— Claro, por favor.
— Tudo bem, pode vir Beomgyu! — Ela apontou a cabeça para fora da porta e pude ver a sombra se aproximar.
Beomgyu não vestia o uniforme, estava com uma blusa branca de listas pretas e uma calça jeans claro, junto com seu all-star branco. Ele estava lindo, estava sempre muito lindo, mas hoje ele estava insuperável.
— Posso deixar vocês aqui sozinho? Preciso ir no mercado. — Nós assentimos para a vovó que abriu ainda mais seu sorriso. — Que ótimo, você chegou em uma boa hora rapaz. Não posso deixar ele sozinho.
Eles soltaram uma risada e eu resmunguei em um tom de brincadeira. Ela se despediu e então ouvimos a porta do apartamento se fechar. Enfim, sozinhos.
Beomgyu caminhou pelo meu quarto, observando cada detalhe com aqueles olhinhos brilhantes que me encantavam. Ele parou perto da minha estante e deu uma olhada nos livros, foi na janela que estava meio aberta e a brisa leve da manhã levantou alguns fios de seus cabelos.
Depois ele veio na direção da minha cama, se sentou na beirada bem perto de mim e me deu um sorriso. Como eu senti falta desse menino mesmo passando dois dias desde a última vez que nos vimos. Ele pegou na minha mão e levou até próximo do seu peitoral, acariciou com o dedão e logo levou aos lábios para beijar.
— Winter me disse que ficou resfriado. — O seu tom de voz era suave e despreocupado. Estava sorrindo à toa.
— Você não deveria estar na escola, mocinho?
— Sim, confesso que eu deveria. — Ele riu e pousou minha mão em seu colo. — Mas eu fiquei com vontade de te ver e aproveitei que mais tarde tenho alguns exames para fazer. Nada grave, apenas os de rotina. — Ele acrescentou quando minha expressão de preocupação começou a aparecer.
— Você veio sozinho?
— Não, minha mãe me trouxe. Agora ela deve estar pagando as contas e depois vai me buscar aqui para a consulta. — Ele levou os dedos até meus cabelos e acariciou ali, um cafuné delicioso que poderia durar para sempre. — Você está melhor?
— Sim. Ainda dolorido, mas estou bem melhor. — Sorri amarelo, odiava resfriados e gripes mas sempre tentava me manter forte. — Bem melhor porque você está aqui comigo.
Observei o sorriso dele diminuir e suas bochechas ficarem bastante vermelhas. Ele ficava com vergonha com tanta facilidade que eu adorava elogia-lo apenas para ver isso. Era uma graça.
— O que foi? — Perguntei entre risada, tentando virar seu rosto para mim novamente.
— Para! Eu tenho vergonha! — Ele voltou a sorrir, e assim que consegui virar seu rosto para encarar o meu, Beomgyu deu uma risada que parecia a melodia dos céus. Acho que se eu morrer, isso deve ser o que deve tocar lá em cima. — Yeonjunnie.
— Hum?
— Você lembra de algo que falamos na festa?
— Você não lembra?
— Da nossa conversa, algumas coisas. — Ficamos em um breve silêncio. — Lembro que você confessou que queria me beijar.
— E eu ainda quero.
— Você quer? — Ele deu um sorrisinho e se aproximou do meu rosto.
— Muito. — Eu também cheguei mais perto mas ele foi se afastando aos poucos. — Qual foi?
— Você está resfriado, não quero pegar!
— Acha que só um selinho é suficiente para você ficar gripado? — A resposta dele foi apenas dar de ombros e fazer um biquinho fofo.
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Winter's brother (Yeongyu)
RomanceO objetivo de Yeonjun era terminar um trabalho de biologia difícil e reaproximar de sua melhor amiga chamada Winter. Mas o maior obstáculo era o irmão dela; Beomgyu, o nerdola gato.