

-Sim?

-Posso saber o que Kunikuzushi significa?

-Mas é claro! O caçula da família tem o nome que significa "Destruidor de Nações"

Foi extremamente engraçado ver o sorriso dele afrouxando e Mary soltando um suspiro, bem já era tarde.

-M-Marryyy- Meu garotinho chora feito uma criança indo para os braços de sua mãe.- E-Eu não quero destruir nações!- Lágrimas roxas caiam de seus olhos, um garoto interessante, eu não criei isso, possivelmente se dava pela energia elétrica condensada dentro de seu corpo.

-Você não vai, querido.- Ela diz passando nos cabelos do jovenzinho, Mary parecia feliz pelo garoto.- Não se preocupe, o mestre vai cuidar de você, não é?

Os dois olharam para mim, é óbvio que ela iria jogar para mim, mas bem~

-Sim, não se preocupe, logo, logo estou planejando tirar férias, vou te mostrar seu planeta natal.- Eu assisti o pequeno Kunikuzushi virar seu rosto em dúvida, talvez fosse um pouco demais falar para um garoto recém criado sobre o espaço.

-Certo, mestre~- Mary se ajoelha na minha frente, por alguns instantes Kunikuzushi olhou entre a minha pessoa e Mary, e logo ele se ajoelha.

-C-Certo, mestre!

Era óbvio que ele estava nervoso, seu rosto ficou um pouco roxo.

-Bem! Vamos voltar para casa.

-Mestre, você vai ter que passar a noite aqui.

-Eh?

-Kunikuzushi precisa de roupas.- Ela falou apontando para ele.

Kunikuzushi não era criado seguindo a aparência humana, talvez o formato do corpo, mas definitivamente só isso, não havia partes íntimas, nem nada.

-Hum, certo! Vamos fazer isso.

Eu abri meu inventário e puxei minha caixinha e peguei meu pequeno bonequinho, ele tinha o tamanho de um lego.

Poof!

-Meu, meu! Mestre~ Eu voltei cedo!