Pokémon Restrucutre - Aventura nas Ilhas Laranja

A Professora e a Pokébola

Aproveitando o tempo no navio, Ash estava com Serena em sua cabine. Brock havia saído para conferir as garotas no barco, mas Misty estava atenta para salvar as mulheres do maluco passional. Serena havia decidido permanecer o máximo de tempo com Ash depois de toda aquela provação com Mewtwo, e os dois estavam acompanhados por Pikachu, Bulbasaur, Braixen e Eevee assistindo televisão, mais especificamente, um dos desenhos favoritos de ambos.

— O que há na sacola, Charlie? – pergunta um Pikipek de cabelos vermelhos e maior do que o normal para um Ursaring que pilotava um antiquado avião amarelo.

— Um Pikipek enfadonho. – responde o Pokémon urso com uma voz monótona.

— E que tal ele?

— Como é que ele é? Ele é aquele carinha do seu tamanho... sem bigode... e fala demais. – enquanto ele falava, o Pikipek aperta um botão, que ejeta o Ursaring – E tem cabelos vermelhos... pé cinza... sem bigode...

Ash e Serena, assim como os Pokémon, riam com vontade. Pikachu e os demais viam que seus Treinadores tinham razão quanto a esses desenhos animados feitos pelos humanos. Já haviam se divertido antes com outro que mostrava em grande parte, um Beartic e um Piplup de touca tocando e cantando em um iglu.

— Será que a Misty e o Brock ainda vão demorar? – pergunta Ash.

— Deixa eles se divertirem, Ash. – diz Serena – Ainda falta... o quê? Duas horas até a ilha?

— Um pouco menos de duas horas. – responde Ash – Mas tenho que dizer que seria bom aproveitar o navio.

— Pikachupika. – concorda Pikachu.

— Eu sei, mas... – diz Serena, desviando o olhar.

— Serena, está tudo bem. – Ash tenta confortá-la – Nem a Equipe Rocket está aqui, então nada vai acontecer.

— Mas eu não consigo evitar de pensar naquilo... – admite Serena – Eu preferiria que o Mewtwo tivesse apagado nossa memória sobre...

— Como ele disse, todos acabamos aprendendo alguma coisa com tudo aquilo, Serena. – Ash faz a namorada olhar pra ele – E acabamos percebendo que, para o bem ou para o mal, Mewtwo é apenas um incompreendido, e que também precisa aprender.

— Em parte, eu ainda o desprezo por quase ter te matado... mas ao mesmo tempo, não consigo deixar de sentir pena dele por só ter tido contato com o pior tipo de humanos que existem. – suspira Serena – Mas eu ainda...

— Eu espero que toda essa sua raiva por ele passe, Serena. A revolta dele era justificável, mas os objetivos não. – interrompe Ash – E me diga, sinceramente: se fosse pra salvar seus Pokémon de mais dor, você não teria feito o mesmo?

Serena olha de Ash para seus Pokémon, Braixen e Eevee, lembrando também de seus outros quatro Pokémon, que descansavam nas Pokébolas. De fato, olhando para eles, e tendo em mente tudo o que passaram até agora, sua amizade, seus sonhos... a resposta era mais do que óbvia.

— Sim, eu teria. – admite a loira.

— Então, não se preocupe mais. – pede Ash – Se tivermos que enfrentar mais alguma coisa...

— ... enfrentaremos juntos, não é? – completa Serena, como se lesse os pensamentos do garoto – Sim, enfrentaremos.

— É isso aí. – sorri Ash – Quem quer aproveitar o clima lá fora?

— Pika!/Bulba!/Brai!/Eevee! – bradam os quatro Pokémon.

Ash e Serena logo desligam a televisão, deixando a cabine e indo desfrutar do sol com seus Pokémon. Não demora muito para encontrarem Misty e Brock, que segurava suas orelhas como se sua vida dependesse disso, e logo puderam deduzir que a ruiva havia trabalhado bastante.