Capítulo.9

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[Aether Pov.]

Olhando agora, talvez eu tenha exagerado um pouquinho, mas só um pouquinho, na maioria do tempo eu tento ser uma pessoa bem passiva, eu não machucaria ninguém, se não me ameaçassem, é claro.

Eu não iria passivamente aceitar aqueles vândalos roubarem tudo o que eu tinha.

Sinceramente, eu não dava a mínima para as pessoas, eu me importava quando as conhecia, mas quando não, eles eram apenas animais selvagens, iguais a todos os outros dos outros mundos.

-Obrigado gente, agora vamos sair daqui antes que os arcontes cheguem.

-Rápido, rápido!- O Mirror exclamou me empurrando.

-Oi! Parou aí seu espelhinho de merda!- Mary gritou chutando as mãos de quem me empurrava.- Não passe da linha.

Céus, Mary era séria demais, até eu consigo ver isso.

-Desculpa por te assustar, Kunikzushi.- Tentei confortá- lo, claro, um conforto vazio, mas ainda era um.

-Não... Não... Tá tudo bem...- Ele disse olhando para mim, suas bochechas ficaram rosadas e eu tive que sorrir.

-Hoje nós beberemos!- Proclamei e Mary fechou o rosto.

Mirror puxou meus ombros e olhou nos meus olhos.

-V.A.M.O.S.

-Sim, sim~- Concordei empurrando-o para trás.- Agora voltem, vocês dois.

-Certo, mestre.- Os dois falaram.

Eu e Kunikuzushi fomos para trás, Mary e Mirror se transformaram, eu dei alguns pulinhos e os peguei.

-Vamos, Kunikuzushi?- Eu perguntei, minha mão foi estendida a ele.

-Sim.- Ele segurou minha mão.

Nós começamos a andar, e pelo menos na vista dos deuses, sumimos na nuvem de poeira.

-Nós vamos para sua casa?- Ele me perguntou.

-Sim, sim senhor, nós vamos para a taverna que eu moro.

Eu olho para o garoto, ele tinha um sorriso alegre e um brilho nos olhos, isso me deixou aliviado, Kunikuzushi era, tecnicamente, uma criança, ou algo parecido com isso, eu não queria estragá-lo antes mesmo dele viver um pouco.

Foram longos minutos, Kunikuzushi olhava para tudo ao redor como algo novo, uma inocência que a muito eu não via.

-O que você acha da cidade?- Perguntei.

Kunikuzushi deixou de olhar ao redor e olhou para meus olhos.

-Eu... É incrível!- Exclamou.

Eu sorri, era bom ter alguém andando comigo como nos velhos tempos...

[Narrador Pov.]

Aether guiou Kunikuzushi a fundo na cidade, com o tempo o branco foi desbotando conforme se aprofundavam nos becos e o cinza tomou tudo, o tempo de chegarem próximos de casa fora suficiente para o sol começar a ir embora e a lua começar a subir.

-Nós estamos chegando, baby.- Aether disse saltitando.

-Oi!- Um homem gritou chegando por trás.- Aether!

. —...

Aether se prepara para pegar o pulso de Kunikuzushi

— Vamos lá! Você não pode me ignorar para sempre!

O alquimista se virou para o cara, Kunikuzushi seguiu seus movimentos vendo um homem até que bem boa pinta, cabelos castanhos bagunçados e levemente encaracolados, olhos verdes.

Alquimista DivinoOnde histórias criam vida. Descubra agora