Pokémon Restrucutre - Aventura nas Ilhas Laranja

O Poder de Um - Parte 2

Do lado de fora do templo, um tanto distante para não ser notado, Red via como Ash e os outros se divertiam durante a festa, notando também o semblante carregado da namorada do filho. De certa forma, agradecia internamente a Ash, pois se ele não tivesse aparecido na ilha, certamente os organizadores do festival ainda estariam caçando um Treinador pra participar, e poderiam acabar chegando a ele.

Red dá um leve suspiro. Durante o dia inteiro não havia encontrado uma pista concreta de qualquer vista de Rockets pela ilha, que por se localizar no centro remoto do Arquipélago Laranja, seria um bom local para se esconder. Mas sabia que ainda tinha sua tarefa a cumprir. Ele vê Pikachu correndo do templo com o boné de Ash, como se apressando-o a sair; em seguida vê Ash saindo, seguido por outra moça, e depois Serena puxada por Braixen, achando isso um tanto engraçado e mesmo suspeito.

— "Por que tanta pressa? Ash nunca foi de deixar de aproveitar uma festa." – pensa Red, lembrando de como Ash simplesmente adorava ficar numa festa até o fim quando criança. Ele anda até próximo do cais, vendo um barco se distanciar na direção onde ele sabia que ficavam as Ilhas Elementais, e também via a tempestade ao longe, parecendo piorar – "Ele não pode estar indo..."

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No barco, Ash e Serena se seguravam como podiam, assim como Pikachu e Braixen se apoiavam neles, pois as ondas estavam ficando cada vez mais revoltas, e a chuva volta a cair com força sobre a região da Ilha Shamouti.

— Desse jeito temos que dar meia-volta! – grita Serena.

— Não se preocupe, da forma certa dá pra aguentar. – responde Maren, confiante na resistência de seu barco.

— Eu só espero que a cerimônia da lenda não inclua um funeral. – Ash fala, recebendo um leve tapa de Serena – Serena?!

— Isola, Ash! – reclama Serena – Lembra do que eu disse antes? Se você pensar em morrer, eu mato você! E me mato depois, pois você não vai se livrar de mim nem mesmo morto.

— Por que será que eu sinto que Yveltal deve estar rindo por poder levar duas almas pelo preço de uma? – balbucia Ash, e Pikachu dá a primeira risada sincera depois de horas de seriedade.

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Em uma caverna, vendo a tempestade que caía de forma ritmada e incessante, estava um Pokémon bípede rosado com um ar majestoso, porém de expressão melancólica. Ele era o Pokémon guardião daquela ilhota onde se localizava um santuário antigo, praticamente esquecido pelo povo de Shamouti. O Pokémon era uma das formas finais de Slowpoke: Slowking.

— Gerações de Slowkings guardaram a lenda, sem problemas... – suspira Slowking – Eu vou guardar... o desastre. Essa é a minha sorte...

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De volta ao santuário na Ilha Shamouti, todos olhavam preocupados para a tempestade. A chuva castigava impiedosamente o solo, e os raios se tornavam mais persistentes.

— A tempestade está piorando. E se eles não conseguirem chegar a ilha? – indaga Melody, preocupada – Carol, preciso do seu barco.

— Mas Melody, o que você pode fazer? – refuta Carol.

— Eles foram pegos pela tempestade por causa do nosso ritual idiota. – suspira Melody – Fui eu que escolhi o Ash pra isso. Eu quero garantir que eles estejam bem...

— Se você for, não vai sozinha. – Melody e Carol se viram, vendo Misty, Tracey e Leaf. As duas garotas estavam vestidas com blusas impermeáveis.

— Por que vocês fazem questão? – pergunta Melody.